23 de novembro de 2024

Ler é sagrado!

A força de uma nação se origina no lar

A força de uma nação se origina no lar

Por George R. Stuart (1857 1926)

Quanto mais vivo, quanto mais conheço famílias e vejo as dores e os cuidados, os êxitos e os fracassos desta vida, mais sou convencido de que o problema dos lares é o maior problema de nossa civilização. A solução adequada ou inadequada dos conflitos nos lares é a causa direta de alegria ou tristeza, felicidade ou sofrimento –em medida muito maior do que a somatória de todas as outras causas juntas.

Ao redor do círculo doméstico de uma humilde casa ou de um palácio, há maiores possibilidades de alegria ou tristeza do que em todo o resto do mundo. Não só a felicidade do mundo se centra no lar, mas a vida moral, social e civil do mundo emana de lá também.

Todo homem passa da porta de casa para o mundo social, moral e civil. O que ele é no degrau de sua casa, ele será no campo da vida.

O lar de uma nação

Henry Grady, o brilhante orador da Geórgia, EUA, nos diz onde encontrou o lar de seu país. Enquanto estava em Washington e olhava para o Capitólio [onde está o Congresso] pela primeira vez, as lágrimas lhe vieram aos olhos, e ele disse a si mesmo: “Aqui está a casa da minha nação. Esse edifício é o lar oficial deste grande país”.

Poucas semanas mais tarde, depois de passar a noite em uma antiga casa de campo, onde o pai, um nobre cristão, leu a Bíblia e ajoelhou-se com seus filhos ao redor do altar da família; depois de ter passado um dia e uma noite junto com esse homem de caráter e sua nobre mulher num lar cristão à moda antiga, ele disse:

“Eu estava enganado em Washington; aquela pilha de mármore, embora magnífica, não é o lar do meu país;pelo contrário, é aqui nestas casas de campo que são criados os homens e as mulheres do meu país”.

Essas casas nos dão nossos homens e mulheres. Tijolos e mármores não fazem um país; homens e mulheres é que o formam.

Deus inicia uma nação

Quando o próprio Deus quis iniciar uma nação, ele fez da vida familiar a questão decisiva e escolheu Abraão como fundamento. Sua escolha foi baseada nos motivos estabelecidos em Gênesis 18.19:“Pois eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo;para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito”.

A nação ideal de Deus começa com o lar, com o pai de família andando nos caminhos do Senhor, fazendo justiça e juízo, e seus filhos e família inteira seguindo seu exemplo.

As duas ideias centrais da vida familiar expressadas neste texto são as ideias fundamentais de uma vida doméstica e nacional bem-sucedidas.

Autoridade Doméstica

A autoridade doméstica e o exemplo do lar são expressos nas palavras: “Ele ordenará seus filhos e sua casa depois dele”. Os dez anos que passei como professor escolar, nos quais tive experiência desde escolas rurais nas montanhas até os internatos nas cidades grandes e conheci todo tipo de classe e condição de crianças –me ensinaram a grande verdade deste texto: que a autoridade no lar e o exemplo em casa é que determinam a questão fundamental de vida e caráter das pessoas.

Os anos de ministério ​​como um pregador metodista, visitando de casa em casa, e os anos que passei viajando por esse grande país, só reforçaram, com muitas ilustrações claras, a tese de que nem a Lei nem o Evangelho podem edificar uma nação cristã sem a ajuda de autoridade no lar e exemplos domésticos.

A anarquia não nasce das manifestações de ruas; a criminalidade não surge a partir das gangues. A questão da obediência à lei é estabelecida na infância. A criança que não obedece a seu pai e sua mãe não obedecerá a leis sociais, civis ou divinas.

Quando Deus disse: “Filhos, obedeçam aos seus pais” (Ef 6.1), ele mostrou ao mundo onde a obediência se origina.

O sinal mais perigoso dos tempos atuais é a negligência da vida familiar e o crescente desrespeito de crianças aos pais.

Um pequeno garoto de 6 anos pode gritar, sapatear e dominar uma casa, adiar uma viagem, mudar uma programação e sujeitar o pai e a mãe às suas condições.

