“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo vale será aterrado, e nivelados, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do SENHOR o disse.” (Isaías 40.3-5)
Vemos neste texto uma ordem e uma promessa. A ordem é de prepararmos o caminho do Senhor e, em seguida, temos a promessa do que irá suceder se assim fizermos. No livro de Isaías, às vezes o Senhor diz que ele mesmo preparará o caminho e, outras vezes, manda que nós o preparemos.
Quando o caminho do Senhor for preparado, sua promessa é que sua glória será manifesta em nossas vidas. O caminho do Senhor não é algo externo, físico, mas interior, dentro de nós. Este caminho deve ser aplainado, desimpedido, pois o Espírito Santo quer atuar livremente em nós e através de nós. Entretanto, existem muitos obstáculos, empecilhos que impedem seu agir em nós. Às vezes ele mesmo os remove, mas outras vezes manda que nós mesmos os tiremos.
O alvo final de Deus para a igreja é que ela seja como uma grande orquestra de jazz, que não depende de fórmulas e regras, mas apenas da direção do grande Maestro regendo-nos conforme sua vontade. Quando o caminho do Senhor for preparado devidamente em nossos corações, o Espírito Santo poderá operar seus milagres de forma espontânea, criativa e rápida. Nosso coração não pode ter empecilhos, precisa estar totalmente livre, desimpedido para que ele possa agir livremente, do jeito e na hora que quiser.
“Portanto levantai as mãos cansadas, e os joelhos vacilantes, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que é manco não se desvie, antes seja curado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e, por ela, muitos se contaminem…” (Hebreus 12.12-15).
Sem santificação ninguém verá o Senhor! Essa é uma afirmação terrível, pois não somos santos, e por nossas forças, nunca o seremos. Entretanto, Deus não irá requerer de nós algo impossível de realizar. Se ele vai exigir santidade, também nos dará graça na medida necessária para isso. “…esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.” (1 Pedro 1.13). Essa graça abundante, prometida para os últimos dias, já está começando a ser derramada. Nossa preocupação não deve ser de lutar para se santificar, mas de discernir onde ele está enviando essa graça e de esperar inteiramente nela. A graça traz alegria, motivação, força, santidade. Ela será derramada nos últimos dias em medida muito maior do que em qualquer outra época da história da humanidade, pois o Senhor precisa de uma igreja santa que manifeste Jesus ao mundo.
Mas a questão é: o caminho do Senhor está desimpedido para que esta graça chegue e lhe inunde? Você reconhece quando ela está em você? Ela está produzindo vida em você? Você espera e depende totalmente dela? É importante esse entendimento, pois não é possível ser santo seguindo regras, mas somente pela graça de Deus. Com ela virá a santidade e, assim, veremos o Senhor.
Na sequência do texto de Hebreus 12.15, vemos que é possível ter graça disponível mas esta não chegar ao coração: “… tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e, por ela, muitos se contaminem……”. Muitos cristãos são salvos mas estão travados, bloqueados, privados desta graça, impedindo-a de chegar e fluir em suas vidas. Não crescem na fé e não desenvolvem suas vidas em santidade. Isso acontece quando nutrem, mantêm vivos na memória, os males e ofensas reais ou imaginárias que outros lhes fizeram no passado; quando alimentam diariamente a amargura e não se permitem perdoar.
Um exemplo de que existe amargura é quando se fala mal de outros, pois a boca só fala daquilo que o coração está cheio (Lucas 6.45). Essa amargura irá crescer, se alastrar, contaminar a muitos, “secar” a graça de Deus no coração e se transformar em um grande empecilho na preparação do caminho do Senhor, pois ela não permitirá que o Espírito Santo flua em nós e através de nós livremente.
A falta de perdão se manifesta quando alguém guarda, zela e nutre uma ofensa contra alguém, fechando as veias do coração e impedindo que a graça de Deus flua.
Dois livros são de fundamental importância no entendimento deste assunto: “Perdão Total“, de R.T. Kendall (Editora Urbana, Rio de Janeiro, 2011), e “O que os cristãos devem saber sobre a importância do Perdão“, de John Arnott (Editora Danprewan).
