Por: Ruth Walker
A mãe Maria, chorando, chorando
Na agonia daquela “espada” prometida
Por que isto aconteceu contigo, ó “bendita entre as mulheres”?
Por que tiveste de estar ali presente naquela terrível hora Vendo teu amado bebê agora com semblante desfigurado:
Por que tiveste de estar lá para participar da vergonha?
Jesus se importou? Será que teria descido da cruz para te poupar teu sofrimento?
Mas não – Seu próprio amor incluía a todos.
Tivesse Ele te poupado aquela dor humana, e não haveria vida nenhuma para ti nem para nós
E Deus que não poupou a Seu próprio Filho amado, tampouco poupou o amor materno
A fim de que aquela que participou do nascimento, pudesse participar igualmente na morte.
E – no meio da Sua agonia – mesmo quando aquela dor terrena parecia exceder a capacidade humana,
Ele te deu João, e deu-te a João:
Havia um anseio e um cuidado
O mais profundo amor, a força mais verdadeira, a fim de prosseguir naquela hora mais tenebrosa.
E depois veio a manhã da ressurreição
A mãe Maria participou da glória transbordante,
Ele vive! Ele vive!
Não sabemos onde ela estava
Nem o que sentiu naquele notável dia,
Mas depois, no cenáculo,
Outra vez o Espírito Santo cobriu Maria com sua sombra.
Não mais uma virgem, agora verdadeiramente bendita!
Uma outra Presença toma conta e habita
Não no ventre, mas na alma
Onde louvor e vida e verdade e águas vivas fluem.
Portanto, agora, queridas mães
A vós vos é dado sofrer,
Seu filho, o fruto do seu ventre,
Seus labores, sua própria vida
São colocados sobre uma cruz
Enquanto só podeis olhar em agonia impotente
E conhecer a dor de uma alma traspassada
Mas se prestardes atenção em meio ao vosso sofrimento, ouvireis Sua meiga voz
Ele vos dará um João, um discípulo fiel,
Que precisará da sua mão consoladora, e que por sua vez poderá vos oferecer
Um abrigo para o descanso do vosso espírito estilhaçado;
E ao aceitar o substituto que se vos oferece
Eis que o milagre da ressurreição sucederá
E VIDA, o poder do Espírito Santo, vos cobrirá com sua sombra,
E tereis uma coroa no lugar de cinzas, gozo em lugar das vestes de angústia,
E se dirá de vós: “Benditas sois entre as mulheres”.
Ruth Walker é esposa de John Walker.