23 de novembro de 2024

Ler é sagrado!

A Igreja do Século XXI: Alerta à Igreja

Por: Paul Cain

Este artigo foi extraído e adaptado de uma mensagem dada por Paul Cain no culto de passagem de ano (31 de dezembro de 1998) na Igreja Metro Christian Fellowship em Kansas City, MO, EUA. Paul Cain foi bem conhecido como evangelista durante a década de 50, juntamente com William Branham e outros, quando Deus o usou poderosamente com dons de cura e de revelação. No auge do seu ministério, ele sentiu Deus o chamando para se retirar para o “deserto”, para esperar a chegada do ministério dos últimos dias. Depois de quase 30 anos de obscuridade, Paul voltou à cena com uma mensagem profética para a igreja, chamando-a para voltar à humildade, integridade, e uma devoção apaixonada para o Senhor. O livro A Igreja do Século XX – A História Que Não Foi Contada, tem um capítulo inteiro sobre a história incomum deste homem de Deus. Cremos que esta mensagem contém uma advertência séria da parte de Deus para a sua igreja que está longe de entender como enfrentar os desafios do novo milênio que está chegando. 

Duas das minhas passagens favoritas de toda a Bíblia falam a respeito de discipulado e do que o Senhor Jesus Cristo fala a respeito dele. A primeira está em Lucas 9.23,24: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.”

Nos dias de Jesus, qualquer pessoa que andasse no meio de Jerusalém carregando uma cruz era uma pessoa morta ambulante. Estava proclamando a todo mundo que estava condenada à morte, porque a cruz significava morte. Como seguidores de Jesus, não estamos mais querendo proclamar nossa morte. Perdemos a consciência de que estamos todos numa jornada, e que nesta jornada temos de deixar algo para trás (que é nossa própria vida), e temos de levar algo conosco (que é nossa cruz).

A todas as pessoas que estão brincando de ser seguidores de Cristo, que estão brincando de igreja, eu tenho o prazer de anunciar que a brincadeira está para acabar porque Deus vai entrar em cena! O juízo está para vir sobre o mundo, mas começa pela casa de Deus (1 Pe 4.17). Pode não ser uma mensagem muito bela para introduzir o ano de 1999, mas precisamos estar preparados para o que há de vir.

Muitas pessoas estão preocupadas com o Y2K, que significa a crise que virá se computadores e sistemas de informática em todo o mundo não conseguirem fazer a transição para a data 2000 e serviços e programas vitais entrarem em pane. Mas eu estou mais preocupado com o ano de 1999, porque se não estivermos preparados e não pudermos ouvir o evangelho profético, como igreja não estaremos preparados para enfrentar todas as outras crises que virão sobre o mundo inteiro. Não sabemos quanto tempo nos resta, e podemos perder a chamada (Mt 25.6).

O evangelho profético é o mesmo evangelho que já conhecemos teoricamente, mas que não estamos enfatizando nem anunciando na sua totalidade. É a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus, e a nossa morte junto com ele. Esta não é uma versão que outra pessoa deu do evangelho, nem são palavras de algum apóstolo, mas do próprio Jesus, que diz: “Se você quiser me seguir, se quiser ser meu sucessor, se quiser retomar a minha obra no ponto onde a deixei, então terá de fazer o seguinte: entrar nesta jornada, deixar-se a si mesmo para trás, pegar sua cruz diariamente, e seguir nas minha pegadas.”

Mateus 10.8 é um texto maravilhoso, que todos gostam e que eu também amo; tenho usado-o centenas de vezes nas minhas pregações: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai.” Mas espere um pouco, será que não existe mesmo nenhum preço para pagar para ver o poder de Deus operando milagres? Todos gostariam de curar os enfermos e levantar os mortos. Gostaríamos de ver isto acontecer numa escala mundial. Mas existe um preço a ser pago, que está numa passagem bem menos popular, no mesmo capítulo: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mateus 10.37,38).

Este é um discipulado meio cruel, não é? A cruz pode ser realmente muito dolorosa. Alguns descobriram esta parte do evangelho e caíram fora. Que “boas novas” são essas? Quem está disposto a sacrificar pai, mãe, casas, propriedades — e até filhos? Isto é radical demais!