Ao final de uma de suas preleções sobre o assunto, Arnott relata que uma senhora lhe procurou relatando sua história. Ela havia sido estuprada uns 10 anos antes, tendo muitos ossos quebrados e sofrendo dores horríveis devido a isso. Ao ouvir a palavra, entendeu que precisava perdoar aquele que lhe havia feito esse mal e pediu que Arnott orasse por ela. Quando começou a orar, ele escutou o barulho dos ossos daquela mulher encaixando-se em seus devidos lugares. Ela foi curada naquela mesma hora após muitos anos de dores e sofrimento.
O perdão cura! Ele faz mais bem ao que perdoa do que ao que é perdoado. Ele traz cura física, emocional e espiritual, traz a alegria e a graça de Deus sobre nós.
Na oração do Pai Nosso, Jesus ensina os princípios que devem governar nossas vidas para que as orações sejam ouvidas e atendidas pelo Senhor. O que nos chama a atenção é que a única frase que ele ressalta e explica após o término da oração está relacionada ao perdão:
“…e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; (…) Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará. Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6:12,14,15)
Jesus enfatiza que seremos perdoados na mesma medida com que perdoamos (“assim como“). Ou seja, a maneira como agimos com os outros é exatamente a maneira como Deus agirá conosco. Ele só irá nos perdoar se nós também perdoarmos aos outros do mesmo jeito, com a mesma medida.
Kendall relata em seu livro o depoimento de um psiquiatra que afirma que 75% de seus pacientes não precisariam de sua ajuda e nem de remédios se aprendessem a perdoar; apenas 25% tinham problemas químicos, biológicos. Os demais simplesmente não querem ou não conseguem perdoar e, por isso, vivem à base de fortes remédios. A falta de perdão é, portanto, a causa de inúmeros problemas físicos e emocionais.
Pessoas que não perdoam vivem expressando suas mágoas, sendo consumidas diariamente pelo ódio, pela amargura. Alguns ofensores, até, já morreram; entretanto, ainda são alvos da amargura destas pessoas.
A Reforma Protestante foi tremendamente importante no sentido de trazer luz de que as pessoas são perdoadas não por obras, mas pela fé no único e suficiente sacrifício de Jesus. Entretanto, os reformadores não ensinaram que esse perdão de Deus é impedido, bloqueado, quando não perdoamos uns aos outros. Isso trouxe uma herança terrível de brigas, contendas e divisões entre os cristãos evangélicos. Muitos acreditam erroneamente que é possível ter graça e livre comunhão com Deus mesmo sem perdoar aos outros. As pessoas dividem igrejas, passam a mutuamente se odiarem e caluniarem, mas continuam se considerando cristãos exemplares, “adorando” a Deus em suas comunidades separadas. Porém, “se não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”
“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.” (Mateus 18.21-35)
Pedro indagou Jesus sobre um “limite diário” para o perdão, mas este lhe mostrou que o perdão é algo ilimitado, nunca tem fim. Como julgou muito importante a pergunta de Pedro, Jesus exemplificou usando uma parábola.
Perdão, no hebraico, tem o sentido de “tirar a carga” de sobre algo ou alguém. Um homem teve uma carga de 10 mil talentos (uma quantia impagável) tirada de sobre sua vida pelo rei, mas não foi capaz de aliviar a carga de seu conservo que lhe devia apenas 100 denários, uma quantia incomparavelmente menor. Ao saber disso, o rei teve uma forte reação contra aquele servo que havia perdoado: Xingou-o (“servo malvado“), ficou bravo, nervoso (“indignou-se“) e retirou seu perdão (“o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida“). Por causa de 100 denários ele perdeu 10 mil talentos.
Jesus ensinou a Pedro que nossa dívida é impagável e, assim, não podemos colocar limites para perdoar aos outros. “Assim também vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão.” Da mesma forma que o rei agiu, assim também o Senhor fará com quem não perdoar: xingará, ficará bravo e retirará o perdão.
Perdão total é o perdão do íntimo, de todo o coração. Não é só de boca ou só da cabeça, mas de coração! Jesus nunca disse que por sermos seus seguidores, por estarmos na igreja, não seríamos ofendidos; pelo contrário, disse que seríamos até mais do que aqueles que não conhecem ao Senhor. O fato é que somos machucados e machucamos a outros, somos ofendidos e ofendemos a outros. A família e a igreja são lugares de se machucar, porque ali convivemos bem de perto uns com os outros. A diferença é que conhecemos o perdão e devemos e podemos praticá-lo com a graça do Senhor.
