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Vida de Solteiro – Como Encarar?

Enquanto o Amor Não Vem …

“Aproveitando o tempo” de sua vida de solteiro

Por: Doroth Nogueira de Assis

Em uma reunião de jovens e adolescentes, entre 14 e 20 anos, a dinâmica de apresentação era a seguinte: cada um deveria dizer o nome e o maior sonho. Passar no vestibular, viajar pelo mundo ou exercer determinada profissão eram os sonhos mais comuns. Qual não foi a nossa surpresa quando ouvimos uma menina de 16 anos dizer: “Meu maior sonho é me casar”!

Opa, espere um momento! Será que não há alguma coisa errada? Será que, dentre todos os belos e grandiosos sonhos que Deus deseja que inflamem nosso coração, o casamento deva mesmo ser o maior deles?

Há um tempo, li em algum lugar que “a vida cristã não é um problema a ser resolvido e, sim, uma jornada a ser trilhada”. Toda jornada tem um percurso e um destino. Essa figura leva-nos a pensar que, para chegarmos ao destino o mais rápido possível, passando pela estrada intactos (mas não inócuos!), devemos conhecer tanto o destino quanto o caminho muito bem! De nada adianta sermos cristãos alienados! Deus deseja que conheçamos a estrada que será percorrida e que estejamos preparados para percorrê-la.

Uma amiga muito querida uma vez comentou que o mundo conta com diversas ferramentas, mas não sabe onde usá-las; já os cristãos saberiam onde usar as ferramentas, mas não as possuem. Enquanto o mundo conta com pessoas fortemente capacitadas, porém sem propósito, na Igreja sobram pessoas bem-intencionadas sem preparação! Percebe o quanto isso é sério?

Quando o Senhor nos inflama com seus sonhos, ele também insere em nós uma urgência por realizá-los custe o esforço que custar! Deus espera que todos nós desejemos conhecer a ele e à sua vontade, a fim de chegarmos ao destino esperado. Nossos dons e talentos foram dados por ele e devem ser para ele! Devemos manter um relacionamento firme com ele, buscando conhecer nossos dons e suas aplicações e, sobretudo, devemos esmerilhá-los e multiplicá-los para cumprir nossa missão e engrandecer o Reino.

Um antigo ditado diz: “os solteiros vão mais rápido, os casados vão mais longe…” Se não há um lugar definido para onde ir, de que vale alguém que o leve mais longe? Se não há uma missão, de que vale a aliança de submissão que é o casamento?

Na juventude cristã atual, muitos desejam casar-se pela motivação errada: escoram-se no casamento, procurando sua identidade e vocação nele somente, desprezando quaisquer outras formas de aprimoramento pessoal. Um dos raros exemplos bíblicos de relacionamento pré-conjugal (Isaque e Rebeca) mostra justamente o contrário. Quando Rebeca foi encontrada pelo servo de Abraão, ela estava trabalhando em atividades cotidianas. Rebeca foi uma mulher que “aproveitou o tempo”, fazendo fielmente as obrigações presentes.

Enquanto jovens, creio que também temos de nos espelhar na prontidão de Rebeca para remir o tempo, preocupando-nos com nossas atuais obrigações e procurando ver como elas podem engrandecer o Reino de Deus. Embora a tarefa de Rebeca fosse aparentemente banal, ela agia com diligência e estava pronta para servir aos outros. Essas qualidades a colocaram no lugar certo, na hora certa e com a atitude certa quando Deus decidiu conectá-la a Isaque.

Como jovem, eu sei que é muito difícil entender que o casamento não é um fim em si mesmo. Ao invés de acreditarem que o casamento é uma dádiva de Deus, em que duas pessoas se apoiam mutuamente para atender à sua vocação, muitas moças e rapazes hoje pensam que o casamento em si já é a vocação. É daí que vem a frustração de muitos casais que enxergam seu cônjuge como alguém que tem a obrigação de dar-lhes alegria e prazer, não como um auxiliador na realização de seu chamado.

Não podemos ignorar nossas responsabilidades e esperar ganhar, de forma mágica, a força de caráter e a virtude que nos farão bons cristãos e, consequentemente, bons maridos e esposas. Podemos ativamente escolher modos de nos preparar para o casamento, se Deus quiser isso para o nosso futuro. Porém, devemos atentar para a verdadeira motivação para isso. O casamento deve ser uma consequência do amadurecimento e da busca de semelhança com Cristo!

