25 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

ARREPENDIMENTO

Como virá o avivamento?

Alguém perguntou a um grande avivalista do passado sobre como chega o avivamento na igreja e ele respondeu: “Vai para a sua casa, entra no seu quarto, faz um círculo no chão com um pontinho no meio, fique em cima dele e ore: ‘Deus, manda avivamento e que comece aqui’.”

O avivamento começa em minha vida, não nos outros. À medida que isso acontece Deus permitirá que a nuvem se forme e as pessoas ao nosso redor sejam afetadas. Creia que nesses dias não só a sombra de Pedro curará, mas também a sua, porque a presença de Deus é a chave para que milagres aconteçam. Lembre-se! Há uma palavra chegando para a igreja, mas é preciso ouvir, corresponder e obedecê-la sem olhar para os outros. Deus certamente trará essa grande chuva que estamos esperando. Hoje estamos experimentando apenas pequenas gotas, mas elas são o prenúncio de algo muito maior que ele fará em nosso meio (curas, ressurreição de mortos, libertação de demônios, salvação, batismos de muitos).

 

Os dias em que estamos vivendo sãos maus

Estamos vivendo dias seriíssimos no Brasil especificamente e também em todo o mundo. Nosso país está infestado pela corrupção e pelo roubo que estão gerando miséria, desemprego e desconfiança. Todos os brasileiros estão sendo atingidos pela crise que se alastrou por todo o país. Como se isso não bastasse, temos sido atingidos pelas pragas trazidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zica, Chikungunya) e tantos outros males.  No ano passado algumas regiões enfrentaram a seca que ainda não terminou.

O livro de Apocalipse diz que nada disso terminará, antes, aumentará. Porém, a Bíblia deixa claro que as pragas do Egito não precisam atingir a igreja, pois Israel foi separado por Deus para ser o seu povo e foi protegido das pragas. Por essa razão a igreja pode lançar mão da promessa que foi dada no Salmo 91.7: “Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido.” A igreja não precisa aceitar passivamente essas coisas virem sobre ela.

“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador; e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” – Mateus 5.13-16.

Uma pequena porção de sal tempera muito alimento e uma pequena luz colocada em cima de um monte reflete muito longe. A Bíblia nos exorta a que sejamos sal e luz para o mundo. Este é o chamado e a responsabilidade da igreja brasileira para com o Brasil; ela pode mudar o seu destino. Mas é certo que, antes da volta de Jesus, o Brasil (e qualquer outro país) não será reino de Deus; nem mesmo Israel natural o será, pois os países estão sob o domínio do príncipe deste mundo. Porém, Deus nos colocou nesta terra como sal e luz para sermos testemunhas do Rei que está vindo, cujo reinado será de justiça e misericórdia. Nesse reinado não haverá eleições, partidos ou discussões. Em outras palavras, a igreja jamais vai reinar sem Jesus e, para isso, é preciso que ele volte.

O reino deste mundo só passará a ser reino de Deus quando Jesus voltar. Mas, antes disso, nós temos um papel a desempenhar – ser sal e luz – para que a igreja recupere o seu sabor e tenha impacto na sociedade. Ela mostrará ao mundo que Jesus está vivo em seu meio e não apenas lá no céu. Só o Senhor tem o poder de mudar pessoas imprestáveis como nós em pessoas direitas, honestas e que seguem a verdade.

Arrependimento

Mas, para fazer a diferença, a igreja precisa de arrependimento. Não apenas os pastores e líderes estão convocando a igreja brasileira a arrepender-se, mas a própria Bíblia diz que nos últimos dias a palavra mais importante será “arrependei-vos”. Esse é um tema que percorre toda a Bíblia, sendo que no Apocalipse ele aumenta, amplia, cresce ainda mais. Por isso, a grande necessidade de entendermos o que significa. Muitos fazem campanhas, marchas e atos proféticos para o arrependimento. Essas coisas são lícitas e boas, porém muitas vezes estão destituídas da revelação do que o arrependimento realmente significa e por isso não produzem o resultado esperado. Se o arrependimento é a coisa mais importante, então é preciso entender o que ele é (de onde vem e em que consiste) e o que ele não é.

