3 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Pedras Queimadas

Por: Bob Mumford

“Tendo Sambalate ouvido que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus. Então, falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Darão cabo da obra num só dia? Renascerão, acaso, dos montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.1,2).

Sambalate insistia que Deus realmente não estava envolvido naquilo que Neemias fazia. Zombava dos judeus, dizendo: “Será que poderão terminar em um dia?” Ele sabia que a conclusão de um projeto tão enorme levaria mais tempo do que haviam proposto.

Da mesma forma, algumas das tarefas que Deus nos deu parecem exigir uma maratona de 100 km e não uma corrida rasa de 50 m. Quando se compete numa maratona, é necessário correr de maneira apropriada e se preparar de acordo com aquelas condições.

Reconstruindo com Escombros

Quando eu primeiro respondi ao chamado de Deus sobre minha vida em 1954, tive impressão que depois de uns 25 anos servindo ao Senhor, os principais problemas do mundo já teriam sido resolvidos e aqueles entre nós que estavam cheios do Espírito Santo teriam decifrado por completo a vida cristã. Acreditava que se houvesse suficiente empenho, ensinamento e entendimento do Reino de Deus, a igreja certamente alcançaria unidade e as nações dobrariam os joelhos diante do Senhorio de Cristo. O que descobri, entretanto, é que há muito mais pedras queimadas no Reino de Deus do que se pode calcular, o que pode dificultar a conclusão da obra.

Enquanto eu estava estudando esta passagem em Neemias um dia, percebi de repente que pode ser necessário construir o templo espiritual do Senhor Jesus com pedras que tenham passado pelo fogo. Por estranho que pareça, pedras queimadas podem ser um bom material de construção, simplesmente por terem sido expostas a provas que as tornaram mais fortes e valiosas.

Quando Sambalate falou das pedras queimadas, estava zombando dos judeus. Mas Neemias também reconheceu o problema quando disse: “Já desfaleceram as forças dos carregadores, e os escombros são muitos; de maneira que não podemos edificar o muro” (v. 10). De fato, há muitos escombros no corpo de Cristo. Um entendimento de ecologia espiritual nos levará a fazer reciclagem, até onde nos for possível, dos valiosos recursos humanos, aparentemente estragados e imprestáveis.

Quem São as Pedras Queimadas?

Eu entendo que esta figura de pedras queimadas inclui pelo menos três tipos de pessoas. Primeiro, aquelas que iniciaram a carreira espiritual e, por algum motivo, não conseguiram terminar. Muitas destas pedras queimadas ainda estão freqüentando igrejas como questão de hábito, mas deixaram de participar e funcionar nelas. Ficaram neutralizadas.

O segundo grupo de pedras queimadas compreende pessoas que conheceram ao Senhor, mas, por alguma razão, não estão mais andando com ele. Sempre tive uma preocupação especial com este tipo de pedra queimada, porque minha própria jornada incluiu um período de doze anos em que vaguei longe do Senhor. Durante aquele tempo, descobri que a vida de um desviado pode ser, de fato, a forma mais difícil de existência. Um desviado é miserável quando procura agir como cristão e duplamente miserável quando tenta negar o que sabe ser verdade e se esconde de Deus entre os pecadores.

A terceira classe de pedras queimadas são as pessoas que ficaram espiritualmente esgotadas. Podem não ter dureza de coração para com Deus, nem estar decepcionados por causa de falhas humanas, entretanto acabaram “ficando para o escanteio”. Este tipo de pedra queimada inclui cristãos sérios tais como missionários, pastores e vários tipos de líderes que, de alguma forma, falharam ou se esgotaram. Evidentemente, há também pessoas que reúnem uma mistura destas características que acabamos de citar e, assim, não se enquadram perfeitamente em nenhum dos três grupos.

Creio firmemente que Deus tem um plano de visitar poderosamente as pedras queimadas na igreja, antes de enviar o derramamento maior sobre aqueles que nunca conheceram ao Senhor. O enfoque das visitações de Deus em anos recentes em Toronto, Canadá e na Assembléia de Deus Brownsville em Pensacola, EUA, confirma isto: muitas pedras queimadas, provenientes dos mais diferentes lugares pelo mundo inteiro, foram restauradas nestes lugares pelo mover do Senhor.

Há muitos anos, quando era um zeloso e jovem pastor, achei um folheto na recepção da igreja onde fora convidado para falar, que ensinava como começar uma nova igreja. A sugestão era que se arranjasse um prédio próximo a alguma igreja grande, que tivesse muito movimento e crescimento numérico, para poder ali atrair todas as pessoas descontentes à medida que saíssem daquela igreja. Pensei comigo: “Que maravilhosa tarefa deve ser pastorear estas pessoas insatisfeitas!”

