Há duas coisas que eu gostaria de dizer sobre o avivamento nas Hébridas. Primeiro, gostaria de deixar bem claro que não fui eu que trouxe o avivamento às Hébridas. Não tenho palavras para dizer quanto me sinto triste ao ouvir pessoas falarem e escreverem sobre o homem que trouxe este avivamento. Meus queridos, eu não fiz isso! O avivamento estava lá antes mesmo que eu pusesse os pés na ilha. Tudo começou com uma graciosa onda de consciência da presença de Deus que passou pela paróquia de Barvas.
Em seguida, gostaria de deixar claro o que eu entendo sobre avivamento. Quando falo de avivamento, não estou me referindo ao evangelismo deimpacto. Não estou pensandoem cruzadas ou esforços especiais convocados ou organizados pelo homem. De forma alguma isso está em minha mente. Avivamento é completamente diferente de evangelismo em seu nível mais alto. Avivamento é um mover de Deus na comunidade e repentinamente a comunidade torna-se consciente de sua presença sem que qualquer palavra seja dita por um homem que represente algum esforço especial.
Tenho certeza de que vocêestá interessado em saber como, em novembro de 1949, esse gracioso mover começou na ilha de Lewis. Duas senhoras, uma de 84 anos de idade e outra de 82, que era cega, ficaram muito chateadas com o terrível estado de sua paróquia. Era certo que nenhum jovem participava dos cultos. Nem um único rapaz ou moça ia à igreja. Eles passavam o dia lendo ou caminhando e a igreja era deixada de lado. Mas aquelas duas mulheres estavam muito preocupadas e fizeram disso um motivo especial de oração.
Um versículo prendia sua atenção: “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca” (Is 44.3). Elas sentiram um encargo tão forte que decidiram passar bastante tempo em oração, duas vezes por semana. Na terça-feira, elas se ajoelhavam às 22 horas e permaneciam em oração até às 3 ou 4 horas – duas senhoras idosas num casebre muito humilde.
Certa noite, uma das irmãs teve uma visão. Lembre-se: num avivamento, Deus trabalha de formas maravilhosas. Uma visão foi recebida por uma delas, e na visão, ela viu a igreja de seus pais cheia de jovens, lotada e com um ministro desconhecido no púlpito. Ela ficou tão impressionada com a visão que convidou o ministro da paróquia para ir à sua casa. É claro que ele, conhecendo as duas irmãs e sabendo que eram mulheres que conheciam a Deus de forma maravilhosa, aceitou o convite e foi visitá-las.
Naquela manhã, uma delas disse ao ministro: “Você deve fazer algo a respeito. E eu sugiro que você convoque seus líderes para se juntarem a nós, e que passemos pelo menos duas noites em oração por semana…” Bem, foi isso que aconteceu: o ministro chamou-os, e sete deles se reuniram num celeiro para orar às terças e às sextas-feiras. E as duas senhoras ajoelharam-se e oraram com eles.
Isso continuou por algumas semanas – na verdade, acredito que foi por quase um mês e meio. Até que, uma noite… um jovem, um diácono da igreja, levantou-se e leu Salmo 24. “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção (não apenas uma bênção, mas a bênção) do Senhor”. E, então, aquele jovem fechou a Bíblia, olhou para o ministro e os outros e disse: “Parece ser tão hipócrita orar como estamos orando, esperar como estamos esperando, se nós mesmos não nos relacionamos corretamente com Deus”. E, então, levantou as duas mãos… e orou: “Deus, minhas mãos estão limpas? Meu coração é puro?”. Mas não conseguiu prosseguir, caiu de joelhos e, em seguida, ficou em transe. Não me peça para explicar isso, porque não posso. Ele caiu em transe e ficou deitado no chão do celeiro. E, segundo o ministro, naquele momento, ele e os outros líderes foram tomados pela convicção de que um avivamento enviado por Deus sempre deve estar relacionado à santidade, à piedade. Minhas mãos estão limpas? Meu coração é puro? Quem é o homem a quem Deus confiaria o avivamento – esta era a convicção.
Quando isto aconteceu no celeiro, o poder de Deus se espalhou por toda a paróquia, e uma consciência da presença de Deus tomou conta da comunidade de uma forma que não havia acontecido por mais de 100 anos. Uma consciência da presença de Deus: isso é avivamento! Isso é avivamento! E no dia seguinte, os teares ficaram em silêncio, pouco trabalho era feito nas fazendas, porque homens e mulheres se dedicaram a pensar nas coisas eternas ligadas a realidades eternas.
Respostas de 7
Muito Obrigado, Deus continue dando graça e sabedoria nos seu trabalho Rev. Harold Walker.
É disso que precisamos, da consciência da presença de Deus e do nosso pecado em nossas igrejas.. Louvado seja Deus por mulheres de oração e visão. Aviva-nos Senhor!
É disso que precisamos, da consciência de Deus e convicção dos nossos pecados em nossas igrejas… É esta a maravilhosa obra do Espírito.
Texto maravilho! inspirador!
Tremendo!!
Muito lindo, tremendo! Deus seja louvado!
É disso que estamos precisando a igreja do Senhor dorme.