Por: Vance Havner
A necessidade do Brasil e de todas as nações é de se voltarem para Deus, e isto implica, antes de mais nada, em arrependimento e avivamento na igreja.
O caminho para o avivamento está esboçado na Escritura: “Se o meu povo que se chama pelo meu nome…” (2 Crônicas 7.14). A aplicação hoje é para nós cristãos que trazemos o nome de Cristo.
Um avivamento é quando o povo de Deus acerta suas vidas com Deus. Se vai haver um avivamento ou não depende daquilo que eles fazem. Tudo depende daquele “se”.
Avivamentos não acontecem simplesmente como uma tempestade à tarde. Não é verdadeira a idéia de que se nós orarmos e orarmos, talvez algo caia sobre nós para fazer com que nos sintamos melhor. Se preenchermos certas condições teremos um avivamento, do mesmo modo como os fazendeiros satisfazem certas condições e obtêm uma boa colheita. Sem dúvida o avivamento é uma obra soberana de Deus, mas depende também do que nós fazemos.
A Escritura não diz: “Se Deus…” mas “Se o meu povo se humilhar…” Pedimos a Deus que nos torne humildes, mas Deus nos pede que nós nos humilhemos.
“Todo aquele que se humilhar como esta criança será o maior no reino dos céus” (Mt 23.12). “Quem se humilhar será exaltado” (Mt 23.12). “Humilhai-vos portanto debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele a seu tempo vos exalte” (1 Pe 5.6).
Humilhar-nos a nós mesmos não é uma mera questão de ter sentimentos espirituais, mas de reconhecer nosso estado de indignidade diante de Deus, de confessar nossos pecados contra Ele, e de estar dispostos a nos humilharmos diante dos nossos semelhantes para confessar nossas falhas uns aos outros, para fazer restituição pelo mal que fizemos, e para considerar os outros melhores do que nós em toda humildade de atitude. Geralmente estas são as últimas coisas que nós cristãos estamos dispostos a fazer, e conseqüentemente Deus não pode enviar o avivamento. Gostaríamos de ter o avivamento e ao mesmo tempo preservar nossa dignidade e evitar qualquer humilhação – entretanto, para se ter o avivamento, a primeira coisa que se tem de enfrentar é a humilhação…
Frutos Dignos de Arrependimento
“E se desviarem dos seus maus caminhos.” Esta parte da receita de Deus está definitivamente fora de moda hoje em dia. Pregadores que ousam falar dos pecados dos santos são considerados antiéticos, negativistas que estão procurando achar falhas nos outros. Dias de oração são marcados, mas se isto significa ir à igreja para que cada um faça sua oração formal ou sua petição a Deus, e depois sair carregando os mesmos pecados nas costas, então seria melhor ter ficado em casa.
Admitir que nós todos erramos está em voga hoje em dia, mas não há arrependimento nisso. É preciso que haja um rompimento definitivo, deliberado com os nossos pecados. “Aquele que confessa e abandona (as suas transgressões) alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
Pecado é simplesmente andar nos nossos próprios caminhos. “Cada um se desviava pelo caminho” (Is 53.6). Arrependimento verdadeiro não é apenas deixar este ou aquele pecado em particular, mas desistir dos nossos próprios caminhos e deixar que Deus nos faça andar nos caminhos dele.
“Então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Quando fazemos certas coisas, Deus também faz certas coisas. “Se o meu povo. então Eu…” Há bênção não somente para o indivíduo mas também para a terra.
Isaías confessou a sua culpa individual: “Sou um homem de lábios impuros”; e depois a culpa nacional: “e habito no meio de um povo de impuros lábios” (Is 6.5). Deus promete ouvir e perdoar o indivíduo e então sarar a terra. Quando cristãos e igrejas se voltam para Deus, isto resulta em bênçãos para todo o país. Um avivamento na igreja sempre traz bênçãos que vão além da igreja.
Esta é então a receita de Deus. Mas conseguimos inteligentemente anulá-la hoje no meio de campanhas e programas e retiros religiosos e semanas de ênfase espiritual. É impopular, porque ninguém gosta de se humilhar e orar e buscar a face de Deus e se desviar dos seus maus caminhos. É muito mais agradável providenciar um piquenique, ou montar uma peça ou preparar algo sensacional para a próxima reunião.
Assim os mortos continuarão enterrando os seus mortos. Mas a receita de Deus não permite como substituto qualquer uma das nossas inovações, mesmo que achemos que sejam equivalentes à sua prescrição.
De “It is Time” (Já é tempo), por Vance Havner. Copyright de Fleming H. Revell. Usado com permissão de Fleming H. Revell, uma divisão da Baker Book House Company.
Uma resposta
Nossa! Estudo é excelente. Que o Senhor Jesus abençoe sempre!
Pois me deu um up incrível!