Por Conselho Editorial
Um dos nossos maiores desejos, como grupo editorial da revista Impacto, é ajudar a discernir o que “o Espírito está dizendo às igrejas”. Isso, naturalmente, vai muito além de produzir reportagens ou discussões a respeito das últimas tendências ou ênfases no meio cristão, embora estas possam representar, de algum modo, uma direção que Deus está indicando para o seu povo.
Neste sentido, cremos que os numerosos movimentos de células e grupos nas casas das últimas décadas sinalizam um desejo no coração do nosso Deus de mudar o caráter e a prática da sua Igreja na Terra. Tem havido um novo enfoque em relacionamentos, comunhão e a indivisibilidade entre nossa vida secular e religiosa.
Entretanto, temos percebido uma outra implicação, não tão enfatizada, na volta da igreja para os lares: a necessidade de haver famílias sólidas, estruturadas e preparadas para hospedarem uma reunião da igreja. Quantas igrejas já naufragaram no seu projeto de células ou grupos caseiros, justamente porque descobriram que a igreja no lar é muito mais do que alguém oferecer sua casa para fazer reuniões! Quando uma reunião em casa nada mais é do que uma miniatura do culto no templo, está fadada ao fracasso. Nesse caso, funciona muito melhor, com mais eficiência e objetividade, num prédio público.
Daí o tema desta edição da revista: se os homens não retomarem seu chamamento e sua função dentro da família, jamais terão uma “casa digna”, como aquelas que os discípulos deveriam procurar quando foram enviados por Jesus de cidade em cidade para anunciar o reino de Deus. Em outras palavras, o funcionamento da igreja no seu nível mais elementar e prático depende diretamente do funcionamento da família. E o funcionamento da família depende diretamente do papel que Deus deu ao homem quando inventou a família.
Se depois de ler esta edição, o alvo proposto lhe parecer impossível, além do alcance de qualquer novo curso ou metodologia eclesiástica, talvez, na realidade, você estará mais próximo da verdadeira visão do que Deus quer fazer em nossos dias. Pois, embora o Senhor deseje a nossa compreensão e cooperação naquilo que vai fazer, uma condição para qualquer genuína obra de Deus é que reconheçamos a nossa insuficiência e que dependamos de sua intervenção.