Diante dos resultados de nossa pesquisa sobre as datas do nascimento de Jesus, que conclusões práticas devemos tirar?
Será que devemos começar a celebrar o Natal na época da Festa dos Tabernáculos? Devemos criticar, combater ou pelo menos procurar “esclarecer” aqueles que continuam celebrando o Natal no dia 25 de dezembro? Será que o mesmo fervor que alguns demonstram quando evangelizam católicos sobre a remoção de imagens de suas casas não deveria ser exercido contra esta herança idólatra que penetrou nas tradições das igrejas protestantes?
Em primeiro lugar queremos deixar claro que nosso propósito em levantar este assunto não é de transferir a celebração da data do Natal para outra data, nem tampouco introduzir outro elemento de controvérsia entre os irmãos. Como mencionamos no início do artigo “Quando Jesus Nasceu?”, o próprio Jesus não mostrou interesse algum em que seus seguidores lembrassem da data do seu nascimento. Além disso, mesmo com todos os argumentos bíblicos expostos no resto do artigo, é impossível definir com precisão esta data.
Existem porém vários aspectos importantes que gostaríamos de colocar para sua consideração:
1 – À medida que Deus restaura sua igreja na terra nestes últimos dias, muito entulho de tradições humanas que foi se amontoando sobre a verdade do evangelho precisa ser removido. Se quisermos voltar à autêntica experiência cristã apostólica, precisaremos abrir os corações e as mentes para a necessidade de despojarmo-nos das tradições pagãs.
2 – A vontade de Deus é que fiquemos deslumbrados diante da grandeza do mistério da Encarnação todos os dias do ano e não apenas no Natal. Porém, se queremos lembrar de forma especial deste grande evento na época do Natal não há problema algum. O problema está em celebrar o nascimento de Jesus com a prática de tantas coisas totalmente opostas aos seus ensinamentos.
3 – Infelizmente a cerimônia que Jesus instituiu para manter a sua pessoa em nossa memória, a Ceia, tem perdido seu sentido para a maioria dos cristãos por ter se tornado apenas um ritual vazio. Precisamos clamar ao Senhor para que o sentido da ceia seja revelado novamente à igreja para que mais uma vez possamos honrar Jesus com simplicidade e realidade “partindo pão de casa em casa… com alegria e singeleza de coração”(At 2.46).
4 – Finalmente, o mais importante de tudo é lembrarmos que Deus se fez carne, se tornou fisicamente presente entre nós no tempo e no espaço, não para criar um fato exótico a ser admirado como objeto de museu, mas para que sua presença se tornasse real para nós “todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). É somente a consciência desta presença que poderá nos preparar para a Segunda Vinda, que será, sem dúvida alguma, o maior acontecimento da história.