Frequentemente, antes de se fazer um apelo ao arrependimento, prega-se com eloquência sobre a maldade, a desonestidade, a corrupção e o pecado. Os ouvintes vão à frente, choram e dizem para Deus que estão arrependidos dos seus pecados. Porém, após esse momento emocional eles saem e continuam vivendo como antes, sem mudar em nada, devendo ser convocados novamente a arrepender-se. O que aconteceu não foi um arrependimento genuíno, apesar da boa intenção do momento. Arrependimento que nada produz além de emoções é consequência da suposição de que a boa vontade e a força humana podem resolver o nosso problema com Deus. Mas, quando se tem tais suposições, estamos, sim, nos opondo a Deus, pois seu testemunho a nosso respeito é de que não prestamos e não conseguimos nos mudar pelo próprio esforço. Assim, muitos pensam: “Dentro da igreja eu choro, me arrependo, clamo, oro; mas fora dela não aceito que estou errado e continuo agindo como antes”.

Arrependimento significa mudança de mente, coração e atitude. Deus não está muito interessado no que fazemos ou deixamos de fazer. Ele não se preocupa com o nosso currículo ou com listas de mandamentos e regras que tentamos cumprir e seguir. Ele está, sim, preocupado com o nosso coração, com o nosso querer, que é muito mais profundo do que o comportamento. Ele se preocupa com a direção em que estamos indo e com o que está movendo nossas vidas. Ele é um Deus ciumento e deseja 100% de nós e não apenas 10%. Ele mesmo diz em sua palavra: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6.5).

Deus quer chamar a igreja ao arrependimento mas precisamos entender o que isso significa. Arrependimento não é uma promessa de que você será diferente. Lembre-se! Você não presta e não tem conserto. É como um carro batido; é perda total. O evangelho é João Batista à porta da igreja perguntando-lhe: “Você quer entrar? Mas você acha que presta?” Se responder que sim, ele o mandará embora, pois a igreja só tem lugar para imprestáveis. Só os imprestáveis são capazes de concordar com Deus e dizer a ele: “Deus, tem misericórdia, assume o comando da minha vida pois eu não consigo mais, eu não presto”. Isso é arrependimento genuíno! Só esse tipo de arrependimento pode gerar poder genuíno para que a graça de Deus opere em nós de verdade.

Fomos libertos na cruz de Cristo

Apesar de ter sido batizados a muito tempo, muitos cristãos sofrem constantemente com sensação de culpa e vivem pedindo perdão pelos pecados. Certa vez presenciei uma pessoa que acabara de ser batizada, pedindo perdão. Como pode ser isso? Em que base ela foi batizada? Será que ela não tenha entendido que quando somos batizados, somos perdoados de todos os pecados que cometemos no passado e de todos os que ainda vamos cometer no futuro? Romanos 8.1 diz: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus…”. Nossa insistência em falar que somos pecadores e pedir perdão “por todos os nossos pecados” mostra que não cremos que a obra da cruz foi suficiente. Precisamos crer de uma vez por todas que tudo isso foi resolvido no batismo.

Deus nos afirma em sua Palavra que fomos libertos do pecado e que o castigo que nos traz a paz estava sobre Jesus na cruz. Entender e crer nessa verdade nos traz ousadia para entrarmos na presença do Pai. Minha ousadia não vem da minha bondade, mas da certeza de que ele pagou o preço dos meus pecados e, assim, eu posso entrar em sua presença. Ao crer nessa verdade eu me alegro e sou levado a pregar para outros, porque, afinal, eu tenho boas novas a anunciar: “Eu sou pecador, miserável e imprestável, mas Jesus me perdoou e agora não tenho mais condenação sobre mim. Estou sem culpa e você também pode estar”. Ser livre de condenação faz com que a pregação do evangelho seja fácil e natural.

Ainda havemos de pecar e ficar tristes, mas não condenados. Ficamos tristes porque entristecemos o Pai, mas não por medo de sermos castigados e nem por nos sentirmos culpados (o medo e a culpa foram levados embora na cruz). A tristeza por ter entristecido o Pai pode, por um momento, me afastar de sua presença maravilhosa, mas então eu digo: “Deus, me perdoa porque entristeci o teu coração”. Esse pedido de perdão não veio da culpa nem do medo, mas do amor que tenho por sua presença.

O arrependimento depende da revelação de quem Deus é.

