Por Dan Puckett
Após a ressurreição de Jesus Cristo, seus discípulos puderam ver, tocar e conversar com o Cristo ressurrecto. Suas vidas adquiriram uma nova dimensão.
Antes da ressurreição de Jesus, só havia um entendimento vago de que um dia todos ressuscitariam. O importante era terminar bem a vida e ser devidamente enterrado, na terra natal e na propriedade familiar, mas não se cogitava das glórias do Céu.
A ressurreição de Jesus Cristo e suas declarações sobre a morte e o sepulcro libertaram as pessoas. O autor da carta aos Hebreus fala (capítulo 2.14-15), do poder da morte: “… (Ele destruiu) aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrou a todos os que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”. Ao sair do sepulcro, Jesus triunfou sobre a morte, o inferno e a sepultura (Apocalipse 1.18). Porque Jesus vive, nós vivemos também.
Os discípulos de Jesus passaram da timidez à ousadia ao tomarem consciência do poder da ressurreição e do enchimento com o Espírito Santo.
Todos já ouviram falar dos pilotos camicases da segunda guerra mundial. Aqueles homens não morriam para dar maior glória ao imperador. Estavam dispostos a entregar a vida porque tinham convicção de que receberiam recompensas futuras, baseadas na forma como haviam morrido. Os terroristas de nossos dias, ludibriados com promessas de glória e recompensas após a morte sacrificial, fazem fila para deixar que atem explosivos em seu corpo e saem para se explodirem, levando consigo o maior número possível de vítimas inocentes. Os que acreditam que, pela morte, alcançarão uma vida melhor, são imbatíveis.
É interessante observar que os líderes que apontam o caminho sacrificial para os outros, jamais dão o primeiro passo nessa direção. Jesus Cristo foi o único a morrer antes, a voltar em plena integridade e a convocar outros a segui-lo e a viver sem medo da morte.
Cristo não nos convida a um abandono irracional ou irresponsável, mas a uma vida com propósito, dedicada ao avanço das boas novas de Jesus, sejam quais forem as conseqüências. O apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 2.4, assim nos encoraja: “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou”.
Como devem viver os cristãos? Devem viver conscientes de que a vida física é apenas um tempo de preparação para a eternidade. O discipulado a Jesus vem sendo marcado, há séculos, pelo martírio. Dos apóstolos aos atuais missionários, tem havido uma disposição de entregar tudo por Jesus Cristo. A escolha nunca é fácil, mas no momento em que somos obrigados a decidir entre ficar ou fugir, a certeza de que Jesus Cristo está vivo, que ele venceu a morte e o túmulo, nos dá força para resistir com graça o que quer que surja em nosso caminho.
Jim Elliot era relativamente desconhecido até o dia em que ele e alguns companheiros decidiram levar o evangelho a uma remota tribo de índios no Equador. A partir do dia em que foi assassinado na selva, seu nome tornou-se sinônimo de fé e sacrifício, e é hoje conhecido em todo o mundo.
Martin Burnham viveu no anonimato como missionário nas Filipinas. Mas ao ser seqüestrado por terroristas, mantido como refém durante um ano e depois assassinado numa selva da Ásia, ascendeu a um novo patamar de graça, fé e serviço.
Como devem viver os cristãos? O apóstolo Paulo respondeu muito bem a essa pergunta na carta aos Filipenses, capítulo 1, verso 21: “Porquanto para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro”.
Publicado no site: www.lifeaction.org.
LifeAction Ministries é um grupo dedicado a promover avivamento e renovação espiritual nas igrejas.