Existem duas razões que tornam muito difícil perdoarmos. A primeira razão é que não entendemos o quanto Deus nos perdoou. Seja o que for que alguém nos fez de mal, é imensamente menor do que o perdão que Deus nos deu. A dívida que ele nos perdoou era muito maior e, portanto, podemos e devemos perdoar não importa quem, quanto, quando e onde. Eu perdoo “assim como” ele me perdoou, eu perdoo para poder ser perdoado. Seja o que for que alguém me fez, jamais chega perto do quanto Deus me perdoou. Assim, é fácil perdoar porque ele me perdoou muito mais.
A segunda razão é que nos julgamos ser melhores do que os outros. Se não entendermos que somos tão maus quanto as demais pessoas, e que só não incorremos nos mesmos pecados delas porque Deus nos protege e guarda, não poderemos repreende-las ou corrigi-las. Jesus fala sobre isso:
“Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?” (Mateus 7.3,4).
Todos nós temos traves nos olhos que nos dificultam de perdoar porque distorcem nossa visão. Essas traves têm três aspectos: a) Tudo que eu faço eu diminuo, relevo, justifico; b) Tudo o que o outro faz eu amplio, condeno, não justifico; c) Sempre acredito que sou justo e imparcial.
Quando entendemos que o Senhor nos perdoou muito mais do que aquilo que os outros nos fizeram, e quando entendemos que somos tão maus quanto eles, o perdão se torna muito mais fácil de ser liberado.
Existem quatro níveis de perdão. 1) O perdão desvinculado. Perdoa, mas não quer mais ver a pessoa. Há uma pequena diminuição do sentimento contrário, mas o relacionamento não se refaz. 2) O perdão limitado. Também há uma diminuição do sentimento contrário, e até se consente em cumprimentar a pessoa, mas o relacionamento se resume somente a isso. 3) O perdão total. Todo o sentimento hostil é removido e o relacionamento é restaurado, tornando-se igual ou melhor do que era antes. Esse é o perdão de coração. 4) O perdão total, porém, não há restauração de relacionamento. Não é inferior ao terceiro, mas é diferente, pois o relacionamento não pode ser restaurado por um de dois motivos: primeiro, porque o outro já morreu; segundo, porque o outro não quer. Exemplo: Deus, em Cristo, perdoou o mundo inteiro, mas ele só tem relacionamento com aqueles que o desejam. Eu posso perdoar a todos, mas não posso relacionar com todos porque depende deles quererem isso. Entretanto, meu coração deve estar aberto caso desejem restaurar o relacionamento – não devo ter empecilhos para isso. O perdão total é unilateral; não é preciso o outro concordar, é por minha conta. Entretanto, o relacionamento restaurado depende da concordância da outra parte.
Como posso saber se perdoei de coração, se pratiquei o perdão total? Podemos saber comparando nosso coração com o de José do Egito.
“Então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos; por isso, nos vem esta ansiedade. Respondeu-lhes Rúben: Não vos disse eu: Não pequeis contra o jovem? E não me quisestes ouvir. Pois vedes aí que se requer de nós o seu sangue. Eles, porém, não sabiam que José os entendia, porque lhes falava por intérprete. E, retirando-se deles, chorou; depois, tornando, lhes falou; tomou a Simeão dentre eles e o algemou na presença deles.” (Gênesis 42.21-24)
José havia sido vendido cruelmente aos egípcios pelos seus irmãos, sofrendo por muitos anos injustamente. Ele poderia ter alimentado um enorme espírito de vingança, mas não o fez. Quando José começou a provar seus irmãos, viu que os mesmos ainda viviam angustiados e sofrendo durante todos aqueles anos. Então, ele saiu dali e foi chorar, mas de pena deles, por estarem ainda atormentados com aquela carga de culpa tão pesada que carregavam.
“Então, José, não se podendo conter diante de todos os que estavam com ele, bradou: Fazei sair a todos da minha presença! E ninguém ficou com ele, quando José se deu a conhecer a seus irmãos. E levantou a voz em choro, de maneira que os egípcios o ouviam e também a casa de Faraó. E disse a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque ficaram atemorizados perante ele. Disse José a seus irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós. Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita. Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito.” (Gênesis 45.1-8).
Quando José finalmente se revela aos seus irmãos, ele pede que não sofram mais por ele, que não levem mais aquela culpa, pois foi Deus quem permitiu que tudo aquilo sucedesse para que fossem salvos. José não queria que eles continuassem sofrendo por aquele mal que lhe haviam feito.
