Por Conselho Editorial
Qualquer tema que ocupa extenso espaço através de toda a Bíblia certamente representa um assunto de vital importância para o povo de Deus, indiferentemente da época em que vive. Deus não perderia tempo falando vez após vez sobre uma questão se fosse algo temporário ou passageiro.
Talvez concordemos com essa premissa na teoria, mas vamos falar sobre um exemplo concreto.
Que tal falarmos de idolatria? Será que Deus dedicou muito esforço, muito ensinamento, muitas exortações, muitas disciplinas e muitas lágrimas a esta conduta perversa no meio do seu povo no Antigo Testamento?
Seria impossível ler as Escrituras e não perceber isso. Aliás, a dúvida não é se Deus falou muito sobre esse assunto ou não. A pergunta é mais: Como aquele povo conseguiu persistir por tanto tempo no hábito insensato e irracional de adorar imagens que não falavam, não respondiam e não agiam em favor dos seus seguidores?
A tendência é nos afastar, tentar eliminar qualquer identificação ou semelhança entre nós e eles. Que povo embrutecido, ignorante, insensível a Deus! Ainda bem que não somos iguais!
A bem da verdade, admitimos, ainda existem pessoas idólatras hoje. Não só entre povos pagãos, em terras distantes ou tribos indígenas, mas entre aqueles que se chamam cristãos e ainda ignoram o segundo mandamento, enchendo seus templos e casas de esculturas proibidas. Mas, novamente, isso nada tem a ver comigo – como diria o fariseu – graças dou ao meu Deus que não sou um deles!
O tema desta edição não é a idolatria dos outros – é a nossa idolatria, a idolatria oculta, a idolatria que nem sabíamos que existia. As Escrituras falam muito sobre idolatria porque é um problema constante do coração humano, e afeta nosso culto e relacionamento com Deus hoje tanto quanto os afetava no Velho Testamento.
A reação de Deus à idolatria nós já conhecemos. Só falta identificá-la em nossas vidas e rogar ao Senhor que nos cure deste tão grande mal, custe o que custar. Só assim ele poderá vir e habitar verdadeiramente entre nós (2 Co 6.16-18).