Eu estava numa casa há algum tempo, no qual um pai pediu a uma pequena criança de 6 anos de idade que fechasse a porta. Ela respondeu: “Não vou fazer isso”.

Ele disse: “Então o coitado do papai terá de ir fechá-la”.

Ela respondeu: “Não me importo; não vou”.

E vi o “coitado do papai” se levantar e fechar a porta. Como um velho e experimentado professor, eu queria pegar emprestada essa criança por cerca de quinze minutos; mas, após uma sábia reflexão, decidi que era o pai dela que eu precisava pegar emprestado.

Certa vez, uma senhora me ouviu contar esse incidente. Seu garotinho estava presente. No retorno para casa,ela perguntou ao filho se tinha ouvido a história. Ele respondeu: “Sim, mamãe”. Ela então perguntou o que ele achava que a garotinha precisava, supondo que ele iria responder: “uma surra”; porém, o pequeno filósofo respondeu: “Ela precisava de um papai”.

A necessidade do mundo de hoje, na linguagem dessa criança, é de alguns papais e mamães de primeira classe.

A aprendizagem do ensino médio, da faculdade ou da universidade pode desaparecer da mente, mas as simples lições caseiras desafiam os anos e sobrevivem. As palavras de uma mãe causam marcas mais profundas do que quaisquer outras palavras que ouvimos na infância.

 

Devoção sólida e autoridade saudável

Quando a devoção sólida e a autoridade saudável andam de mãos dadas, filhos obedientes e tementes a Deus são gerados. Exemplo e autoridade vão juntos. Deus sabia que Abraão ordenaria os filhos para seguir seu exemplo.

Quantos garotos rebeldes em todo o país poderiam ser salvos pela combinação adequada de autoridade sadia e um exemplo de santidade! Nossos filhos são soltos nas ruas das cidades, e só Deus sabe para onde vão e o que fazem. Os meninos e as meninas neste país são como os pés de aveia em clima seco –amadurecem precocemente. As meninas são mulheres aos treze anos de idade, os meninos são homens aos quinze.

Meu maior desejo é que, à medida que nossa atmosfera moral se torna cada vez mais carregada de influências do inferno, os pais e as mães mantenham seus filhos por perto, debaixo das asas parentais, e os protejam das tentações do maligno.

Susanna Wesley, que deu ao mundo uma família tão nobre, cujas vidas abençoarão o mundo ainda por muitas gerações, atendeu a ordem de Deus na criação de seus dezenove filhos. Seu primeiro passo, de acordo com seu próprio testemunho, foi estabelecer controle total sobre a criança. Como ela fazia isso, não posso lhe dizer. Quem dera eu pudesse dar uma regra infalível, mas a regra varia de acordo com a disposição da criança. Uma coisa é certa: a autoridade é necessária. Leve a criança e o problema a Deus; mas, se você ama seu filho e teme seu Deus, garanta a obediência dele à sua autoridade.

Minha própria mãe

Sou profundamente grato, acima de todas as coisas, pelo fato de ter tido uma boa mãe – quando ela dizia: “George, você não vai fazer isso”, ela exigia que eu não fizesse. Se eu fizesse assim mesmo, ela tomava medidas adequadas. Eu devo tudo o que eu sou, moral e religiosamente, à autoridade de uma boa mãe.

Pais e mães, ouçam-me! Pequenas crianças estão olhando para vocês, perguntando qual caminho elas devem seguir. Elas seguirão seus passos. Não as guiem pelo caminho errado. Com a ajuda de Deus, comece hoje.Reúna os seus pequeninos nos braços, vire as costas ao pecado e volte o seu rosto em direção a Deus.

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Respostas de 2

  1. Ao mesmo tempo que precisamos clamar para que Deus restaure os pais em exemplos de autoridades e lideranças nos lares, precisamos também reconhecer que nossas falhas procedem da rebelião como filhos ao nosso Pai celestial, e nos arrepender, buscando esse alinhamento – que por amar a cada um de nós, pais, também nos corrige !

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