Asher Intrater
[Trecho do livro “Alinhamento”, Capítulo 10: Tempo e Geografia]
“…podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade…” (Jo 4.21-23)
Para adorar em espírito e verdade, não é necessário geografia ou tempo. Para adorar internacionalmente, não há necessidade de qualquer identidade étnica. No entanto, o reconhecimento de que a salvação vem dos judeus permanece como um fato da aliança divina.
Em grande parte do mundo internacional cristão, tem-se dado pouca importância para o tempo e a geografia, nos últimos dois milênios. Na visão de mundo judaica, tempo e geografia são de extrema importância. A geografia é descrita em termos de “Jerusalém, Judeia, Galileia e Diáspora”. O tempo é descrito pelo calendário do Shabat, Luas Novas e Dias Santos.
Yeshua deu uma estratégia básica aos discípulos em Atos 1.5-8. Eles deveriam permanecer em Jerusalém. Deveriam esperar pelo derramamento do Espírito Santo. Depois, deveriam sair de Jerusalém. Jerusalém seria destruída. Eles não saberiam o tempo de sua reconstrução.
O tempo está ligado a Jerusalém. Enquanto Jerusalém está no lugar, o tempo está contando. Quando Jerusalém é destruída, o tempo parece alterar as dimensões até o momento para a restauração retornar. Daniel estudou os escritos de Jeremias para determinar quando seria o tempo designado para reconstruir Jerusalém (Dn 9.2). Os mistérios do tempo e do não tempo, da geografia e da não geografia, fazem parte do mistério de Israel e da Igreja, dos judeus e dos gentios.
No primeiro século, o evangelho tinha uma direção clara: de Jerusalém até os confins da terra. Nos dois mil anos seguintes, houve um pouco menos de ênfase na direção. Neste último século, uma ênfase estratégica retorna, e a direção reverte dos confins da terra de volta a Jerusalém.
Quando Yeshua disse aos seus discípulos que não pertencia a eles saberem os tempos estabelecidos pelo Pai, ele quis dizer que não era hora de restaurar Jerusalém; portanto, não havia necessidade de eles saberem. Deus certamente quer que conheçamos o tempo e a estação em que vivemos em qualquer ponto da história, para que possamos obedecer a ele no nosso tempo presente. Quando chegar o momento de obedecer, você saberá que tempo é e o que fazer.
Lembremos que um período de 50 anos é bastante simbólico nas Escrituras e é chamado de Jubileu. Ninguém sabe as datas exatas dos anos originais dos jubileus bíblicos. De qualquer forma, é fascinante notar esta passagem de tempo:
1517: O império Otomano conquista Jerusalém
1517: Início da Reforma Protestante de Lutero
1917: Protestantes britânicos conquistam Jerusalém
1967: Nação judaica conquista Jerusalém
1967: Renovação carismática
2017: Alinhamento global e evangelismo muçulmano
Vamos resumir estes anos:
1517 era 500 anos atrás ou 10 jubileus,
1917 era 100 anos atrás ou 2 jubileus,
1967 era 50 anos atrás ou 1 jubileu.
Israel se tornou uma nação em 1948. O ano de 2018 marcará 70 anos a partir daquele ano. Um período de 70 anos é descrito como momento decisivo para a restauração do Reino para Israel (Jr 25.11/ 29.10; Dn 9.2,24). O período de 70 anos é atravessar para um novo paradigma, diferente do que aconteceu anteriormente. É passar para a próxima etapa histórica.
O ano de 2018 é uma conclusão de 70 anos para o Estado de Israel. Agora é o tempo para iniciar a próxima etapa. É a hora para a restauração espiritual surgir a partir da restauração natural. É o tempo da etapa de reavivamento dentro do processo de restauração da nação de Israel. É hora de o remanescente messiânico de Israel tomar seu lugar.
A Segunda Vinda e as Festas de Outono
Os feriados judaicos apontam profeticamente para a primeira e a segunda vinda de Yeshua e traçam o plano redentor de Deus para Israel e toda a humanidade.
Legendas disponíveis em: Chinês, Dinamarquês, Francês, Italiano, Coreano, Polonês e Português (BR)!
O Segredo de Belém
Sarah Singerman and Malek Gavris
No Novo Testamento, antes da crucificação, Yeshua não só usou o pão como símbolo de sua carne na Ceia do Senhor, mas também se comparou ao maná que Deus enviou do céu aos israelitas no deserto (Jo 6.32-33, 48-51).
O corpo ou carne dos sacrifícios de animais do sacerdócio levítico também simbolizava o sacrifício de Yeshua na cruz como cumprimento das exigências da Torá para a remissão do pecado. O apóstolo João disse que Yeshua era “a Palavra [ou Verbo] (que) se tornou carne e habitou entre nós…”, fazendo Yeshua o pão do céu e a palavra que se tornou carne.
O profeta Miquéias predisse que o lugar de nascimento do Messias seria em Belém de Judá (Mq 5.2). Enquanto Belém em hebraico significa “Casa de Pão”, em árabe significa “Casa de Carne”, ou “corpo”.
Coincidência?