21 de novembro de 2024

Ler é sagrado!

Senhor, desperta-nos da nossa apatia!

A. A. Ronshausen

Acorda-nos da nossa sonolência!

O grande pecado destes dias no tempo do fim é a mornidão de Laodiceia: de não ser nem quente nem frio (Ap 3.14,15). Ainda que o mundo esteja cada vez mais contaminado por pecado e impiedade, a verdadeira batalha hoje não é por causa do mundo, mas por causa da Igreja.

O mal de Laodiceia é a paralisia espiritual. É a renúncia ao primeiro amor, com resfriamento progressivo do fervor para a mornidão; as pessoas professam aquilo que não possuem, que é o pecado mais sutil do inimigo. O mal de Laodiceia é serviço medíocre, orações indiferentes, acomodação na esterilidade espiritual, complacência na inatividade. É doar com má vontade, sacrificar com relutância, não ter qualquer espírito de mártir ou testemunha. Uma igreja com o mal de Laodiceia não tem encargo, paixão, fervor; é formada de pessoas enganadas que caminham mais em direção ao juízo do que a um avivamento.

Todo esse fruto corrupto provém do mal de Laodiceia. Como todas as demais ilusões do diabo, é um grande engano, e é ali que está seu maior perigo. Não é incompatível com a ortodoxia ou a respeitabilidade. A vítima não reconhece seu verdadeiro estado. Ela se contenta em permanecer como está. Não sente necessidade de nada. Orgulha-se de sua religião, não sabendo que aos olhos do seu Senhor, ela é miserável, cega, infeliz, pobre e nua. Ela é muito religiosa. A sua religião, porém, é algo que Jesus aborrece e está prestes a vomitar de sua boca.

Existe um remédio?

Sim, há uma solução. Jesus a revela em Apocalipse 3.18. O conselho dele é: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo…”Ouro é sempre símbolo de algo genuíno. Se a Igreja aceitar a repreensão e a disciplina amorosa de Jesus, haverá esperança. Ele está à porta e bate. Observe: ele não está do lado de dentro. Se alguém ouvir e obedecer à sua voz, o Senhor entrará e ceará com ele, terá comunhão com ele (Ap 3.20).

Ouça seu conselho à igreja de Laodiceia: sejam zelosos; abandonem a mornidão; arrependam-se; voltem ao primeiro amor; recuperem seu fervor inicial, juntamente com sua pureza e seu poder; humilhem-se em verdadeira penitência.

Muitos estudiosos da Bíblia concordam que o cristianismo hoje está no estágio de Laodiceia (entendendo que as sete igrejas de Apocalipse 2 e 3 representam sete etapas na história da Igreja). Esta carta, portanto, seria a mensagem mais recente, mais adequada para nós como Igreja hoje. Será que vamos ouvi-la?

Somente um avivamento enviado pelo próprio Deus poderá impedir que o juízo divino venha sobre nós. As nuvens escuras de tempestade estão se ajuntando rapidamente no horizonte do tempo!

Seria este um tempo apropriado para dormir, para “andar à vontade em Sião” (Am 6.1), para estar sem paixão, sem encargo, sem oração, sem fidelidade, sem sabor? Será que já perdemos nosso direito de estar diante do trono em santa intercessão? Seremos obrigados a capitular ao inimigo, a depor nossas armas e desistir de orar em fé para que Deus responda hoje como respondeu a Savonarola, a John Knox e outros?

Que promessas de Deus se tornaram obsoletas? Devemos limitar Deus? Devemos limitar nossa fé? A lei de fé e oração ainda é válida? Os crentes ainda podem fazer as mesmas obras de Jesus? O Espírito Santo, que é onipotente, onisciente e onipresente, ainda enche de poder e capacita os discípulos hoje?

Jesus não nos ordenou: “Negociai até que eu volte”? (Lc 19.13). O que aconteceria se a Igreja parasse um pouco de festejar e começasse a jejuar, se deixasse a sala de jantar e fosse para o cenáculo? Se deixasse de duvidar e temer e se dedicasse a orar e crer? O problema do nosso tempo não é uma Igreja sem oração, infiel? Se a Igreja obedecesse a Jesus, será que as portas do inferno estariam prevalecendo? Vamos continuar falando, falando, falando, sem fazer nada?

Queremos um avivamento antes da volta de Jesus?

Que preço seria elevado demais? Qual sacrifício seria grande demais? Deus desapontaria uma igreja que estivesse de joelhos, com grande encargo e angústia pelos perdidos? O que aconteceria se a Igreja fosse tomada por uma grande paixão pelas pessoas que estão nas trevas e investisse dores de parto, lágrimas e angústia de alma em suas orações?

Você não consegue perceber que a humanidade está pairando sobre um turbilhão intenso de revolução, anarquia e caos? Podemos correr o risco de ficar adormecidos enquanto o mundo atravessa a maior crise da História? Em breve não será tarde demais para fazer alguma coisa? Ousamos protelar com essa apatia de Laodiceia? Se deixarmos de orar, haverá alguma outra saída?

De onde vem ou qual é a fonte do pessimismo que nos rouba a fé, a esperança e a coragem de orar incansavelmente, perseverando até encontrar a resposta, em favor de um avivamento genuíno do Espírito Santo? Tal paralisia vem de Deus ou de Satanás? Deveríamos ceder a esse espírito de desânimo? De onde vem essa atitude fatalista que penetrou nossa mente e que, como vírus venenoso, paralisa a Igreja com a mornidão, a imobilidade e a incredulidade de Laodiceia?

“Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8). Ore, cristão, ore! Senhor, desperta-nos da nossa apatia! Acorda-nos da nossa sonolência!

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Respostas de 2

  1. Gritos sem dor, tristeza sem angústia de alma, fé sem persistência, alegria momentânea e queremos muito sem buscar a face do nosso Senhor. Estamos pobres, cegos e nus, mas não estamos preocupados, porque perdemos o foco, queremos facilidade, conforto, primazia, é riquezas desta terra. Abre os nossos olhos e ouvidos, traz amado Espírito Santo quebrantamento e arrependimento verdadeiro para que ainda resta tempo pra mudar.

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