Por Conselho Editorial
Já houve épocas na história do povo de Deus na Terra nas quais longos espaços de tempo se passavam sem que algo novo despontasse para indicar que o “acampamento seria levantado para caminhar novamente rumo à terra da promessa”. Hoje vivemos uma situação bem diferente. Com intervalos muito curtos, a igreja tem experimentado sucessivas ondas de revelação e restauração. Santificação, batismo no Espírito Santo, evangelismo em massa, cura divina, adoração, ministérios bíblicos, crescimento da igreja, discipulado e ensino da Palavra são apenas alguns dos avanços na caminhada do povo de Deus no último século.
Um dos sinais de que há um novo passo a ser dado pela igreja de Jesus em toda a Terra é a sensação de insatisfação e frustração do povo de Deus com o que já existe. Não que devamos jogar fora ou desprezar aquilo que já foi restaurado (embora, nem sempre, em épocas anteriores, as pessoas tiveram maturidade para perceber isso). É um momento, porém, de clamor por algo que está faltando, por um elemento essencial ao cumprimento da nossa missão de manifestar a natureza de Deus neste mundo tão carente de significado, de amor e de vida genuína.
A necessidade de verdadeiros relacionamentos, que é o tema desta edição, não é um assunto tão novo na igreja. Aliás, muitos, sem dúvida, vão dar uma olhada superficial no assunto e dizer: “Ah, isso nós já temos! Faz cinco anos que implantamos este ou aquele método na nossa igreja…”
Com certeza, o fato de haver tanta ênfase nos últimos anos em todos os diversos modelos de células, reuniões em casas e acompanhamento individual ou em pequenos grupos para novos convertidos faz parte dessa busca coletiva pela realidade de vínculos significativos no Corpo de Cristo.
No entanto, ainda persiste uma insatisfação, mesmo no coração daqueles que estão engajados em algum dos modelos de grupos pequenos existentes hoje. E ainda que tenha havido avanços nessa área, queremos oferecer ao povo de Deus no Brasil, e aonde quer que esta edição chegar, um questionamento de vários autores a respeito do verdadeiro propósito de Deus para sua igreja. Não é uma questão se nossa metodologia está correta, mas se estamos realmente chegando à essência da questão, se estamos vivendo o relacionamento que expressa Deus e que alcançará o mundo.