Por: Elmer G. Klassen
Alimentar o pobre e curar o doente parece ser a preocupação básica dos cristãos, porém esta não foi a Grande Comissão que o Senhor deixou para Seus seguidores quando ascendeu aos céus, nem era a maior preocupação dos apóstolos segundo registrado no Livro de Atos. Mais importante para o nosso Senhor do que alimentar aos pobres e curar os doentes era ensinar Seus discípulos. Isto é o que mais encontramos nos evangelhos e o que Ele também ordenou que fizéssemos.
Nosso Senhor apresentou-Se como o único que pregaria boas novas ao pobre, proclamaria liberdade aos cativos, devolveria a visão ao cego e libertaria o oprimido. Quando Seus vizinhos souberam disto, todos falaram bem dEle até que perguntaram: “Este não é o filho de José?” Quando Jesus começou a Se revelar para eles, ficaram tão furiosos que O levaram para fora da cidade a fim de atirá-Lo num penhasco (Lc 4:14-30).
Foram os ensinamentos de Jesus que receberam a maior atenção nos Evangelhos mas também causaram os maiores problemas. Os problemas não vieram com as palavras: “Olhai as aves do céu… Vede como crescem os lírios do campo”; mas sim quando Ele disse: “Eu sou a Luz do mundo”; e explicou: “Quem me segue nunca andará em trevas mas terá a luz da vida.” Por isto Ele foi desafiado com: “Onde está teu pai…quem é você?” Isto gerou uma longa discussão que terminou quando Jesus lhes disse: “Vocês pertencem a seu pai, o diabo, e quereis satisfazer-lhes aos desejos…Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou!” Nessa hora, eles pegaram em pedras para apedrejá-Lo porque não podiam aceitar Sua confissão e ensinamento. A pergunta que causou o alvoroço foi: Quem era o pai de Jesus? (Jo 8:12-59).
Certa vez quando Seus inimigos estavam fazendo planos para pegá-Lo em uma armadilha, eles enviaram alguns homens até Ele com a pergunta:
“É certo pagar impostos?” Jesus lhes respondeu: “Hipócritas, por que estão tentando me pegar?” E então lhes deu uma resposta sábia, em nada semelhante às dos psicólogos dos nossos dias.
Então outros chegaram com uma pergunta sobre a ressurreição. Jesus calou estes mestres da religião com: “Errais não conhecendo as Escrituras ou o poder de Deus.” Então explicou-lhes a mudança da vida familiar depois da ressurreição.
Tendo silenciado Seus críticos muitas vezes, Jesus então, foi abordado por advogados bem preparados com a pergunta: “Qual é o maior mandamento da Lei?”
Depois de lhes ter dado uma resposta satisfatória, Jesus veio com Sua pergunta. A pergunta que Jesus fez é a questão principal que exige uma resposta de todos. É esta pergunta que tem sido a causa de lutas e guerras. Mais importante do que alimentar o pobre e curar o doente é ser capaz de responder à pergunta que Jesus está fazendo. Nunca poderá haver paz e fartura até que nós confessemos a verdade sobre Jesus. Da resposta desta importante pergunta dependem toda doutrina, toda sabedoria e a própria vida. A pergunta é: “De quem Cristo é filho? (Mt 22:41- 42).
Foi depois dEle fazer a pergunta sobre filiação que “ninguém pôde dizer uma palavra em resposta, e daquele dia em diante ninguém ousou fazer-Lhe mais nenhuma pergunta.” A pergunta sobre quem é o pai de Jesus e quem é nosso pai desafia todos os críticos hoje. Nós todos parecemos com nosso pai. Você já respondeu esta pergunta para si mesmo e declarou em público a sua resposta? Uma resposta definida e honesta sobre a filiação de Jesus e a nossa não é fácil. Esta questão tem grandes implicações. Às vezes temos visto vidas transformadas como resultado da procura da resposta a esta pergunta.
A aceitação de Jesus Cristo são boas novas para o pobre, iiberdade para os cativos, restituição de visão para o cego e libertação para o oprimido. Desta verdade há muitas testemunhas!
Ninguém pode evitar a questão da filiação como as Escrituras ensinam. Esta questão separará os falsos cristos do único Cristo verdadeiro. Ela separa os cristãos de todas as outras religiões e faz separação até entre os cristãos. Quando as pessoas conhecem esta pergunta e a respondem honestamente, seu destino é selado. A resposta a esta pergunta e a confissão comprometem a sua vida.
O que quer dizer confessar que Jesus não teve pai terreno e é o único Filho de Deus? Por um lado significa que não há homem como Ele, isto é, nem Confúcio, nem César, nem Shakespeare, nem Goethe, nem Carl Marx, nem Clinton e nem Hussein podem ser comparados a Ele. Ele está muito acima de todos estes. Pode haver muitos falsos cristos, mas somente um é o verdadeiro Filho de Deus. A pergunta verdadeira que todos devem fazer é: Quem foi o Pai de Jesus de Nazaré?
Ninguém pode responder à pergunta do nosso Senhor e confessar que Jesus é o Filho de Deus sem ao mesmo tempo confessar que as Escrituras são dignas de confiança e verdadeiras. A única prova que temos que Jesus é o Cristo, é pelas Escrituras. Se confessamos que Jesus é o Filho de Deus, estamos confessando que Ele é a Verdade e as Escrituras são autênticas. Nosso próprio Senhor Jesus Cristo confessou isto. Como Filho de Deus Ele não pode mentir.