Mas depois comecei a pensar sobre o porquê das pessoas descontentes estarem saindo. Lembre que nem todas as pessoas descontentes saem da igreja e que nem todas são pedras queimadas. Mas algumas fazem parte do remanescente ou dos restantes, “que não foram levados para o exílio e se acham lá na província… em grande miséria e desprezo” (Ne 1.3).

A condição subnormal da igreja cria e dissemina “grande miséria e desprezo”. O resultado final é que, às vezes, pensamos que o problema está em nós. Olhamos para o quadro geral da igreja e sabemos que algo está errado – e dizemos: “Deve ser eu, não pode ser eles”. Entretanto, a situação anormal da igreja é que, muitas vezes, transforma as pessoas em pedras queimadas, jogadas ao lado, consideradas impróprias para serem usadas.

A maioria das pessoas concordaria que toda igreja deveria estar inflamada com fogo espiritual, continuamente. Como disse famoso pregador: “Inflame-se e as pessoas afluirão para vê-lo em chamas”. O que não temos analisado seriamente é que qualquer igreja que tiver o genuíno fogo de Deus também terá cinzas. Queremos o fogo, queremos avançar, queremos ver Deus agir, queremos ver algo acontecer na terra, porém nos recuamos na hora de tratar com algumas das conseqüências. Na ecologia espiritual, sempre há escombros, entre os quais encontraremos pedras queimadas.

Reconstruindo no Meio da Guerra Espiritual

Diferentes circunstâncias podem levar uma pessoa ao esgotamento ou à desilusão. Qualquer uma dessas causas pode resultar na sua neutralização, tornando-a ineficaz como cristão, incapaz de ser edificada dentro do corpo de Cristo. Não é fácil explicar para um novo convertido, que está buscando fervorosamente ao Senhor, que pode acontecer de sentir-se, não usado por Deus, mas explorado pela igreja! Não é Deus que nos explora, mas o tipo de sistema eclesiástico que visa seu próprio sucesso. Neste sentido, é importante que os líderes saibam se estão anulando ou capacitando seus liderados na realização de seus sonhos.

Se seguirmos a passagem de Neemias 4, encontraremos seis pontos importantes para se poder usar as pedras queimadas na reconstrução da casa do Senhor e, ainda, sobreviver à guerra em andamento.

1-Ladrão ou facilitador de sonhos? Neemias falou com os nobres, oficiais e o resto do povo e os encorajou a perseguir seu sonho de proteger Jerusalém (Ne 4.14). Neemias também capacitou o povo a alcançar este sonho através de dividi-lo em trabalhadores e guerreiros (v. 16).

João 10.10 diz: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir”. Isto se refere indiretamente, é claro, a Satanás, mas Jesus estava falando de forma mais direta sobre a natureza da liderança espiritual que existia no seu tempo. Eram, por essência, pessoas que tiravam, e não davam ao povo. É importante que cada líder saiba se é um ladrão de sonhos ou, ao contrário, um facilitador que ajuda seus liderados a encontrar e realizar seus sonhos.

O alvo do destruidor de sonhos é edificar uma organização ou império, enquanto que o facilitador de sonhos compreende que Deus se revela por meio do seu corpo de muitos membros. Quando se encoraja e estimula as pessoas a expressar e perseguir os sonhos que Deus lhes deu, os propósitos de Deus são realizados e o Reino é edificado. A importância de ser um facilitador na realização dos sonhos do povo de Deus precisa ser reconhecida e enfatizada em todo o corpo de Cristo.

2-Temor, a condição final de uma pedra queimada (Ne 4.14). Depois de ser enredada pela política da religião humana, a pessoa geralmente fica com medo de qualquer novo envolvimento no corpo de Cristo. Todos nós sentimos necessidade de um lugar de proteção e segurança, lugar este que deveria ser a própria igreja. Precisamos desesperadamente de lugares seguros onde pedras queimadas possam encontrar restauração, cura e nova fecundidade, ao invés de enfrentar ainda mais feridas. O Senhor está procurando homens e mulheres que possam subir acima da sua própria injúria e se comprometer a ajudar pedras queimadas a se encaixarem no seu lugar no corpo de Cristo. Estes homens e mulheres experimentados precisam ser resistentes e dispostos a acompanhar as pessoas no processo de sair de suas feridas, redescobrir seus dons e achar um novo lugar de frutificação no plano de Deus. Quando se cultiva o amor ágape de Deus, não existe mais temor (1 Jo 4.18). Ao nos relacionarmos um com o outro em ágape, teremos a coragem de nos arriscar – pois é assim que se edifica um lugar seguro.