Mas pode-se considerar algo de valor exagerado para se dar ao Filho de Deus que deu tudo por você e por mim? Depois que ele morreu uma morte cruel no madeiro, pode algo ser demais para sacrificar em favor dele?

Quando comecei minha jornada de discipulado muitos anos atrás, havia diversas outras pessoas comigo cheias de força e vigor para servir ao Senhor. Estavam cheias de fogo para Deus. Mas algumas ficaram pelo caminho e esfriaram, e em alguns casos morreram enquanto estavam frias. Nunca voltaram para a jornada da cruz. Mas se você também se afastou da cruz, ainda pode voltar. Este é o convite de Deus: Volte para sua jornada!

Algumas pessoas acham que este preço de discipulado é muito alto, e realmente é. Mas podemos pensar de outra forma também. A única coisa que vamos perder é nossa vida, e isso nós perderemos de qualquer forma, e de uma maneira bem pior. Que risco estamos correndo então? Muitos daqueles que não tiveram coragem de entregar tudo a Jesus estão perdendo sua vida num casamento que é um inferno na terra, outros têm filhos que estão nas drogas ou no crime, outros estão falindo e perdendo tudo que tinham, outros têm tentado o suicídio. Então o que nos resta? É melhor morrer para si mesmo, deixar a carne morrer, e conhecer a verdadeira liberdade.

O que significa morrer para si mesmo? Um bloqueio ou interrupção do curso normal da sua vida pela intervenção de Deus é morrer para si mesmo. Quando todos o esquecem ou negligenciam, ou de propósito o colocam na prateleira, e você não alimenta sua dor nem deixa o insulto e o desprezo ferir seu interior; quando pelo contrário, considera uma honra poder sofrer por Cristo — isso é morrer para si mesmo. Quando o que fez de bom é criticado, quando seus desejos são contrariados, seu conselho desprezado, sua opinião ridicularizada, e mesmo assim você se recusa a deixar a ira subir no seu coração e não toma iniciativa para se defender, mas aceita tudo com paciência e amor — isso é morrer para si mesmo. Quando nunca faz questão de ser citado ou reconhecido pelos outros, ou de divulgar suas boas obras, quando verdadeiramente tem prazer em ser desconhecido — isso é morrer para si mesmo. Quando vê seu irmão prosperar e suas necessidades sendo supridas e você pode honestamente se regozijar com ele em espírito, sem sentir inveja nem questionar Deus, apesar de ter necessidades muito maiores do que as dele e de estar em circunstâncias muito mais desesperadoras — isso é morrer para si mesmo. Quando pode receber correção e repreensão de pessoas com estatura e maturidade muito menor que a sua, e puder se submeter humildemente por dentro e não só por fora, sem o surgimento de ressentimento ou amargura no seu coração — isso é morrer para si mesmo.

Então volto a perguntar: Você já morreu? Eu já morri? De uma coisa eu sei: temos de pegar nossa cruz e segui-lo, prontos para morrer para nós mesmos. Outros muitas vezes parecem ter permissão de continuar na vida cristã sem se aprofundar muito, mas na realidade não estão progredindo na sua jornada. Não é isto que Deus tem para você ou para mim, especialmente nesta hora do final dos tempos. Não se compare com outros — outros podem, você não! Apesar de não entendermos como Deus vai tratar com todos, não importa. Vale a pena!

É melhor jejuar voluntariamente do que sermos forçados a isto. Jesus disse que seus discípulos não jejuavam porque o Noivo estava com eles, mas dias viriam quando o Noivo seria tirado (Mt 9.15). Depois Deus pode tirar certas coisas da nossa vida ou até de todos, e então será um jejum involuntário. Temos a oportunidade agora de fazer isto voluntariamente. “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder” (SI 110.3). Podemos jejuar de muitas e variadas maneiras. Alguns jejuam as notícias no jornal, ou na televisão. Outros jejuam uma atividade preferida, um livro, um esporte, um programa, um lazer. O importante é entender que estamos enfrentando uma crise séria e que precisamos estar sóbrios (Lc 21.34-36).

