Por David Shishkoff
Em abril de 2004 um dos principais jornais de Israel publicou um artigo sobre jovens israelenses que haviam se unido para fugir do mal-estar causado por prosperidade material e falta de propósito, e para reavivar o espírito de pioneirismo (“halutz”) em Israel, através de fundar uma nova comunidade de estudantes universitários no deserto do Negev no sul de Israel. A seguir, um resumo do artigo e algumas aplicações feitas por David Shishkoff, um judeu messiânico que vive em Israel e que faz parte do ministério “Revive Israel” (Avive Israel), que busca conversão e avivamento entre judeus em Israel, como chave para o mover de Deus nos últimos dias em todo o mundo, e para apressar a segunda vinda do Messias. Maiores informações no site (www.revive-israel.org).
Em Israel, os jovens servem no exército durante dois a três anos e, depois, são despejados numa sociedade que não os desafia mais a qualquer sacrifício pessoal. Na ausência de uma causa que compele ou que inspira, a maioria logo se atola no ciclo interminável de tentar satisfazer as próprias necessidades e desejos. Tal existência carece de qualquer estrutura de valores absolutos e torna-se um beco sem saída.
Estes jovens viram claramente que seus pais e avós trabalharam com grande esforço e lutaram com imenso sacrifício para proteger e construir o Estado de Israel. No entanto, muitos acabaram aconselhando seus filhos a não “ficarem fanáticos”, a não serem “trouxas dos outros”, mas a pensarem no seu próprio bem, já que o trabalho de construir o país já estava terminado. Contudo, em suas próprias palavras, “quando tudo converge para dentro de si mesmo, para o próprio ser, não existe felicidade”.
Depois que seus pais “solucionaram” os imensos desafios de proteger e construir o Estado, os jovens israelenses de hoje têm andado, em sua grande maioria, atrás do sonho ocidental de satisfação imediata, com valores em marcas e imagens. Este bando de pioneiros no deserto diz que tal existência nunca trará verdadeira satisfação.
O grupo também vê a essência da existência moderna de Israel como a renovação do povo na sua terra – com seu próprio idioma, seu próprio direito a autodefesa, liberdade e dignidade. Depois de atingir tudo isso, em certa medida, as pessoas querem tornar-se como qualquer outra nação debaixo do sol, como todos os outros povos “normais”, esclarecidos e privilegiados no Ocidente. Estes pioneiros estão convidando estudantes universitários israelenses da Universidade Ben Gurion em Beer Sheva a se unirem à sua vila pioneira no deserto, e está havendo uma resposta impressionante. Centenas de pessoas já se comprometeram a fazer parte, confirmando que todos estes elementos de anseio por superar dificuldades, por significado e por renovação, estão abundantemente presentes nesta geração e não estão sendo satisfeitos.
Na ideologia destes pioneiros, desfrutar de algumas das coisas mais finas na vida não é proibido, mas simplesmente não faz parte do caminho para o seu destino. Quando alguém pergunta que destino seria este, a resposta é impactante: “Um grande vácuo foi gerado e estamos propondo um caminho PARA PREENCHER O VAZIO QUE ESTÁ DENTRO DE NÓS”.
Este artigo no jornal israelense trouxe grande encorajamento à equipe Revive Israel (Avive Israel), tanto pela necessidade reconhecida por parte dos jovens israelenses, quanto pela necessidade paralela que vemos na esfera de pioneirismo espiritual.
O centro de treinamento e discipulado que estamos formando visa exatamente as mesmas necessidades e alvos:
• Renovar o espírito de pioneirismo em Israel;
• Equipar jovens espiritualmente;
• Fomentar a conexão à terra.
Por favor, ore conosco para que o povo de Israel não se torne “gordo e indolente” nem “tranqüilo em Sião” (Am 6.1), mas que, pelo contrário, seja constantemente estimulado a entrar no seu chamamento profético. Esse chamamento inclui fazer o deserto florescer fisicamente, mas com certeza não pára ali. “Porque vocês são um povo santo para o Senhor, seu Deus. O Senhor, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal” (Dt 7.6, NVI).