3-Lembre do Senhor que é grande e temível (Ne 4.14). Que bela referência à própria natureza de Deus! As circunstâncias podem mudar, mas a Pessoa de Deus não. Precisamos aprender a encontrar refúgio em Deus, conforme revelado na Pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo. Geralmente, quando estamos com medo, machucados ou desiludidos, rejeitamos a expressão humana da igreja, pois esta de fato pode nos ter falhado. O grande erro é que acabamos rejeitando a Deus também, como se ele fosse o responsável por nos ferir e deixar na mão. Ele não é. É possível recuperar nossa compreensão da Pessoa de Deus, mesmo no meio de dificuldades de relacionamento e falha humana. Precisamos distinguir entre o que Deus fez e o que as pessoas fizeram no nome dele. Ao mesmo tempo em que você procura se recuperar daquilo que as pessoas lhe fizeram, é preciso lembrar-se do Senhor que é grande e temível. Volte e celebre a honestidade, a verdade e a fidelidade de Deus, apesar de tudo o que o povo dele possa ter feito contra você.

4-Persevere e lute em favor dos membros da sua família (Ne 4.14). Muitos de nós, se estivéssemos sozinhos e desligados de todos, simplesmente nos afastaríamos da linha de ação e silenciosamente desapareceríamos. Entretanto, devemos lutar para alcançar aquele lugar seguro, não somente em favor de nós mesmos, mas em favor daqueles que estão sob nossa responsabilidade e que virão depois de nós. Precisamos nos preocupar sempre com o que deixaremos para nossos filhos e netos.

5-Deus frustrou o plano deles (Ne 4.15). Isto é o que chamamos de intervenção divina e oferece uma maravilhosa chave ao entendimento de Deus e do seu Reino. A Escritura diz: “Pedi e dar-se-vos-á” (Mt 7.7). Precisamos orar com fé em favor da intervenção divina e observar enquanto Deus age, não em favor da nossa vantagem pessoal nem para provar nossa razão, mas a fim de que a igreja e o povo de Deus encontrem um verdadeiro lugar seguro. Experimente isto. Se você estiver num conjunto de circunstâncias que envolvam confusão e política humana, seja ousado e faça esta oração: “Deus, custe o que custar, mostra-me como posso ser um instrumento do Reino para cura. Mesmo através da minha dor, estou disposto a me envolver novamente, para te servir”.

6-Dividindo a responsabilidade (Ne 4.16-21). Alguns estavam ativamente trabalhando na reconstrução do muro. Outros, de acordo com o texto, estavam carregando cargas. Todos tinham armas e estavam prontos para batalhar, se houvesse um ataque. Para se envolver na reconstrução e não apenas esquentar um banco na igreja, você terá de pegar outra vez na sua arma. Vamos lutar para encontrar o lugar seguro e nos dispor a entrar na batalha a fim de preservá-lo. É neste lugar seguro que nosso Senhor Jesus e o Espírito Santo virão habitar. Como pedras queimadas, precisamos estar dispostos a entrar numa interdependência madura um com o outro, a fim de edificar sua casa. O olho não diz à mão: “Não preciso de você” (1 Co 12.21). Precisamos estar conectados um ao outro, por causa do Reino de Deus.

Restaurando Pedras Queimadas

Depois que vimos o que são pedras queimadas e como chegaram a ficar nesta situação, teremos mais facilidade em reconhecer e recuperar estas pessoas que antes andaram com Jesus, mas posteriormente ficaram desiludidas ou perdidas. Podemos entender que precisamos destas pedras queimadas para edificar o muro. São pessoas de valor, pois não são seguidores ingênuos ou ignorantes, nem meros integrantes da multidão. Embora tenham se queimado no processo da sua experiência, estas pedras rejeitadas e inutilizadas que constituem os escombros de diversas etapas passadas do projeto de Deus podem ser as mais qualificadas para trazer o tipo de liderança que será necessária nos tempos de batalha espiritual que logo virão.

Todo passo que traz verdadeiro progresso espiritual produz tanto vida como morte. “De modo que em nós opera a morte; mas em vós, a vida” (2 Co 4.12). Quando vida, que é como fogo, está sendo gerada, sobra refugo depois da combustão. A igreja, que é a casa espiritual construída com pedras vivas (1 Pe 2.4,5), pode ter pedras quebradas e pedaços de tábuas que não foram aproveitados na construção. Existe todo um trabalho de limpeza que precisa ser feito e um novo exame dos materiais que foram descartados.

Não adianta pensar que o processo de construir é um processo limpo e perfeito, e que tudo encaixa com perfeição, sem sobras ou prejuízos. Precisamos abrir os olhos e ver quanto entulho há em volta da igreja e quantos materiais desperdiçados e desprezados. Precisamos encorajar estas pessoas que parecem não se encaixar na igreja organizada e, no entanto, têm grande amor e devoção para com nosso Senhor Jesus. Sua fome para conhecê-lo e servi-lo é tão intensa e viável quanto a nossa.

