Jesus Ourives:
“O Impostor Que Vive em Mim”, Brennan Manning, Editora Textus/Mundo Cristão
Logo depois de lançar O Evangelho Maltrapilho, a Editora Textus/Mundo Cristão publicou este segundo livro do mesmo autor, cujo título original em inglês é Child of Abba (Filhinho de Aba). Algo impressionante nestes livros, além da demonstração clara do amor de Deus pela raça humana, revelado de inúmeras maneiras na Bíblia, é a posição do autor. Ele não é um teórico estudioso atrás de uma escrivaninha. Ele lê bastante sim, cita autores com muita freqüência – C.S.Lewis, Henri Nouwen, Thomas Merton, Chesterton e muitos outros –, mas o que se pode sentir ao ler os seus livros é que ele vivenciou o que fala. O Evangelho Maltrapilho parece mesmo ter sido escrito por um maltrapilho moral que recebeu a graça do perdão de Deus, e isso mudou a sua vida. Esse aspecto realista dos escritos de Manning – o que pudemos ver até agora em português – é notável.
Pr. Sérgio Nunes:
“O Silêncio de Adão”, Larry Crabb, com Don Hudson e Al Andrews, Editora Sepal
Nós sempre ouvimos as pessoas dizerem que a queda do homem se deu principalmente em virtude de a mulher (Eva) ter desobedecido à ordem de Deus para não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Às vezes, os homens até mesmo falam sobre isso com certa ironia. Os autores de “O silêncio de Adão” trazem à tona algo que esteve “escondido” aos nossos olhos: tudo indica que Adão estava ao lado de Eva, quando esta comeu o fruto, e não disse nada.
Este livro nos fala principalmente da omissão do homem no relacionamento com Deus, com a família e com as pessoas ao seu redor, relacionamentos que foram distorcidos devido à negligência do homem em ouvir Deus.
Onde o homem errou? Como podemos consertar esta falha e, assim, cumprir o propósito de Deus como homens que foram criados à imagem e semelhança dele?
Pr Eduardo Ávila da Silva:
“Aprimore Seu Discernimento”, Roberts Liardon, Associação Religiosa Imprensa da Fé, 1999
A leitura deste livro foi muito proveitosa para mim, ajudou-me a entender uma série de coisas nestes dias marcados por tantas misturas espirituais que contaminam a verdadeira obra de Deus. Há líderes e, talvez, igrejas inteiras hoje que não conseguem ver a diferença entre o que vem genuinamente de Deus e o que é obra da carne ou de demônios.
Este livro aborda questões bem mais amplas do assunto “discernimento espiritual”, que vão além do pensamento comum de alguns que se presumem portadores de tal dom, como tendo recebido uma investidura especial de Deus. Não é simplista. Defende ser uma disciplina a ser aprendida e desenvolvida no caminho espiritual. Estudioso da história do avivamento Azusa, o autor afirma que a razão da morte trágica daquele movimento é que o discernimento não chegou a fazer parte da liderança, que, embora ouvisse o Espírito, não discernia a carne.
Pedro Arruda:
“O Equívoco sobre a Igreja”, Emil Brunner, Fonte Editorial
Há uma clara diferença entre a Igreja do Novo Testamento e a Igreja que se desenvolveu através da história até chegar à configuração atual, sob as mais diversas instituições. A partir desta constatação, o autor argumenta se isso era necessário e inevitável ou se foi um desvio do curso inicial, e avalia ainda explicações teológicas contidas em expressões como “igreja invisível”, que muitas vezes são usadas com intuito de “tapar o sol com a peneira” para evitar que se reconheça a grande distância entre a igreja primitiva e a atual. Aborda profundamente a forma como os fatos que transformaram a comunhão do corpo de Cristo numa intricada organização se sucederam de maneira paulatina e sutil; reflete sobre o papel desempenhado pelo clero e sobre a instituição e o uso dos sacramentos que produziram esta metamorfose. O conhecimento crítico destes pontos e de outros em muito auxiliará aqueles que estão verdadeiramente interessados em restabelecer a igreja à condição idealizada por Deus.
Ezequiel Netto:
“O Clamor por Pais e Mães Espirituais”, Larry Kreider, Ministério Igreja em Células
A igreja hoje vive uma realidade em que se entende que quanto mais ensinamento, leitura ou participação em encontros a pessoa acumula, mais espiritual ela vai ficando. Mas não é isso que mostra 1 Coríntios 4.15, quando diz que “embora possam ter dez mil tutores (professores) em Cristo, vocês não têm muitos pais…” As pessoas em geral (e os crentes não estão excluídos) carecem de relacionamentos verdadeiros por meio dos quais possam se sentir conectadas e seguras, e isso só é alcançado com um relacionamento de paternidade espiritual.
Gerson Lima:
“Visão Espiritual”, T. Austin-Sparks, a ser lançado em breve pela Editora dos Clássicos
Esta obra nos revela, de forma clara e singular, que no terreno da vida espiritual com Deus existem as seguintes classes de pessoas: as que nasceram cegas e nunca viram (Jo 9); as que receberam visão, porém incompleta (Mc 8); aquelas que têm visão real e nítida, mas ainda carecem do espírito de sabedoria e de revelação para atingir uma esfera mais ampla e completa no propósito de Deus (Ef 1); e as que viram e avançaram com Deus, mas, devido ao orgulho, perderam a visão espiritual, porém com um fator adicional: elas pensam que vêem, quando estão cegas para sua própria cegueira. Esta foi a tragédia da igreja em Laodicéia (Ap 3).
Quando comecei a ler, estando ainda nas páginas iniciais, a presença de Deus se manifestou de forma muito forte, e percebi que sua unção me dizia que eu deveria publicar esta obra de Sparks. Foi uma experiência muito singular, pois entendi que Deus levantou o ministério de Sparks de forma especial e que suas mensagens deveriam ser publicadas para o povo de Deus de língua portuguesa. Também entendi que havia brechas no âmbito da obra de Deus e que o ministério de Sparks era necessário para complementar e enriquecer a Igreja. Assim, eu me sentia “perseguido por Sparks” e aceitei o forte encargo de publicar suas obras.
