27 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Lidando com as Divergências

Asher Intrater

Sempre que discutimos valores morais ou espirituais, precisamos tomar cuidado para não desprezar a pessoa que discorda de nós. Devemos odiar toda a atividade pecaminosa (Provérbios 8.13), porém amar as pessoas envolvidas (João 3.16). Ninguém repreendeu mais o pecado do que Yeshua; contudo ninguém se tornou mais amigo dos pecadores do que ele (Lucas 7.34).

Nós amamos os árabes, no entanto discordamos daqueles que têm sido influenciados pelo Jihad islâmico a odiar, matar e aterrorizar.

Nós amamos as pessoas envolvidas com homossexualismo, mas nos opomos às suas atividades, assim como nos opomos ao adultério ou à prostituição. Todos os tipos de pecado sexual destroem os relacionamentos saudáveis entre homens e mulheres.

Se alguém levantar a menor objeção ao homossexualismo hoje na sociedade ocidental, ele é imediatamente denunciado como um intolerante. Entretanto, como se diz: “Trata-se de biologia, não de intolerância”. Nós não menosprezamos ninguém, mas queremos discutir as questões morais e sociais envolvidas.

Nós, como judeus messiânicos, geralmente temos que lidar com divergências teológicas tanto no cristianismo quanto no judaísmo tradicionais. Com os judeus ultraortodoxos (Haredim), além do conflito quanto à nossa fé em Yeshua (Jesus), existem várias outras áreas de discórdia objetiva:

  1. Lei Oral – Um princípio da ultraortodoxia é que a lei oral (conhecida também como Mishna, o conjunto de comentários e interpretações da lei que surgiu no período intertestamentário) foi dada diretamente por Deus no monte Sinai. Esse erro é ligeiramente paralelo à crença na autoridade das tradições da igreja acima da verdade bíblica em algumas denominações cristãs.
  2. Atitude em Relação aos Gentios – Há uma rejeição fundamental de não judeus em grande parte do judaísmo ultraortodoxo, o que beira simples racismo. Nós discordamos disso, assim como lutamos contra o antissemitismo em muitas partes do cristianismo europeu.
  3. Monopólio Religioso – Em Israel, instituições religiosas são controladas pelos ortodoxos, inclusive casamento e conversão. Até mesmo rabinos conservadores não possuem nenhuma autoridade real.
  4. Antissionismo – Grande parte do mundo Haredi opõe-se à legitimidade de Israel como um estado secular. (Ironicamente, isso é um tanto semelhante a muçulmanos radicais que apenas reconhecem um estado quando adota a lei Sharia.) Muitos rejeitam a autoridade dos tribunais e opõem-se ao serviço militar.
  5. Desvio dos Impostos – Embora exijam grandes subsídios do orçamento do governo, eles retiram pessoas da força de trabalho, deixando assim de contribuir com os impostos e a base econômica do país.

Vamos nos lembrar de amar e respeitar aqueles de quem discordamos; porém sempre buscando o direito para discutir questões numa base objetiva.

Brown na CNN sobre Homossexualismo

Não perca este pequeno clipe com nosso querido amigo Dr. Michael Brown na CNN discutindo homossexualismo. Ele refuta o pensamento de que Yeshua não denunciou o homossexualismo citando três passagens:

  1. As leis da Torá não estão ultrapassadas (não foram revogadas) (Mateus 5.17)
  2. O casamento é entre um homem e uma mulher (Mateus 19.5)
  3. A fornicação (porneo), incluindo a homossexualidade, é equivalente ao adultério (Mateus 19.9)

Dr. Brown também acentua a contradição biológica descarada do homossexualismo dizendo: “O reto é para a eliminação, não para a reprodução”. Para assistir: http://youtu.be/Py6sEf5d92M

Bússola Moral

Mati Shoshani

Ser um seguidor de Yeshua requer que comuniquemos nossa versão pessoal da mensagem da salvação. Além disso, nosso chamado, tanto pessoal quanto coletivo, é que sejamos também uma bússola moral para a sociedade, através de manifestar nossos valores, padrões e entendimento do que é “certo e errado”.

Isaías capítulo 40 fala sobre uma necessidade de preparar o caminho do Senhor, de transformar o terreno para permitir que ele volte. Essa passagem é citada em Marcos capítulo 1 – quando a mensagem de João Batista convocando uma revolução moral torna-se o precursor do aparecimento de Yeshua.

O próprio Yeshua foi um homem que clamava por uma revolução moral. Ele criticou muitas vezes as discussões legalistas dos mandamentos rituais, porém enfatizava os valores e a moral por trás das palavras da Torá. Um exemplo disso está em Marcos 10 onde Yeshua estabelece um padrão mais alto de moralidade quando se trata da aliança de casamento.

Como um judeu messiânico israelense, eu pergunto: quem está decidindo sobre a moralidade e a ética da nossa sociedade? Somos nós, os seguidores de Yeshua, ou são outros? Se olharmos para as questões mais importantes da nossa sociedade – religião, integridade financeira, propriedade da terra, padrões conjugais – fica claro que não somos nós que estamos ditando as regras sobre esses temas.

Nós temos o dever de dizer às pessoas o que acreditamos, quando uma questão envolvendo valores morais cruza o nosso caminho. Isso nem sempre significa falar do evangelho, embora possa ser adequado em alguns casos. Significa que devemos declarar claramente quando cremos que algo está certo ou errado. É simples (e duro) assim.

O povo de Israel está faminto por conteúdo moral, por uma imagem e uma visão clara dos objetivos aos quais devemos aspirar como sociedade. Temos esse conteúdo, por meio da Bíblia, de Yeshua e do Espírito Santo, e eu creio que é hora de atingir a sociedade com a nossa mensagem.

Meyers em “Muro ou Cerca?”

Não perca esse vídeo curto com nosso querido amigo Calev Meyers no qual discute a questão do chamado “Muro de Separação” entre israelenses e palestinos. Sobre a questão de ser um muro ou uma cerca, Calev cita as estatísticas de que 97% da barreira são formados por uma leve cerca de arame e não um muro espesso de cimento.

Sobre ser uma separação étnica ou uma proteção de segurança, Calev cita outra estatística: desde que a barreira foi construída, o número de judeus assassinados por terroristas que atravessaram a fronteira diminuiu 98%; em áreas onde não há atividade terrorista, não há nenhuma barreira. Para assistir em inglês: http://www.youtube.com/watch?v=2ph9g39muwo&feature=share&list=UUTm8ge_A3hVV5DxXi0r7SIA

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