Outra figura para este tipo de pessoa é de soldados feridos, baixas da guerra. É duro pensar nisto, mas não existe batalha e nem vitória sem baixas. Esta é uma das partes mais difíceis para um pastor ou líder consciente enfrentar. Temos que pensar nos soldados que foram feridos. Afinal, muitos avanços vieram ao povo de Deus à custa de erros e exageros que ensinaram o caminho certo, mas que também deixaram muitas pessoas decepcionadas e feridas.

Um exemplo é o ministério de cura e libertação, que no início era exercido no meio de muita imaturidade e ignorância. As experiências trouxeram grande aprendizagem e crescimento à igreja, e hoje há conhecimento e sabedoria disponível àqueles que querem aprender dos erros do passado. Ao mesmo tempo, houve baixas e muitas pessoas desistiram por causa dos exageros.

Entretanto, Deus promete buscar seu remanescente das extremidades da terra (Ne 1.9). Com certeza, no tempo de Neemias, tanto os que ficaram na terra como os que foram espalhados entre as nações haviam se tornado pessoas desiludidas, sem orientação ou clareza sobre o que podiam fazer para voltar ao plano de Deus. Eram pedras queimadas. Mas Deus achou importante rebuscá-los, procurá-los aonde estivessem, e restaurá-las como materiais úteis e provados na sua construção.

Uma coisa importante que estas pessoas têm é o conhecimento prático daquilo que é genuíno e aquilo que não é. Já experimentaram um relacionamento com Deus Pai e viram crescimento verdadeiro, de tal forma que quando entram em contato com algo superficial ou meramente religioso, sabem que não é o que estão buscando. Assim, muitos que foram descartados pelos construtores são peças chaves nos propósitos de Deus, e precisamos buscá-los com amor, compreensão e paciência.

Um dos aspectos mais importantes da reconstrução do muro no tempo de Neemias era a união entre pessoas diferentes, fazendo trabalhos distintos porém complementares, para edificar o mesmo muro. Deus está falando com o corpo de Cristo sobre a necessidade de estar em unidade e formar alianças. Ser aliados no Reino de Deus significa que podemos marchar juntos como os canadenses, ingleses, australianos, norte-americanos e outros fizeram na Segunda Guerra Mundial. Lutavam pela mesma causa, sem perder sua nacionalidade e identidade respectiva.

Precisamos encontrar aliados que estejam envolvidos na mesma batalha e marchar junto com eles. As pressões e as questões em jogo estão ficando cada vez mais sérias. Há apenas um inimigo e precisamos de outros no corpo de Cristo, incluindo o remanescente (ou pedras queimadas), a fim de podermos edificar novamente.

Neste ponto, é importante observar um problema muito sério. Teremos de aprender a cooperar com outros que estiverem dispostos a entrar no meio dos escombros, pegar uma pedra queimada e trabalhar com ela, a fim de encaixá-la na construção da casa de Deus. Isto muitas vezes não pode ser feito individualmente, principalmente se você estiver carregando dor, ressentimento ou antagonismo em relação a uma destas pedras queimadas que lhe ofendeu. Não é possível ser uma pedra queimada sem ter relacionamentos quebrados em algum lugar.

Geralmente, há muito pouco que você possa fazer pessoalmente para ajudar alguém que se queimou dentro do seu círculo de relacionamentos. E, infelizmente, há muitos que preferem ver as pessoas com quem estão em dificuldade permanecer como pedras queimadas a ajudá-las a serem restauradas, curadas e prontas para funcionar normalmente outra vez. Provérbios 18.19 diz: “O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza”. As grades de ferro que fecham o espírito impedem que a pessoa ofendida ouça de alguém com quem tenha relacionamento quebrado. Apesar de toda sua experiência, habilidade, maturidade e discernimento espiritual, há pessoas que você, pessoalmente, não consegue ajudar. Neste caso, você precisa cooperar com aqueles que podem fazer o que é impossível para você, por não terem envolvimento passado com eles. Da mesma forma, você também poderá ajudar pessoas que não podem ser restauradas por aquele que se envolveu diretamente em suas feridas ou desilusões. Se alguém puder ajudar aquele que me ofendeu ou que eu ofendi, eu me regozijarei. Se eu puder ajudar aquele que lhe ofendeu, minha oração é que você também se regozijará e não procurará manter sua ofensa viva e ativa.

Se pudermos juntos entender a importância que Deus dá a todas estas pessoas, se pudermos cooperar e buscar as pedras queimadas com orações, lágrimas e amor, se elas puderem ser retiradas dos escombros, limpas e colocadas novamente à disposição do supremo construtor, veremos o acusador envergonhado, que debochou diante de todos: “Renascerão, acaso, dos montões de pó as pedras que foram queimadas?”

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