Por Conselho Editorial
Perdão é um tema sempre pertinente, prático e necessário na Igreja – e onde quer que seres humanos se relacionem. Por mais que tenhamos ouvido, aprendido e procurado colocar em prática, nunca chegaremos ao ponto de não precisar dar atenção a esse assunto, em nossa vida individual e coletiva, seja qual for a esfera de convivência.
Nesta edição da Revista Impacto, estamos enfocando algo muito semelhante: o problema da ofensa ou do tropeço. A existência de escândalos ou causas de tropeço é o que torna o perdão uma necessidade constante na vida cristã. Mas, como em tudo na Nova Aliança, Jesus vai além do superficial e exterior e mostra que não devemos dar motivo de ofensa aos outros (Mt 18.6,7) e que, no fim desta era, as ofensas levarão muitos a perder seu amor pelo Senhor (Mt 24.10-12). Em outras palavras, não ofenda e não seja ofendido!
Muito lindo, não é? Se praticássemos isso como Igreja, teríamos o Céu na Terra! Mas quem é capaz de viver assim? Antes que você responda: “ninguém”, pense um pouco. Sim, ninguém é capaz – com exceção daqueles que receberam um novo coração, um coração incapaz de ser ofendido!
Viver livre de ofensas não é apenas uma condição desejável, mas também um requisito essencial para a união da Igreja, o Corpo de Jesus, e é a única posição que garante a bênção de Deus sobre nós. “Ali ordena o Senhor a sua bênção”, disse Davi no Salmo 133 que tanto citamos.
No meio de tanta divisão e ausência da presença de Deus entre nós, não pode haver dúvida alguma: é nessa área de ofensa e falta de perdão que está o nosso problema. Arrancar as raízes de amargura que brotam continuamente não é mera questão de saúde individual; é algo que afeta todo o Corpo.
Nossa oração é que os artigos a seguir contribuam, de algum modo, para que encontremos o lugar de bênção e vida abundante onde nascem as fontes cristalinas prometidas por Jesus.