F. B. Meyer
“Mas, se morrer, produz muito fruto” (Jo 12.24).
Muitos daqueles que suspiram, ansiando pela graça de dar fruto, nunca aprenderam a profunda lição da cruz de Cristo. Não podemos morrer no sentido mais estrito em que Jesus morreu. Jamais poderemos oferecer, por nossa morte, substituição, sacrifício ou expiação. Contudo, há um sentido em que precisamos beber profundamente de sua morte se realmente quisermos dar fruto.
Se quisermos salvar outros, não podemos salvar a nós mesmos. Se quiser ajudar outros, teremos de nos contentar em ser impotentes. Se quisermos receber enxertos da oliveira selvagem, teremos de aceitar o corte da faca de poda. Se quisermos encher o mundo com a doce fragrância de perfume precioso, teremos de nos tornar vasos quebrados.
Os ramos mais frutíferos são aqueles que sofreram as podas mais severas, tirando folhagens e rebentos, a fim de que a seiva pudesse acumular nos cachos em desenvolvimento. “Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12.25).
Você que anseia pela vida plena e abundante em Jesus, ouse olhar no rosto de Deus e diga-lhe que não mais escolherá seu próprio caminho, mas que está disposto a segui-lo até à morte, se este for o único portal para a vida. Então, espere que ele lhe ensine cada passo que deve ser tomado no meio das sombras cada vez mais escuras que o separam da vida frutífera que é sua verdadeira herança.
Aquele que já passou pela morte, ele mesmo, conhece cada curva no vale e cada lugar de passagem pelo rio. Ele não comete erros nem nos conduzirá por uma trilha mais perigosa do que seria necessário. Veja pelas suas pegadas, de pés traspassados, como já passou por este caminho, muitas e muitas vezes, com todos aqueles que trouxe até aqui e conduziu até o final.
Ele não o teria trazido por este caminho se você não fosse capaz de suportá-lo ou se ele não fosse capaz de carregá-lo, em situações mais críticas. Como ele está presente, não deixe de clamar o seu nome, cem vezes por dia, se necessário for, repetindo-o como antídoto à dor: “Jesus! Jesus! Jesus!”
Há momentos em tais experiências quando sua voz pode ser ouvida claramente, dando tranquilidade ao coração ao reafirmar suas promessas. Em outras ocasiões, parece impossível detectar sua voz. Nesses casos, ele infunde força no nosso interior de maneira mais sutil e sensível e, ao invés de fortalecer-nos com palavras, torna-se por sua própria presença a força e a porção do nosso coração para sempre.
Assim precisa ser para sempre. O dia nasce da noite, a primavera do inverno, as flores da geada, a alegria da angústia, a frutificação da poda, o monte das Oliveiras do Getsêmani, a ascensão do Calvário, a vida da morte e o Cristo formado em nós das dores de uma criação em processo de parto.
Respostas de 5
Morrer para si mesmo e viver para Deus. Talvez esta seja a lição mais difícil que deveremos aprender para chegar até o céu. É assustador pensar que o caminho estreito, o caminho que leva a Deus, é o caminho cada vez menos pregado, o menos desejado pela maioria de nós, contudo ele continua sendo o único caminho que de verdade leva o homem à Deus, não há caminhos alternativos, não há atalhos. Busquemos ao Senhor, peçamos a ele pra desejamos diariamente viver a vida abundante, que essencialmente consiste em morrermos todos os dias um pouco para tudo o que nos distancia de Cristo.
Amém. Grande verdade. Que não impeçamos o mover do Espírito Santo em nos conduzir à Cristo pela vereda da cruz. Ajuda-me, Senhor – derruba as fortalezas que me afastam deste sublime caminho. No nome precioso de Jesus.
Maravilhoso…..
Que não tenhamos medo do corte do ramo, se a videira estiver no caminho para a porta estreita…Amém
Estou aqui…
Meu Deus… ??❤