Porém, enquanto o casamento é algo opcional, o desenvolvimento das qualidades de Cristo não o é. Cada um de nós deve desenvolver o amor, a humildade, a paciência, o perdão e a responsabilidade. Quero ser uma esposa preparada por Deus. Quero ser mansa, humilde e submissa, mas, ao mesmo tempo, ativa e diligente. Sei que, se eu não buscar em Deus agora o desenvolvimento dessas características (que não são necessárias apenas às mulheres casadas), eu não apenas serei uma esposa falha, mas também serei uma mulher despreparada para cumprir minha missão.

Peço para Deus mostrar a mim e à juventude cristã que o casamento não é a linha de chegada. Estatisticamente falando, a maioria de nós irá eventualmente se casar. Mas precisamos ter a certeza de que “aproveitamos o tempo” para glorificar a Deus e não para ganhar pontos com ele para poder “exigir” o casamento. Devemos preparar e desenvolver nosso caráter para que possamos nos tornar tão flexíveis e úteis quanto possível para ele, independentemente do que ele planeja para nosso futuro.

Doroth Nogueira de Assis tem 17 anos e reside em Jundiaí/SP. Em novembro de 2011, integrou a Equipe MÃOS em uma viagem de curto prazo ao Haiti. Pretende ingressar em 2012 no curso de Serviço Social.

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A Vida é um Arco-íris

Por: Maria de Fátima Barboza

Estava em minha sala de trabalho quando uma irmã querida e preciosa entrou quase em pranto: “Não suporto mais essa situação! Por que Deus não mostra a pessoa que ele tem para mim? O que há de errado comigo? Até quando vou ter de esperar? Se ele não tem casamento para mim, por que não tira esse desejo do meu coração? Isso não é justo! O que vou fazer da minha vida?”

Fiquei estarrecida, triste, penalizada e com raiva ao mesmo tempo. Não era a primeira vez que eu me deparava com aquela cena: uma jovem com seus 30 anos em agonia! Aquela irmã, cuja vida eu conhecia bem, tinha dons maravilhosos e amor genuíno por Jesus; porém, estava ali, vulnerável e desesperada, deixando-se levar por essa tortura. E o pior: totalmente fechada para outras possibilidades da vida.

Eu odiava aquela situação, pois percebia claramente o jogo sujo de Satanás. Ela fora aprisionada como tantas outras da mesma idade! Sou um ano mais velha do que ela. Hoje, aos 56 anos e ainda solteira, continuo presenciando essas crises com muito pesar em meu coração. Quanto sofrimento desnecessário!

A vida é como um arco-íris com suas sete cores. Cada cor é um caminho no qual posso andar e chegar ao destino que Deus tem para mim. O casamento é apenas uma das sete cores. Repito! O casamento é apenas uma das sete cores, não o arco-íris inteiro! Há possibilidades enormes no coração de Deus a nosso respeito. O casamento, sem dúvida, é uma maravilhosa possibilidade, mas não a única. Se você enfrenta crises como a nossa irmã, abra seu coração às possibilidades de Deus. Ele não deseja sua infelicidade, apenas quer colocá-lo no lugar ideal de onde você possa servi-lo com alegria, inteireza de coração e, no final, receber o maior elogio que alguém possa receber: “servo bom e fiel”.

O Pr. José M. Gomes, da África do Sul, escreveu um artigo baseando-se em um conto antigo, que talvez você já conheça, que é bem apropriado para esse assunto. Ele escreveu:

Qual é o lugar mais rico da Terra? Certamente esse lugar não está em minas de ouro, em jazidas de petróleo da Arábia, nem mesmo nas minas de diamante da África do Sul, nas reservas de ouro do Equador ou na vasta floresta Amazônica. Estou convencido de que o cemitério é o lugar mais rico do planeta! No cemitério, existem histórias que nunca foram contadas, melodias que não foram entoadas, poemas que não foram escritos, além das inúmeras ideias que jamais foram apreciadas, capazes de mudar comunidades inteiras. (…) Os cemitérios estão cheios de sonhos não concretizados.

Ele fala dos sonhos humanos, mas o que poderíamos dizer dos sonhos de Deus não concretizados? Deus tem um sonho e quer realizá-lo por meio de seus filhos na Terra. Por isso, ele quer colocar-nos na cor certa do arco-íris, no lugar estratégico onde pode nos usar para concluir seu propósito eterno. Quer usar nossos dons e talentos para trazer para a Terra o seu reino e abrir um caminho, por meio de nós, para que Jesus volte e nos tome para si. Antes da fundação do mundo, esse já era seu maior desejo. Despiu-se da glória para que pudesse nos encontrar.

