Yom Kippur
O Dia da Expiação (Yom Kippur), de acordo com o calendário judaico, caiu no último sábado, dia 14 de setembro. Este ano, membros das cinco comunidades da fé (Ahavat Yeshua, Tiferet Yeshua, Maaleh Adumim, Melech Hamlachim e Yad Hashmonah) se reuniram para 24 horas de oração, jejum e arrependimento neste dia sagrado.
O evento começou na sexta-feira (dia 13) à tarde, com uma refeição em conjunto antes do jejum e, em seguida, deu-se início com adoração e ensino. As instalações para hospedagem em Yad Hashmonah estavam lotadas. Os momentos de intercessão e arrependimento continuaram até a noite seguinte, quando se quebrou o jejum após o anoitecer.
Esse é o dia mais importante no calendário bíblico. Os sacerdotes levíticos o chamavam de Dia da Expiação; os profetas de Israel, de “o grande e terrível Dia de YHVH” (Joel 2.31; Malaquias 4.5); e os apóstolos da Nova Aliança, de a Segunda Vinda de Yeshua. Todos estavam se referindo ao mesmo dia.
Ao fim do Yom Kippur, tocamos o shofar com um longo e forte som (Levítico 25.9). Isso equivale à “última trombeta” (Isaías 27.13; Mateus 24.31; 1 Coríntios 15.52; 1 Tessalonicenses 4.16). [Ela não deve ser confundida com a Festa das Trombetas, que ocorre 10 dias antes e está ligada às 7 trombetas de Jericó e às 7 do livro do Apocalipse.]
A última trombeta no Yom Kippur é o sinal da Segunda Vinda. Ela ocorrerá durante a grande guerra dos últimos dias, quando uma coalizão internacional de nações se formará para atacar Israel (Ez 38-39; Zc 12-14; Ap 19.11-21). Em Israel, já existe uma profunda associação emocional entre esse dia e uma guerra desastrosa, devido à Guerra do Yom Kippur de 1973, uma época em que a nação chegou perto de ser aniquilada pelos exércitos invasores. A Guerra de 1973 foi um prenúncio profético de uma Guerra do Yom Kippur ainda maior que está por vir.
Os Pés de Yeshua
Asher Intrater
A expressão “pés de Yeshua” tem cinco significados nas Escrituras: envolvendo o presente, o passado e o futuro.
- Intimidade Devocional
Talvez o significado mais conhecido hoje venha daquele gesto especial, íntimo e devocional que encontramos em Miriam (Maria), uma das mais próximas entre os discípulos de Yeshua.
Lucas 10.39: “Maria quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos.”
João 12.3: “Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos.”
Ao colocar-se aos pés de Yeshua, Miriam nos dá um belíssimo exemplo, não somente de devoção e intimidade, mas também de humildade e vulnerabilidade.
- Ressurreição Física
Quando Yeshua foi crucificado, suas mãos e seus pés foram perfurados. Depois que ressuscitou dos mortos, ele mostrou aos discípulos as cicatrizes que haviam permanecido em seu corpo (João 20.27).
Lucas 24.39: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.”
Yeshua provou que ele realmente havia ressuscitado, e que sua ressurreição era física, não apenas espiritual. Isso também nos mostra que o corpo ressurreto é uma continuação e glorificação do corpo atual e, não, uma entidade totalmente distinta (1 Coríntios 15.35-50).
- Divindade Eterna
Existem algumas aparições de Yeshua, antes do seu nascimento e encarnação, ao longo da Lei e dos Profetas. Cerca de duas dezenas dessas misteriosas aparições de YHVH em forma de homem estão registradas no meu livro: Who Ate Lunch with Abraham? (“Quem almoçou com Abraão?”).
Êxodo 24.10: “E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira.”
Nessa ocasião, 74 pessoas viram essa figura divino-humana no Monte Sinai. O fato de o Deus de Israel ter aparecido repetidamente numa forma palpável e física prepara o caminho para se compreender Yeshua como o Messias eterno e divino, a manifestação de Deus em forma humana.
- Retorno Literal
Da mesma maneira como Yeshua ressuscitou fisicamente dos mortos, ele também retornará à Terra na Segunda Vinda em seu corpo físico.
Zacarias 14.3-4: “Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente.”
Todas as nações atacarão Jerusalém. Yeshua descerá dos céus com um exército poderoso para destruir essas nações. Assim como ele subiu aos céus a partir do Monte das Oliveiras, é para lá também que retornará. Yeshua não vai descer até a metade do caminho e pairar no ar; ele percorrerá todo o trajeto de volta até tocar no chão — de uma vez por todas.
- Glória do Milênio
Depois que Yeshua voltar, ele estabelecerá o seu reino de paz sobre toda a terra. Ezequiel teve uma visão de um Homem divino falando com ele do interior do Templo Milenar.
Ezequiel 43.6-7: “O homem se pôs de pé junto a mim, e o SENHOR me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre.”
Yeshua reinará por mil anos em sua forma glorificada, com sua capital espiritual e governamental situada em Jerusalém. O Reino de Deus desce dos céus para a Terra, e os pés glorificados de Yeshua simbolizam essa realidade.
Oposição Síria
O líder da oposição síria publicou um anúncio em árabe na última sexta-feira que foi captado e traduzido pela imprensa hebraica israelense. Ele disse que se a comunidade internacional decidir por medidas diplomáticas ao invés de atacar o regime sírio, então ela deve ser coerente e seguir essas medidas até o fim. Isso exigiria não apenas a supervisão das armas químicas da Síria, mas também que os líderes do regime sírio fossem levados a julgamento pelo uso criminal dessas armas contra cidadãos inocentes.