Isto significa que Ele é digno de adoração e a ausência de adoração a Jesus Cristo é uma rejeição a Deus. Confessar que Jesus é o Filho de Deus obriga você a adorá-Lo. Você vai querer orar para Ele freqüentemente se você acredita que Ele é o Filho de Deus.
Confessar que Jesus é o Filho de Deus significa um compromisso com o Seu senhorio. “Sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos” (I Jo 2:3).
Significa também admitir que Jesus estava no princípio quando as fundações da terra e do céu foram estabelecidas por Suas mãos e que Ele é soberano e detém o controle da criação e de tudo que nela há.
A confissão de que Jesus é o Filho de Deus está ligada à verdade de um destino eterno para todos, ou no céu ou no inferno, como Ele ensinou nos Evangelhos. Se você crê que Jesus Cristo é Deus você vai querer ler sobre Ele, você preferirá ler Suas palavras a ler os escritos de outros autores.
Uma pessoa que confessa que Jesus Cristo é o Filho de Deus e ao mesmo tempo não evidencia um desejo de ler a Sua Palavra regularmente, na verdade demonstra incredulidade e é uma contradição.
Você realmente crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus ou você é um hipócrita? As palavras mais terríveis de Jesus foram “para os judeus que tinham crido nEle”(Jo 8:31-47). Com quem você se parece?
A confissão de que Jesus Cristo é o Filho de Deus e a apropriação deste fato na nossa própria vida nos leva a permanecer nEle. A nossa permanência nEle nos tomará semelhante a Ele. A nossa permanência nEle nos fará andar como Ele andou. “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (I Jo 2:6). Quando Jesus nos redimiu com Seu sangue, e nos apresentou ao Pai na Sua justiça, Ele não nos deixou em nossa velha natureza para servir a Deus da melhor forma que podíamos. NEle habita a vida eterna, a vida santa e divina do céu, e todos os que estão nEle recebem esta mesma vida eterna no seu santo poder celestial. Nada pode ser mais natural do que a reivindicação de que aquele que vive nEle, que recebe continuamente a vida dEle, deve também andar como Ele andou.
Nós escrevemos muito sobre o nosso precioso Senhor Jesus este mês. Queremos que todos os leitores do Arauto confessem e “prestem mais atenção às verdades ouvidas para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão e desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciamos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade…”(Hb 2:1- 4).
Nesta publicação do Arauto da Sua Vinda, você lerá artigos que glorificam o nosso Senhor Jesus Cristo, que é a resposta aos problemas da vida e que é digno do nosso amor. A confissão dEle como o Filho de Deus nos leva a adorá- Lo. É natural para uma pessoa que é perdoada e salva do pecado querer adorar a Deus. Cantar e louvar a Deus é uma reação natural de um pecador que se tornou santo.
Queremos que as pessoas conheçam e amem ao Senhor Jesus Cristo como temos certeza que você já faz. Leia e distribua este jornal a outras pessoas. E seja uma mensagem viva!
————————————————————————————————-
Onde Nasce o Avivamento
Certo dia (antes da Segunda Guerra Mundial) em uma cidade no norte da Europa Oriental eu fiquei perplexo, pois, sem nenhuma razão aparente, Deus havia subitamente enviado um avivamento. Em outras cidades e países isso geralmente ocorre após várias semanas ou até mesmo meses de intercessão diante do trono. Mas aqui, no quinto dia, os céus se abriram e fomos inundados com uma bênção vinda dos céus.
Cerca de mil crentes freqüentavam o prédio da igreja todas as manhãs para o estudo da Bíblia. Milhares ouviam o Evangelho à noite em um auditório maior. Tão grande era a fome pela Palavra entre os não salvos que não havia mais lugares para os crentes nos cultos da noite. Eu pedia que eles fossem às suas próprias igrejas para orar e não ocupassem os lugares que deveriam ser ocupados pelos não salvos.
O sofrimento espiritual entre os não salvos era grande porque a Espada do Espírito penetrava nos seus corações noite após noite. Eu só conseguia deixar o prédio após a meia-noite.
Eu ficava muito preocupado e não conseguia dormir, não sabendo o que dizer para explicar as “janelas abertas” (Ml 3:10). Eu havia chegado ali sem anúncios ou publicidade, somente por um convite do Espírito Santo. As reuniões começaram na sexta à noite com cerca de sete pessoas em uma reunião de oração!
Certa noite, o Senhor, mui gentilmente permitiu que eu descobrisse o segredo da bênção. Temendo não ter poder do Espírito suficiente para proclamar o Evangelho aos milhares que se reuniam, eu fui até ao porão do auditório a fim de orar mais alguns minutos. Comecei a orar em meio à escuridão e não demorou muito para eu sentir uma sensação fortíssima da majestade de Deus. Eu soube imediatamente que havia uma outra pessoa orando naquele grande porão.
Silenciosamente acendi a luz e então vi, no outro extremo do porão, cerca de doze irmãs prostradas diante de Deus! Elas estavam totalmente alheias à minha presença. Elas estavam do “lado de dentro do véu,” tocando o Trono, pelo poder do Espírito enquanto no andar de cima Deus trabalhava poderosamente entre os não salvos.
Oxalá Deus levantasse equipes poderosas que ousassem crer em Deus em favor do Avivamento!
Extraído de Drops From the Honeycomb, por James A. Stewart.