Portanto, querida(o) irmã(o), não sejamos nós a frustrar o maior sonho do universo. Posicione-se, olhe para Deus e diga-lhe: “Não a minha vontade, mas a tua. Casada ou não, eis-me aqui! Toma meus sonhos e dá-me os teus, pois são melhores, mais altos e mais sublimes que os meus. Os meus levam-me a uma vida fútil e desnecessária aqui nesta Terra, enquanto os teus me levam à vida plena, justa e santa de Cristo. Quero abrir mão, com alegria, de escolher sozinho a minha cor do arco-íris porque o fim dela é a eternidade”.

Maria de Fátima Barboza (Fatinha) reside em Monte Mor, SP, e faz parte da coordenação do CPP
(Curso de Preparação Profética) – www.cppmontemor.com.br

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Entendendo o Propósito de Casamento e Família

Por: Eliene Almeida de Oliveira

Minha vida foi marcada por sérias dificuldades na área de relacionamento. Ainda adolescente, perdi toda a estrutura familiar devido à separação de meus pais. Isso me deixou muito confusa e me fez desacreditar totalmente do casamento. Uma angústia profunda apoderou-se de mim, tudo parecia não fazer sentido e tornava minha vida insuportável. Eu sentia que havia algo que precisava descobrir sobre a família.

Somente anos mais tarde, quando tive um encontro com meu Salvador, comecei a receber respostas aos meus questionamentos. Na época de minha conversão, relacionava-me com um rapaz. Ele era importante para mim, mas eu temia perder o amor de Jesus, meu novo amigo. Nunca ouvira falar sobre relacionamento baseado em princípios bíblicos, mas sabia que precisava romper com esse rapaz. Sentia Jesus, a Palavra Viva, chamando-me para estar em sua presença.

No decorrer dos anos, Jesus tem curado meu interior e restaurado meu ser. Tenho descoberto, em comunhão com Deus, a necessidade de famílias estruturadas em princípios bíblicos para que haja uma eficaz representação, aqui na Terra, da família do Céu. Ele me fez enxergar a beleza do casamento e o quanto ele precisa de casas dignas para receber sua igreja e demonstrar, na vida prática, seu maravilhoso amor.

Ainda estou solteira, mas isso não representa nenhum peso para mim. Sinto alegria e satisfação de ver Deus como Pai me conduzindo e cuidando de mim. Será que me casarei? Ou permanecerei solteira? Não sei, mas descanso em Deus, pois ele é o maior interessado nisso. O fato de ter aberto mão de um relacionamento por amor a Jesus não significa que ele tem obrigação de me dar alguém para substituir o outro. Creio que Deus sabe o melhor para mim em todos os momentos.

Sei que, acima de tudo, minha vida pertence a ele. Estou convicta de que, nesta geração, Deus precisa de jovens interessados nos sonhos dele. Jovens que se casam não porque todos casam, mas porque entendem o propósito de Deus com o casamento. Somente assim, poderão desfrutar a bênção do casamento e saberão perseverar nos momentos difíceis que virão. Afinal, casamento é aliança um com o outro e com Deus, e Deus leva aliança muito a sério.

No final das contas, casados ou solteiros, todos nós enfrentamos dificuldades. O que importa é, por meio de comunhão com Deus, descobrir nosso papel no Reino e cumpri-lo, independentemente de nosso estado civil. O que dá sentido à nossa vida é a nossa comunhão com ele. Ele é o nosso porto seguro!

Eliene Almeida de Oliveira tem 38 anos, converteu-se em 2000 e reside em Baixa Grande, BA.

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Uma resposta

  1. Mt 19 11,12 Jesus, porém,lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.
    Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outos que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita.

    Segundo Jesus nem todos são aptos para casar, mas somente a quem é dado, então essa pressão enorme que é feita sobre as pessoas para que se casem a qualquer custo é leviana, casamento não é brincadeira, é uma aliança que depois de ratificada não pode ser desfeita, então como se diz no nordeste, quem não pode com o pote não pegue na rodia.
    Tudo em nossa vida tem que ser para agradar a Deus, seja casamento, vida de solteiro, trabalho, estudo.

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