26 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Questionando alguns conceitos sobre relacionamentos

As regras foram feitas para tornar a vida melhor e mais prazerosa, mas será que estas regras quase matemáticas funcionam para tudo? Viver não é tão fácil assim, pois para cada decisão a ser tomada as opções são tantas e, na maioria dos casos, apenas uma opinião contrária à nossa pode desestabilizar todo o processo.

Quando falamos de relacionamentos e casamento, as variáveis são tantas que praticamente não podemos estabelecer uma única regra – o que funcionou para um casal, com certeza não dará certo em todos os casos. Algumas regras parecem funcionar apenas para os outros:

1) Devemos casar apenas com evangélicos

Não podemos negar que a Bíblia é clara neste sentido, falando dos problemas decorrentes do “jugo desigual” não apenas no casamento como também nos negócios. Mas quando uma jovem em seus 20 e poucos anos, já trabalhando, estudando, servindo a Deus, percebe que a maioria dos rapazes de sua idade, na igreja, só falam em futebol ou diversão, ela entra em desespero!

2) Não podemos casar com alguém “do mundo”

Em alguns casos, esta regra também não faz sentido. O fato de alguém freqüentar uma igreja não nos dá garantias que tenha bom caráter, que vai ser um bom companheiro para toda a vida. Poderia citar vários nomes aqui de pessoas que casaram com alguém da igreja e que, em pouco tempo, o sonho se tornou no pior dos pesadelos. Como aquela moça que sonhava com um príncipe encantado no cavalo branco – o cavalo estava casado com ela há 25 anos e o príncipe… ah, o príncipe foi só no sonho!

E apesar de todos os conselheiros cristãos serem unanimes neste assunto, alguns casos atípicos se tornam excelentes relacionamentos, onde a pessoa se casa com alguém que não é temente a Deus, mas apresenta bom caráter e valores morais. Após um tempo, pelo testemunho do cônjuge cristão, o parceiro também se converte ao Senhor.

3) A importância da opinião dos pais, principalmente do pai na escolha da filha

Sim, este é um assunto importantíssimo, mas e quando a menina não tem um pai com coração em Deus e tem suas preferências baseadas na raça, classe social e aparência exterior? Ou quando os pais nem ao menos se preocupa com isso, ficando a filha ou filhos sozinhos na hora de tomar esta decisão tão importante?

4) A questão da felicidade pessoal

Somos diariamente bombardeados com incentivo para buscarmos a felicidade pessoa e viver intensamente cada momento como se fosse o último. Este é o anseio principal de quem procura um relacionamento com outra pessoa. Em nome do amor, ou para seguir o que nosso coração manda, não vemos problemas em quebrar algumas regrinhas sociais.

Certa vez uma moça árabe foi questionada por casar com alguém que só conheceu no dia da cerimônia de casamento. Por outro lado, ela alegou que o erro estava justamente com os ocidentais: “Vocês casam com a pessoa que amam, disse ela, e nós amamos a pessoa com a qual casamos. O que vocês fazem quando o amor acaba?”

O “casar por estar amando” é contraditório e ambíguo; é importante entender as diferenças entre o “estar amando” (sentimento) e o crescer em amor (doar a si mesmo). O estar amando não deve ser a base para o casamento, e o “não nos amamos mais” também não é base para o divórcio.

Além das regras que nem sempre funcionam, existem também outros fatores que determinam o sucesso ou fracasso de um relacionamento, ou até mesmo a não realização de relacionamento algum:

A) Motivações em bases erradas:

1) Nas necessidades: companhia mútua, apoio, segurança, intimidade, sexo, serviço a outros; buscar um cônjuge que nos complete (introvertido/extrovertido, forte/fraco, dominador/menos dominador)

2) Circunstâncias: gravidez pré-conjugal, pressão da sociedade, escapar de um lar infeliz, medo de ficar sozinho, desejo de ajudar um solteiro em apuros, etc.

Não podemos esquecer que as pessoas se casam porque Deus nos criou homem e mulher, instituindo o casamento com o propósito de proporcionar companheirismo, apoio mútuo e expressão sexual, declarando em sua palavra que o casamento é digno de honra.

B) Por que alguns ficam solteiros?

Como Jesus jamais se casou e Paulo afirmava que estar solteiro poderia ser superior ao casar; alguns entendem que tem um chamamento para não casar. Mas estes casos são raros e a maioria não se casa por outras razões:

  • timidez e dificuldade em se aproximar da pessoa do sexo oposto e conversar de forma clara e objetiva
  • falha em encontrar candidatos disponíveis
  • alguns estão muito ocupados com a carreira, estudos, atividades, viagens que, quando decidem se casar, os candidatos desapareceram;
  • outros ficam aguardando alguém melhor e descobrem tarde demais que desprezaram excelentes oportunidades
  • não são atraentes para o sexo oposto (defeito físico, ansiedade, agressividade, insensibilidade, egocentrismo, preocupação excessiva com o casamento)
  • pessoas que não se liberam de uma dependência emocional em relação aos pais, ou que escolhem não casar para cuidar dos pais necessitados
  • alguns preferem buscar intimidade fora do casamento tradicional, vivendo juntos secreta ou abertamente sem sanção legal, ou formar relacionamentos homossexuais
  • alguns não querem casar, pois foram mal sucedidos em relacionamentos anteriores
  • os que tem medo do sexo oposto, da intimidade, das relações sexuais, de perder a independência

C) Por que alguns escolhem mal?

A escolha raramente é feita de maneira lógica e analítica, ou o casal pode receber influências e pressões por parte dos pais ou sociedade. Mas a causa mais comum de uma escolha ruim é escolher um companheiro com base naquilo que pode aproveitar do casamento (alguém para me amar, mostrar afeição, respeitar meus ideais, me compreender, estimular minha ambição, me apoiar nas dificuldades, me aceitar como sou, fazer-me sentir importante, aliviar minha solidão, etc). Não podemos negar que as motivações são reais e a grande maioria faz parte de relações amadurecidas e só podem existir quando cada cônjuge se dê igualmente na vida a dois; um desejo desequilibrado de receber sem dar é fruto de imaturidade ou, até mesmo, neurose.

D) Por que as pessoas escolhem bem?

  • Convicções cristãs baseadas na missão, no chamado pessoal
  • Quando se assemelham em pontos como idade, interesses, valores, nível sócio-econômico, educação
  • “Ressonância emocional”, quando “a chama se acende” – escolher a pessoa com base exclusivamente nestes fatores emocionais é um risco, mas não podemos ignorá-los

E) Traços positivos para um casamento duradouro

Adaptabilidade e flexibilidade, habilidade para resolver problemas, capacidade para dar e receber amor, capacidade de reconhecer e controlar emoções, capacidade de comunicação, dedicação, tendência a comportar-se de acordo com a idade, auto-imagem realista e positiva, independência do controle da família e amigos, atitude responsável em relação ao sexo, compreensão.

Mesmo com todas estas dicas, o que fica mais claro é que precisamos seguir a Emanuel e não a Um Manual.

Alguns conceitos foram tirados de  “Aconselhamento Cristão”, de Gary Collins

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Uma resposta

  1. Olha meu irmão, apesar de não ter lido a materia toda por falta de tempo eu colei aqui no meu word para ler depois, mas quero dizer que texto magnifico e que DEUS o continue usando e dando essas palavras veridicas direto do trono. DEUS ABENÇOE e um forte abç.

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