Por Conselho Editorial
Sabemos que a história, do ponto de vista de Deus, caminha para uma consumação final. Neste sentido, por mais que tenhamos a sensação de estar andando em círculos, podemos afirmar que cada geração se aproxima mais do clímax, do grandioso finale do concerto divino e da “dispensação da plenitude dos tempos”.
Sim, temos dado muitas voltas e nos desviamos inúmeras vezes, como humanidade, da linha reta que Deus traçou para nós. Porém, como círculos desenhados em espiral, o supremo Coordenador da história sempre nos leva a avançar mais um pouco no seu plano.
O tema desta edição é uma boa ilustração. A questão de autoridade e submissão sempre esteve presente nas discussões – e nos desafios práticos – da igreja do Senhor. É impossível ser corpo, reino ou igreja, sem lidar com a prática de autoridade, obediência e submissão. Se fosse uma questão de aprender dos erros do passado, já deveríamos ser peritos no assunto. Afinal, todo erro imaginável nesta área já foi cometido na história – inúmeras vezes!
A sensação é mesmo de estar dando volta após volta; ora caminhando para o lado do autoritarismo, onde se sufoca a liberdade da consciência e da integridade individual diante de Deus, ora voltando para o extremo oposto, em individualismo e independência, onde se perde o quebrantamento e a interdependência do Corpo de muitos membros.
Assim, onde alguns anos ou décadas atrás, se via exageros numa determinada direção, hoje se vê mais equilíbrio e entendimento. Por outro lado, em movimentos ou correntes novas, é comum repetir-se os mesmos erros de gerações passadas. São novos termos, novos modelos, novos contextos, que tendem a encobrir o fato de que, outra vez, estamos dando uma volta no mesmo lugar onde a igreja já passou anteriormente.
De fato, cada geração precisa enfrentar os desafios do caminhar com Deus e aprender por si mesma como fugir dos extremos e desvios. Nossa fé na soberania de Deus, contudo, nos leva a crer que o círculo que estamos escrevendo agora nos levará para um pouco mais perto da linha final.
Portanto, se você tem a impressão que já viu esta controvérsia antes, abra o coração para algo, talvez apenas um pequeno elemento, que Deus pode estar trazendo de maneira nova ou mais completa nesta volta atual. E se você nunca meditou profundamente sobre as implicações desses assuntos, é hora de assumir sua responsabilidade e participar ativamente desta marcha rumo à consumação de todas as coisas!