Por: Charles Spurgeon
Mateus 28.1-10; João 20.1-18
Vamos aprender com Maria Madalena como obter comunhão com o Senhor Jesus. Veja como ela buscou. Buscou o Salvador bem cedo de manhã.
Se você conseguir esperar por Cristo, e ficar paciente na esperança de ter comunhão com ele em alguma época distante, você nunca terá comunhão alguma com ele; pois o coração preparado para comunhão é um coração com fome e sede. Ela o buscou também com grande ousadia.
Outros discípulos fugiram do sepulcro, pois tremiam e ficaram pasmos; mas Maria, de acordo com o texto “permanecia junto à entrada do túmulo” (Jo 20.11).
Se quiser ter Cristo perto de você, busque-o com ousadia. Que nada o segure. Desafie o mundo.
Prossiga adiante quando outros fogem. Ela buscou a Cristo fielmente, permaneceu junto à sepultura. Alguns acham difícil permanecer junto com o Salvador vivo, mas ela ficou firme mesmo quando este estava morto.
Busquemos a Cristo desta maneira, apegando-nos à mínima coisa que tem a ver com ele, permanecendo fiéis a ele mesmo que todos os demais o abandonem. Note ainda mais, ela buscou a Cristo profundamente, pois permaneceu ali “chorando”. Estas lágrimas que caíam eram como feitiços que prendiam o Salvador, e o fizeram sair para fora, e se revelar a ela.
Se você deseja a presença de Jesus, chore por isto! Se não puder ser feliz enquanto ele não chegar e lhe disser: “Tu és meu amado”, então logo ouvirá sua voz.
Em último lugar, ela buscou somente o Salvador. Nem se importou com os anjos, pois virou-lhes as costas; sua busca era somente pelo seu Senhor.
Se Cristo for seu único e singular amor, se seu coração houver expulsado todos os outros rivais, você não ficará muito tempo ansiando pelo consolo da sua presença. Maria Madalena buscou assim, porque amava muito. Despertemo-nos à mesma intensidade de afeição; que nosso coração, como o coração de Maria, se encha de Cristo, e nosso amor, como o amor dela, não se satisfará com nada menos do que ele mesmo. Ó Senhor, revela-te a nós hoje!
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A Calma e discreta Voz do Amor
Muitas vozes chamam nossa atenção. Há uma voz que diz: “Prove que você é uma boa pessoa”. Outra censura: “Você deveria se envergonhar de si mesmo”. Há também uma voz que diz: “Ninguém realmente se importa com você”, e outra: “Tenha certeza de se tornar uma pessoa bem-sucedida, popular e poderosa”. Mas sob todas essas vozes que são quase sempre estridentes, há uma voz calma e discreta que diz: “Tu és meu amado, meus favores recaem sobre ti”. Essa é a voz que realmente precisamos ouvir. No entanto, é necessário um esforço especial para isso; ouví-la requer solitude, silêncio e uma forte determinação.
Isso é a oração. E ouvir a voz que nos chama de “meus amados”.
Henri Nouwen
Extraído do Livro “Pão Para o Caminho”
Para adquirir, ligue: (19) 3462-9893