Há pelo menos três coisas que já podemos enxergar no horizonte. Uma é a crise do ano 2000, dos computadores, que já mencionamos (Y2K). Isto pode trazer falhas energéticas, financeiras ou até outras que trarão conseqüências muito sérias. A segunda é a pressão global econômica, que virá em ondas sucessivas com efeito dominó: Indonésia, Japão, Rússia, Brasil, Europa Ocidental, e finalmente os EUA. E a terceira coisa é atividade terrorista sem precedentes.

Isto tudo afetará também a igreja, mas será a sua hora mais gloriosa. O evangelho do reino será pregado em todo o mundo e então virá o fim. Mas creio que este é o evangelho profético que inclui tudo o que os profetas falaram sobre a cruz, a morte e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo. O que os profetas anunciaram? Por que anunciaram, e quando se cumpriu? Este evangelho tem o poder de Deus, e vai poder ser anunciado a qualquer pessoa, muçulmanos, budistas, hindus. Não será mais a doutrina particular de uma pessoa ou igreja, mas uma verdade indiscutível de fatos que foram profetizados e que se cumpriram. É a morte, o sepultamento, e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo que foi anunciado por todos os profetas desde o início do mundo.

“Tende cuidado, não recuses ao que fala.. .Ainda uma vez por todas farei abalar não só a terra, mas também o céu”(Hb 12.25-29). Deus vai abalar nações, mas vai abalar especialmente a igreja, para que as coisas que não são abaladas possam permanecer. Deus vai abalar pessoalmente, pois ele é um fogo consumidor, e isto vai trazer um santo temor, mas também vai fazer aparecer seu reino inabalável. E então entraremos na guerra espiritual descrita em Apocalipse 12.7-12, quando o dragão será lançado em terra, e será vencido por causa do tomando nossa cruz, assumindo um estilo de vida de tempo de guerra, prontos para sacrificar coisas supérfluas, jejuando voluntariamente aquilo que pode nos impedir, e dedicando-nos à oração fervorosa e séria com outros que têm o mesmo entendimento. É oração radical e desesperada, como ocorreu em Atos 12, depois que Pedro foi preso. A igreja está dormindo, e pode ser necessário que aconteça algo drástico para acordar-nos e fazer-nos entender a seriedade da situação.

“Haverá sinais no sol, na lua, e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo” (Lc 21.25,26). O medo dominará o mundo, e muitas pessoas morrerão ou sofrerão mais pelo medo do que pelas conseqüências em si. Podemos ser livres do medo, mas somente se estivermos sóbrios e alertas, livres da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo que fazem com que aquele dia venha como laço sobre toda a terra (Lc 21.34,35).

Podemos dizer: “Ah, mas a graça de Deus vai nos cobrir! O Senhor cuidará de nós! Jesus já pagou o preço!” Sim, é claro que pagou, mas por que deveríamos vigiar então? Por que orar para que possamos escapar, se tudo já foi determinado?

“Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por ser achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” (2 Pe 3.11-14).

Você quer aceitar o desafio de fazer de 1999 o ano mais importante da sua vida? Não queremos por um lado fazer parte de uma igreja humanista que faz as coisas da mesmíssima forma que o mundo faria, nem por outro de um povo que reconhece que Jesus faria diferente mas não consegue alcançar o seu padrão. Queremos estar em Cristo, mortos para Adão, mas cheios da vida de Jesus, a ponto de espontaneamente agir e reagir como ele faria. Faze isso em nós, Senhor!

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Respostas de 3

  1. tremendo,somente dessa maneira através de palavras vivas e eficas da blibia e que poderemos alcançar e fazer e também viver os projetos de deus para sua igreja e para o mundo,temos uma responsabilidade delegada do ceu sobre nos como igreja ,apenas avançar na força e no poder do espirito santo,,,,amem. libertando os encarcerados quebrando os cativeiros ,pescando almas para o reino de deus ,povoando oceu para gloria de deus,,,aleluia

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