Por: Elmer G. Klassen
Deus tem uma promessa para cada dispensação de tempo. De acordo com sua promessa, nações surgem e nações caem. Cada incidente na história e cada evento na nossa vida pessoal é um cumprimento do que Deus prometeu que aconteceria como consequência do homem crer ou não crer nele. Deus age na sua soberania, para o pavor do incrédulo, mas para o regozijo do crente. Ao que crê, Deus assegura que a vontade dele será feita assim na terra como no céu. Ao desobediente, Deus promete dúvidas, ira, e frustração. O destino do homem é determinado pelo fato dele crer ou não na promessa que Deus lhe dá na sua dispensação específica.
Para cada época, Deus na sua soberania faz uma promessa. Qual é a promessa de Deus ao seu povo nestes “últimos dias”? É uma promessa tão certa quanto todas as outras que tem feito desde o princípio do tempo.
Depois de criar o homem, Deus lhe prometeu: “Dou-te cada planta que produz semente na face da terra, e cada árvore com fruto e semente. Serão tuas, para tua alimentação. Estás livre para comer de qualquer árvore no jardim, com uma exceção. Não poderás comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois se comeres, morrerás!”
Quando Adão e Eva comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal, Deus colocou inimizade entre o bem e o mal, conforme prometera. A morte prenunciada lançou Adão e Eva para fora do Jardim do Éden, e separou seus filhos da presença de Deus.
Caim não gostou da soberania de Deus. Ficou tão irado com Deus por cumprir sua palavra, que acabou sendo amaldiçoado por ele. Daquele dia em diante, Caim não só teve que trabalhar muito para se sustentar, mas também passou a odiar seu trabalho, e tornou-se um fugitivo e errante na terra, exatamente como Deus lhe prometera.
Na dispensação seguinte, Deus prometeu que seu Espírito não contenderia com o homem para sempre. Esta advertência não foi ouvida por aquela geração, que foi cortada repentinamente com juízo. Somente Noé creu na promessa de Deus, que o salvou com toda sua família de uma sociedade corrupta e violenta caminhando para o inferno.
Numa outra dispensação, Deus fez uma promessa de bênção a Abraão. “Farei de ti uma grande nação, e te abençoarei; e te engrandecerei o nome, e tu serás uma bênção”.
Porque Abraão creu em Deus e o obedeceu, uma grande nação nasceu em cumprimento da promessa que Deus fizera a respeito da salvação da humanidade. Desta nação, profetas de Deus se levantaram para prometer um libertador que traria salvação do pecado e da morte.
Quando a hora do seu aparecimento chegou, o Messias prometido se apresentou fazendo a seguinte leitura num sábado na sinagoga: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres: enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”.
Ele então fechou o rolo, devolveu-o ao assistente e sentou-se. Os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele, e ele começou seu discurso dizendo-lhes: “Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”.
Quando todas as pessoas na sinagoga ouviram Jesus afirmar que ele era a promessa de Deus para aquela dispensação, ficaram furiosos. Levantaram-se, expulsaram-no da cidade, e o levaram ao cume do monte onde se localizava a cidade, para jogá-lo precipício abaixo.
Jesus veio, e Jesus foi embora de acordo com a promessa. Quando partiu, uma outra geração recebeu uma promessa para os “últimos dias” em que agora vivemos. Qual é a promessa de Deus para esta época atual?
Os discípulos queriam saber se já era o momento do reino definitivo de Deus. “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” Mas Jesus respondeu: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas…” (Atos 1.6-8). E quando esta promessa foi cumprida no dia de Pentecoste, Pedro afirmou que se tratava da promessa dos últimos dias, feita através do profeta Joel (Atos 2.14-21).
Deus cumpriu sua promessa, e enviou o Espírito Santo, não só aos apóstolos, mas sobre “toda carne”, em derramamentos maiores e posteriores (e em outros que ainda virão). Os “últimos dias” são agora, desde o dia de Pentecoste, e portanto, hoje é o dia da salvação, o dia em que Deus oferece graça a todos que crêem e que clamam pelo nome dele. Assim como nas outras épocas, todos que crêem na promessa de Deus para hoje recebem a vida, que nos nossos dias significa confessar Jesus como SENHOR, e receber a operação do Espírito Santo na sua vida. Aqueles que não crêem nem o confessam, não receberão a misericórdia de Deus.
Se o juízo de Deus caiu sobre quem não creu na promessa dada através de Noé, quanto maior será o juízo de Deus sobre todos, judeus e cristãos (Romanos 2.5-11), que rejeitarem a graça de Deus oferecida através de Jesus Cristo, e que não acreditam no derramamento do Espírito Santo!
O derramamento do Espírito foi experimentado no livro de Atos por aqueles que creram e obedeceram a mensagem de Deus, que ainda é a mesma hoje: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar… Salvai-vos desta geração perversa” (Atos 2.38-40).
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que da presença do Senhor venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu retenha até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antigüidade” (Atos 3.19-21).
Conhecer a Deus o Espírito Santo é conhecer Jesus Cristo. Conhecer Jesus Cristo é amá-lo e a seus filhos. Ninguém pode conhecer Jesus até que tenha conhecido o Espírito Santo. Ouçamos com atenção, e continuemos ouvindo e crendo na sua promessa para hoje!