por Asher Intrater
Aqui estão três princípios simples para compreender as Escrituras, a “Palavra de Deus”.
- Ela é consistente do começo ao fim – de Gênesis a Apocalipse.
- A figura central de todas as Escrituras é Yeshua – o Filho de Deus e o Filho de Davi.
- A Bíblia realmente quer dizer o que diz – mais literalmente do que a maioria das pessoas pensa.
Uma prova destas conclusões é o uso do Antigo Testamento no livro do Apocalipse. Aqui está um breve resumo:
Anjo YHVH
Em Apocalipse 1, Yeshua (Jesus) descreve a Si mesmo como o “princípio e o fim”. Em hebraico, a palavra “princípio” é a mesma que o nome no livro de Gênesis. Yeshua é o mesmo de Gênesis a Apocalipse.
A descrição de Yeshua em Apocalipse 1.13-16 é paralela ao Homem de Fogo que apareceu a Daniel no capítulo 10.4-7. Aquele que apareceu a João foi o mesmo que apareceu a Daniel. O propósito de Apocalipse 1 é revelar a identidade de Yeshua como o Anjo YHVH que apareceu por todo o Antigo Testamento.
Simbolismo do Templo
Os eventos no livro do Apocalipse contêm muitas imagens encontradas no Templo Judaico. Moisés construiu o tabernáculo, e Davi, o Templo, de acordo com um modelo celestial (Êxodo 25.40, I Crônicas 28.11). Em Apocalipse 11.19, 15.8, João viu o tabernáculo celestial. O Templo em Jerusalém foi construído segundo o modelo das coisas eternas e espirituais que João viu em Apocalipse.
Em Apocalipse 1-2, Yeshua está em pé no meio de um candelabro de ouro. Esse candelabro é a versão celestial do candelabro do Templo. O candelabro representa Yeshua no meio das Sete Congregações (a verdadeira Igreja), incendiadas pela glória de Deus.
As taças da ira em Apocalipse 16 são como as taças usadas pelos sacerdotes no serviço do Templo.
O incenso de Apocalipse 8.3-5 representa as orações dos santos e é um cumprimento profético do incenso oferecido no Templo. O incenso do Templo e as orações dos santos subiram juntos durante o serviço sacerdotal de Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1.10).
O cordão de três dobras da atividade angelical, das orações dos santos e do serviço sacerdotal judaico poderia acontecer novamente no fim dos tempos, se o Templo em Jerusalém fosse reconstruído, como indicado em Apocalipse 11.1-2, onde João é instruído a medir os pátios do Templo.
Adoração Celestial
Há 7 sessões de adoração celestial registradas em Apocalipse.
- “Santo, Santo, Santo” – Apocalipse 4.8-11
- “Digno é o Cordeiro” – Apocalipse 5.9-14
- “A salvação pertence a…” – Apocalipse 7.10-12
- “Ó Senhor Deus Todo-Poderoso” – Apocalipse 11.17-18
- “Grande e Maravilhoso” – Apocalipse 15.3-4
- “Salvação e glória” (Julgamento da Prostituta) – Apocalipse 19.1-2
- “O Senhor reina” (Noiva preparada) – Apocalipse 19.6
Os santos na Terra estão adorando em harmonia com os anjos no céu. Essa adoração celestial também é uma harmonia entre a adoração do antigo Israel e a adoração da Igreja do fim dos tempos. Apocalipse 15.3 – “Eles cantam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro.”
Tocando Trombetas
Os Sete Shofars (trombetas) de Apocalipse 8-11 são paralelos aos toques de trombeta da batalha de Jericó (Josué 6). As trombetas não são um sinal profético de que deixaremos o planeta Terra, mas sim de que o conquistaremos (como afirmado em Apocalipse 11.15, ao soar a sétima trombeta). As trombetas de Apocalipse são uma declaração profética da iminente retomada do planeta Terra por Yeshua (Josué) e Seu exército de santos.
As trombetas do Apocalipse estão conectadas à Festa das Trombetas. O significado da Festa das Trombetas será cumprido nos julgamentos da tribulação das trombetas do Apocalipse. As festas de Israel são “tempos determinados” que têm significado profético tanto no futuro quanto no passado.
Paralelo da Páscoa
As pragas de Apocalipse 15-16 são paralelas às pragas de Êxodo 7-11. O confronto de Moisés e Arão com o governo do Faraó é semelhante ao confronto das duas testemunhas com o Anticristo (Apocalipse 11, 13). As pragas do Apocalipse não são ataques do Anticristo contra os santos, mas julgamentos de Deus contra principados demoníacos (Êxodo 12.12).
Os filhos de Israel foram protegidos em Gósen durante as pragas, como um testemunho para o Egito. Da mesma forma, os santos não serão removidos durante a tribulação, mas sobrenaturalmente protegidos dos julgamentos, como um testemunho para o mundo não salvo (Êxodo 9.6, 10.23, Apocalipse 7.3).
Profetas do Antigo Testamento
Os selos em Apocalipse 5-8 são como os selos de Daniel (8.26, 12.4, 9). Daniel recebeu profecias sobre o fim dos tempos, mas era praticamente impossível compreendê-las em seus dias. O significado da profecia estava selado. Hoje, Deus está começando a revelar Seus propósitos para o fim dos tempos. Os selos estão sendo abertos.
O simbolismo profético de Apocalipse não é um misticismo isolado que “surgiu do nada”, mas uma culminância e conclusão de todos os profetas que vieram antes.
- O trono, o firmamento adornado com joias e as quatro criaturas de Apocalipse 4 são os mesmos encontrados em Ezequiel 1.
- A Noiva glorificada de Apocalipse 12 e 21 é uma continuação da Filha de Sião e de todas as mulheres piedosas de Israel (Oséias 2.19).
- As Bestas de Apocalipse 13 são uma continuação das bestas descritas em Daniel, capítulos 3, 7 e 8.
- As colheitas de Apocalipse 14 são uma continuação das leis de colheita da Torá.
- A Prostituta de Apocalipse 17 é uma continuação de Jezabel e de todas as mulheres ímpias de Israel.
- O julgamento da Babilônia em Apocalipse 17-18 é uma continuação dos julgamentos sobre todas as nações registrados em todos os profetas de Israel.
- O Dragão de Apocalipse 20.2 é identificado como Satanás e como a Serpente de Gênesis 3.
O plano do reino de Deus começa como uma pequena semente no livro de Gênesis e cresce por diferentes estágios até a concretização final no livro do Apocalipse. (continua na Parte 2).