Kendall, ainda, em seu livro, diz que certa vez estava apenas pensando no mal que alguém lhe havia feito, e Deus o repreendeu para que perdoasse em pensamento, antes que expressasse pela boca. Diz ele que o Senhor lhe orientou a fazer a seguinte oração: “Deus, não deixe ele ficar sabendo o que fez, não deixe ele sofrer consequência nenhuma do que fez e abençoe-o como se nunca tivesse feito nada!” Disse que era uma oração muito difícil, mas, se quisesse ser perdoado “assim como” havia sido por Jesus, então deveria fazê-lo. Ele confessou que foi muito difícil orar dessa forma, pois estava com muita raiva daquela pessoa, mas, ao fazê-lo, sentiu a graça, a alegria e a satisfação de Deus descendo sobre ele.
Todas as vezes que alguém nos faz um mal e ficamos com raiva dele, essa raiva é o mal que estava adormecido em nós e que foi despertado. Paulo diz: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12.21). Se, porém, estivermos cheios de Jesus, nenhum mal que alguém nos fizer poderá despertar em nós esse mesmo sentimento, simplesmente porque estaremos livres dele.
Deus quer que aprendamos a praticar o perdão total: orar pelas pessoas que nos fizeram mal, desejar de coração que elas não sofram pelo que nos fizeram, que não carreguem essa culpa, que não sejam castigadas, mas que sejam totalmente abençoadas. Isso é perdão de coração.
Concluindo, perdoar totalmente não significa continuar permitindo-se ser abusado pela outra pessoa. Exemplos: Uma mulher que apanha do marido, pode perdoar mas não precisa continuar junto apanhando. Uma mulher que foi estuprada, pode perdoar mas deve denunciar o agressor à justiça, para que não continue fazendo isso com outras pessoas.
Perdão total não quer dizer que não há justiça. O trono de Deus é baseado em duas colunas: Justiça e Misericórdia. Justiça é dar a cada um o que merece. O diabo é o nosso acusador; ele quer que Deus, o justo Juiz, aplique a justiça sem misericórdia. Como ele já está condenado, quer acabar conosco. Se for somente assim, seremos achados totalmente culpados e indesculpáveis diante do tribunal de Deus. Mas, em Cristo, recebemos a misericórdia de Deus e fomos perdoados e, assim, também podemos exercer o perdão, pois perdão é justamente para aqueles que não o merecem.
O diabo não tem acesso à misericórdia. Quando se exerce o perdão não há mais tribunal, juiz, júri, promotor ou réu. Não merecemos, mas fomos perdoados porque “a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tiago 2.13). Quando somos perdoados e perdoamos aos outros o diabo perde seu direito de acesso, perde seu posto de acusador, pois ele não entende o perdão.
Assim, vamos preparar o caminho do Senhor em nossos corações, vamos tirar os obstáculos da amargura e do ódio, vamos liberar o perdão total para que a graça de Deus nos inunde e flua livremente para todas as pessoas ao nosso redor!
Respostas de 5
Simplesmente assim. “Oh, se fendesses os CEUS”! Senhor, dá-nos esta realidade constante. Em Teu Nome JESUS. Desce sobre mim, desce sobre a Igreja; faça-nos viver esta realidade em VERDADE!
Graça e Paz,
Testemunho que já experimentei a liberação da graça de Deus após decidir perdoar. Bênçãos que estavam prometidas foram vertidas imediatamente após eu perdoar.
Em minha vida muitos relacionamentos se mantêm à base de um perdão crônico, basta eu me sentir ofendido, que verbalizo o perdão porque me amo e não quero ficar sem a bênção do Senhor.
Palavra procedente da Boca de Deus, que lava e purifica a Noiva de Cristo, a “Igreja”, Deus nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres, uma benção!
Uma prática constante sem limites, por que se enxergarmos com os olhos da fé seremos cada vez mais lapidados pela graça eterna do Nosso Senhor Jesus Cristo, Uma bênção.
Senhor leva-me a perdoar, porque fraco eu sou, tão fraco eu sou, mas forte Tú és…
Deus seja louvado!
Como é serio o fato de perdoar e pedir perdão, se todos nós colocássemos em prática o que temos aprendido, com certeza a igreja hoje teria uma nova cara. Obrigada, Harold Walker, pelos estudos, tenho sido muito edificada e tenho buscado colocar em prática o que tenho recebido.