Um homem que era dono ou sócio de 26 clínicas de aborto nos Estados Unidos se converteu e abandonou todas as ligações com o negócio do aborto. Eric Harrah, 30, fez sua profissão de fé em Jesus Cristo em novembro do ano passado depois de trabalhar fazendo abortos por uma década. As suas clínicas formavam o segundo maior grupo de serviços de aborto no país, segundo ele, e sua estimativa é que 250.000 abortos foram realizados por seu grupo neste período.
Harrah saiu de todas as clínicas, e renunciou sua vida passada, que incluía homossexualismo, cocaína, e uso constante de palavras profanas.
“Estou muito feliz e grato a Deus,” Harrah disse. “Deus é bom. Ele ouve as orações e pode salvar qualquer pessoa.”
Harrah freqüentava cultos numa igreja Pentecostal Unida todo o domingo, quando era criança, mas parou quando tinha 17 anos. Por causa da sua criação, sabia que o aborto era errado, e nos últimos cinco anos começou a ter problemas sérios com depressão e culpa, que o levaram à cocaína. “Eu detestava colocar fetos em peneiras para serem lavados e colocados em saquinhos fechados.”
Em 1997, ele abriu uma clínica em State College, perto da Universidade Estadual de Pennsylvania. Protestos em massa foram feitos diariamente depois que a clínica foi aberta. Em agosto daquele ano, Harrah orou pela primeira vez em muitos anos, pedindo a Deus para enviar alguém para mostrar-lhe o caminho certo, se ele estava fazendo algo tão horrível. Na verdade, ele estava cansado dos maus tratos dos adversários do aborto, e queria alguém que o tratasse bem. Steve Stupar, um presbítero da Assembléia de Deus de State College, procurou Harrah na clínica para dizer-lhe que queria orar por ele e conversar com ele. Stupar disse que estava ali porque Harrah havia pedido ajuda a Deus.
“Os pelos do meu pescoço ficaram em pé; fiquei assustado, e corri de volta para o meu escritório,” Harrah contou.
Stupar voltou dia após dia, apesar de Harrah se recusar a falar com ele. Finalmente Harrah concordou em almoçar com Stupar, e lá no restaurante Stupar
falou com Harrah que estava ali para que ficasse liberto. Stupar contou-lhe que tivera uma visão de um prato cheio de comprimidos azuis com faixas brancas, e perguntou se esta imagem tinha qualquer sentido para ele. Harrah respondeu que havia pensado em suicidar-se na semana anterior, e quase utilizou uma dose enorme de comprimidos analgésicos que conferiam com essa descrição para se matar.
“Foi nesta hora que entendi que era hora de me entregar,” Harrah disse. Ele fez um compromisso com Jesus Cristo no primeiro dia de novembro no escritório do Pastor Grabill.
Harrah foi à igreja de Stupar e Grabill no domingo seguinte, a primeira vez em onze anos em que entrara numa igreja. Ele estava extremamente nervoso, mas a congregação o fez sentir-se em casa. Centenas de pessoas na igreja estiveram orando por ele, e fizeram uma vigília de oração por ele na noite em que ele se converteu, segundo ficou sabendo posteriormente.
Como Harrah era muito conhecido na cidade como adversário contencioso dos cristãos, sua conversão fez manchetes ali, e em outros lugares no país. O volume de abortos naquela cidade caiu depois desta notícia, pois pacientes que estavam contemplando o aborto reconheceram que isto seria errado.
Muitas pessoas se envolvem nas empresas do aborto porque acham que estão ajudando a salvar mulheres, e também por causa do dinheiro, segundo Harrah. Mas até mesmo as pessoas idealistas no fim acabam se entregando ao domínio do dinheiro. Cada paciente é vista apenas como uma fonte de lucro, e aí passa até a tratá-las mal.
Harrah agora dá palestras em igrejas e grupos especiais, dando conselho e divulgando informações às vezes chocantes. Ele diz que está em paz com Deus e consigo mesmo agora. O seu conselho é para que as pessoas lidem com aqueles que estão endurecidos contra Deus orando por eles, amando-os e tratando-os com bondade.
“Foi assim que aconteceu comigo. Não foi através de zombar, atacar ou argumentar. Foi quando estenderam as mãos em amor para mim. Mais cedo ou mais tarde, isto alcança o coração da pessoa. Eu sei, pois alcançou o meu.”