Por: Wesley L. Duewel
Deus recebe e transmite constantemente chamadas emergenciais. Alguns eventos, que não poderiam ser previstos, requerem intervenção imediata de Deus. Outras situações vão produzindo progressivamente um contexto de crise. Embora Deus nunca se surpreenda, pois sabe de todas as coisas de antemão, eu e você as interpretamos como necessidades emergenciais.
Cristo está entronizado à destra de Deus hoje, governando o mundo através da sua intercessão e da intercessão de seus parceiros de oração na terra. Quando tais necessidades críticas surgem, Deus pode preparar o caminho da solução com antecedência, chamando seus filhos para orar. Outras vezes, envia uma chamada de emergência na hora exata da necessidade.
Os Filhos de Deus Constituem Sua Rede Emergencial de Oração
Esta rede emergencial de oração está constantemente aberta para nós. Ao mesmo tempo, depende de nós. Geralmente Deus alerta alguém que já conhece determinada pessoa para orar em seu favor, assim fortalecendo tanto a fé daquele que orou como daquele que recebeu oração.
Vou dar um exemplo. Durante meu tempo de faculdade, eu estava aconselhando e orando com um outro estudante a respeito de uma situação urgente que era conhecida só por nós dois. Uma opressiva nuvem espiritual pesava sobre meu amigo. Durante vários dias, passei todo momento disponível em oração e aconselhamento, mas por algum motivo, era uma batalha que não parecia estar alcançando vitória.
Durante este tempo, recebi um postal de um evangelista que me conhecia bem. Ele escreveu: “Caro irmão Wesley, enquanto orava por você, de repente o vi de joelhos em oração. Pude ver Jesus à sua frente com seus braços estendidos em sua direção, mas aparentemente você não o via. Pensei comigo, quantas vezes Deus está tão próximo a nós, ansioso para responder nossa oração, mas não o percebemos.” Deus o alertara para orar justamente quando eu estava precisando.
Às vezes não sabemos por que sentimos uma carga; apenas vem sobre nós um constrangimento especial de oração do Senhor, uma chamada e uma responsabilidade de orar num determinado momento.
Em agosto de 1962, concluí um período de ministério na Austrália com quatro dias de reuniões numa Igreja Batista em Perth. Deus começou a me incomodar para passar o sábado inteiro em oração e jejum. Logo cedo, encontrei um lugar retirado e comecei meu tempo sozinho com Deus. À medida que o tempo passava, entrei numa tremenda batalha de oração com as forças das trevas. Eu não entendia por que, mas o Espírito Santo me levou a uma verdadeira militância de oração contra Satanás, e para o culto daquela noite senti direção para falar sobre “O poder de Satanás e o poder de Deus”.
A caminho para o culto, de repente perdi minha voz. Durante o dia, eu havia orado em silêncio, portanto não era por motivo de a ter forçado demais, e tampouco eu estava resfriado. Quando me levantei para falar, eu mexia com os lábios, mas não consegui emitir um som sequer. A congregação suspirou. Agarrando com as mãos os dois lados do púlpito, esforcei-me ao máximo. Depois de um pouco, minha voz começou a voltar, mas tive a sensação de estar empurrando cada palavra com força por cima do púlpito, e que depois uma por uma elas caíam no chão. Não houve liberdade nem bênção, e no final do culto as pessoas saíram caladas para voltar para casa.
Uma mulher, estranha para mim, não saiu para ir embora. Contou-me que tinha apenas seis meses de conversão. Por ter praticado magia negra, porém, ela sentia que os demônios não a deixavam em paz. Reuniam-se visivelmente em volta da sua cama à noite e escarneciam dela. Com santa indignação orei com ela e clamei pela vitória. Ela ficou completamente liberta da opressão de Satanás.
No culto do dia seguinte, tudo estava diferente. Parecia que os céus estavam escancarados para nós. As necessidades espirituais de muitos foram supridas, e alguns receberam chamado para o campo missionário. No final, um homem endemoninhado, tremendo da cabeça aos pés, foi liberto enquanto o pastor e os diáconos oraram por ele junto comigo. Descobri depois que era o marido da mulher que fora liberta na noite anterior. Sem o meu conhecimento, durante seis meses os diáconos tinham se aliançado para orar por aquele homem. O Espírito Santo convocou um alerta de oração no momento de crise. Satanás tentou interferir, mas Jesus ganhou a vitória. A ele seja toda a glória!