29 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

O Cavaleiro Vermelho do Apocalipse

Por: David Wilkerson

Entre as diversas palavras que ouvimos de diferentes servos experimentados de Deus a respeito dos recentes acontecimentos mundiais, uma que chamou bastante atenção foi uma palavra de David Wilkerson, de 11 de abril de 1994, intitulada “O Cavalo Vermelho do Apocalipse”. Apesar de sua data de mais de sete anos atrás, seu conteúdo parece ter sido escrito para esses dias. Por falta de espaço, e também pelo fato de que esta palavra se encontra disponível na Internet, no site www.tscpulpitseries.org, sintetizamos seu conteúdo, incluindo algumas citações diretas.

1. A paz de Deus deve governar todo o corpo de Cristo em todos os tempos, mas especialmente em momentos de tumulto e confusão, de acordo com Colossenses 3.15: “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos”.

2. O cavalo vermelho descrito em Apocalipse 6.4 recebeu o mandato de tirar a paz da terra. Diante dos acontecimentos anteriores a 1994, Wilkerson mostra que este cavalo já estava solto e que tirara a paz da ex-União Soviética, da antiga Iugoslávia, e de vários outros países pelo mundo. Guerras étnicas, conflitos raciais e religiosos, agitações e revoltas surgiram em muitos países que anteriormente viviam pacificamente.

3. Quando a paz é retirada de um país, o estilo de vida do povo naquele país muda por completo. Veja como ele descreve esta mudança na antiga Iugoslávia:

Há apenas três anos atrás, o maior problema da Iugoslávia era como incrementar o turismo. O país estava emergindo de anos de atraso, se preparando para entrar no século vinte e um com aumento da produção e do comércio. Os turistas começavam a visitar as muitas e tranqüilas estações de férias à beira-mar. Agora a guerra chegou à Iugoslávia. Há derramamento de sangue nas ruas, e estupros e mortes terríveis todo dia! Tudo na Iugoslávia se transformou! O povo parou de se preocupar em construir fábricas, aumentar o turismo, se aposentar, melhorar a casa. Não – de repente, da noite para o dia, o país virou um tumulto!

Só conseguem pensar em sobreviver: onde achar alimento para o dia seguinte, como andar quatro quarteirões para pegar água sem ser morto por um franco atirador; como sobreviver mais uma semana sem ter a esposa ou a filha selvagemente violentadas. Toda a sua cabeça mudou porque a paz lhes foi retirada!

Breve os cristãos vão parar de pensar em diferenças conjugais, em como escolher o dentista certo, a escola certa, sobre sua conta de cartão de crédito, modelo de penteado, shopping center, férias, ou como “se acertar” psicologicamente. Deixarão de se preocupar com seu psique, seu ego, seu prazer, sua depressão. Em vez disso, vão pensar: “Para onde vou poder mandar os meus filhos para poupá-los deste derramamento de sangue? Será que algum maluco frustrado vai chegar para pôr fogo em nosso prédio? Será que a comida dá para mais uma semana? Deus, por favor – o que vou fazer?”

4. Os Estados Unidos e os próprios cristãos norte-americanos sempre pensaram, mesmo ao ver o cavalo vermelho solto em outros países, que este nunca chegaria à terra deles. De fato, por longo tempo, e principalmente no século passado, este país foi um porto seguro para seus habitantes e para as multidões de imigrantes que lá se estabeleceram. Mas apesar de se verem como uma “ilha de paz”, Wilkerson profetizou que esta paz seria tirada, e que tudo mudaria. Embora o descreva em termos até mais drásticos do que realmente aconteceu em 11 de setembro passado (talvez incluindo acontecimentos ainda por vir), foi um alerta muito significativo, tendo em vista a data quando foi anunciado há mais de sete anos atrás, e o fato de que naquela época não havia nenhuma razão natural para se concluir que estas coisas aconteceriam. Veja como ele o descreve:

Durante o ano passado ouvi o relincho e o galope deste cavalo vermelho. Ele galopa nos ventos, chega às praias da América e está prestes a passar por suas cidades, tirando a paz e a ordem!
Com que autoridade digo isso? Na autoridade da palavra do próprio Deus!
“Para os perversos, todavia, não há paz, diz o Senhor” (Is 48.22).
Até os mais liberais agora admitem que os Estados Unidos se transformaram numa nação ímpia, pagã. Ninguém consegue desatar os nós de sua sociedade. Agora galopeia o cavalo vermelho do Apocalipse! A sua paz está prestes a ser retirada para sempre, e em seu lugar virá uma espada sanguinária! Um crescente espírito de ódio e assassínio assumirão o controle. Cidades estarão em chamas, canhões estarão fumegantes, badernas e derramamento de sangue encherão as ruas. Este país se transformará em uma zona de guerra cheia de sangue!
Profetizei poucos anos atrás que no futuro mais de 1.000 incêndios deixariam Nova York em chamas. Hoje, toda vez que olho da janela de meu apartamento para essa cidade, vejo estes incêndios nos olhos da minha mente! Sinto o cheiro da fumaça – e ouço o galopar do cavalo vermelho! A maioria dos cristãos não gosta de ouvir isso – chega de “tragédia em cima de tragédia”. É um assunto que incomoda e assusta muito. A gente prefere se esticar na poltrona em frente da televisão sem nada para perturbar.
Mas é exatamente em relação à essa violência que a Bíblia nos manda preparar! Todo o panorama de nossa vida está prestes a mudar. O jeito de orar, o jeito de pensar – tudo vai ser diferente. Mudanças drásticas sempre se seguem nas nações onde a paz foi tirada!

5. Quando Deus ordenou à igreja primitiva que deixassem a paz governar toda sua vida, não era porque seriam protegidos de todo mal que viria sobre o mundo, mas justamente porque passariam por toda espécie de turbulência e provação. Seriam perseguidos, e torturados, perderiam casas e bens, seriam atingidos e martirizados. É por isto que precisariam mais ainda desta paz para poderem passar por estas coisas sem ser abalados.

Os cristãos nos Estados Unidos, e em todos os países livres, estão vivendo em grande parte uma falsa paz, uma falsa segurança. Moisés descreveu esta situação em Deuteronômio 29.19, onde profetizou que muitos, apesar de continuarem no pecado, se abençoariam a si mesmos: “…(para que) ninguém que, ouvindo as palavras desta maldição, se abençoe no seu íntimo, dizendo: Terei paz, ainda que ande na perversidade do meu coração, para acrescentar à sede a bebedice”.

Seja através de fechar os olhos para o pecado, seja pregando um evangelho de prosperidade e vantagens pessoais para satisfazer o homem, ou seja levando o povo a crer que quem está sob a bênção de Deus nunca passa por tribulações, e que a igreja como um todo não terá de enfrentar os grandes desafios dos últimos dias, esta falsa segurança faz parte da estratégia do inimigo de nos deixar desprevenidos e despreparados, e uma presa fácil para seus ataques.

Podemos ser libertos desta falsa segurança por ouvir os alertas proféticos de Deus, mas se não os ouvirmos, teremos de ser acordados através dos próprios acontecimentos quando começarem a vir sobre nós. Muitos então ficarão confusos, e perguntarão aos seus líderes por que não os avisaram antes.

6. Finalmente, Wilkerson dá dois princípios para aprendermos a viver sob a paz de Deus. O primeiro é entregar tudo a Deus em súplica e oração, com ações de graça (Fp 4.6,7). Como o texto não diz nada sobre uma resposta de Deus, isto significa que a paz não depende de Deus responder, mas somente de entregarmos tudo a ele. Como geralmente ficamos angustiados, querendo uma resposta, uma solução, uma mudança imediata, perdemos o presente que Deus nos oferece no instante em que realmente entregamos tudo ao seu controle: a sua paz. Esta paz nos é dada para guardar e governar nossa vida até que a resposta de Deus finalmente chegue. Mas por não entender isso, e achar que Deus não nos ouviu, acabamos perdendo a paz, não esperamos a resposta de Deus, e procuramos soluções erradas.

O outro princípio é que para a paz de Deus dominar nosso coração, teremos de deixar a ansiedade. A ansiedade vem principalmente por acharmos que Deus não nos aprova, e que deveríamos estar fazendo mais, nos esforçando mais, nos dedicando mais, sendo mais fiéis, mais santificados etc. Deus quer tomar-nos pela mão, quer ser nosso pai, nossa mãe, nossa ama, nosso pastor, tudo ao mesmo tempo.

Não importa o que vier a acontecer no mundo nestes próximos meses ou anos, desde que estejamos preparados com esta paz de Deus no nosso interior. Não há poder no inferno que possa nos roubar a paz de Deus quando é implantada em nossa alma através de Jesus Cristo!

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