Nós nunca vamos nos arrepender se não tivermos uma revelação de quem Deus é. Muitas vezes o Deus a quem nos dirigimos não é o nosso verdadeiro Senhor. Ele se parece muito mais com Alá (o deus dos muçulmanos) que é solitário, carrasco, vigilante e pronto para matar todo mundo; ou com Jeová (o conceito que os judeus têm do Deus do Velho Testamento), achando que precisam fazer por merecer para receber alguma coisa dele. Por isso, lutam com todas as suas forças para obedecer aos mandamentos e fazer os sacrifícios descritos no Velho Testamento. Não só os judeus, mas muitos cristãos agem assim porque, na verdade, não conhecem ao Deus verdadeiro, ao ABA, PAI. Em consequência disso são pessoas tristes, compenetradas e sérias. São críticas e julgam aqueles que não agem como elas. Então, o Deus que os judeus inventaram (sistemático, severo e calculista) não é o Deus da Bíblia.

Deus está trazendo para a terra uma revelação dele mesmo que revolucionará a igreja e os judeus – ELE É PAI! O pai não rejeita o filho porque este fez algo errado; ele pode ficar triste, mas não rejeita. Deus é sistemático e perfeccionista, mas o que mais importa para ele é o nosso coração. Ele gosta que façamos as coisas certas, mas gosta muito mais que o amemos de todo o nosso coração!

Em Levítico 26.21,23,24a, Deus diz:

“Ora, se andardes contrariamente para comigo, e não me quiseres ouvir, trarei sobre vós pragas sete vezes mais, conforme os vossos pecados (…) Se nem ainda com isto quiserdes voltar a mim, mas continuardes a andar contrariamente para comigo, eu também andarei contrariamente para convosco…”.

Ele fala várias vezes isso, ameaçando o povo. Contudo, nesse mesmo texto ele dá a resposta para que as pragas não aumentem e tudo fique bem: “Voltai a mim!”. A chave que muda tudo não é cumprir todos os mandamentos, mas voltar a ele. Cumprir os mandamentos é apenas o resultado dessa volta. Deus tem um problema com seu povo porque o coração das pessoas não está com ele, mas, sim, voltado para outros caminhos:

“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.” (Isaías 53.6).

Deus não quer que andemos em nossos próprios caminhos, mas que nos voltemos totalmente a ele. Voltar é a coisa mais importante sobre o arrependimento. Que o Espírito Santo faça ressoar em nosso coração essa ordem divina: “VOLTE!”

Deus não está preocupado primeiramente com o pecado, mas com a nossa vida e com o que o pecado está produzindo em nós. Se o coração não é 100% para Deus, ele se torna uma fábrica de pecados! Porém, a Bíblia diz claramente que se o nosso coração for 100% para Deus raramente vamos pecar. E, quando pecarmos, temos um Advogado que é justo, que intercede por nós junto ao Juiz, que nos perdoa de todo pecado.

Nós odiamos e abominamos o pecado e, se ele já está pago, não vamos pecar; pelo contrário, vamos estar cheios da alegria de Deus e da confiança no seu amor e, por isso, vamos andar em santidade porque ele mesmo nos dará força para não pecar.

“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará.” (Oseias 6.1)

A palavra “tornar” está ligada ao arrependimento. Arrependimento não é apenas reconhecer que fez algo errado, mas que agora fará o certo; é tornar, retornar, voltar. Isso implica mudança de mente e coração. Ou seja: “Eu estava indo em outra direção, outro caminho, mas agora eu volto para Deus. Eu amo e quero somente a ele e, por isso, retorno a ele.” Isso é arrependimento! Há muitas passagens na Bíblia que falam sobre voltar e eu estou cheio de convicção de que Deus quer que voltemos para ele.

“Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus; porque pela tua iniquidade tens caído. Tomai convosco palavras, e voltai para o Senhor…” (Oseias 14.1,2ª).

Há várias coisas que podem trazer arrependimento, mas vou citar apenas duas:

a) A palavra profética

João Batista pregava arrependimento e o povo se arrependia. Isso mostra que a palavra profética traz arrependimento. Por quê? Porque ela traz a imagem correta de Deus e conserta a imagem errada dele que temos em nossa mente. Ela nos desnuda diante de Deus e tira de nós a hipocrisia, tira os esconderijos, as vestes de folhas de figueira que nos fazem achar que estamos bem (justiça própria) e não precisamos nos arrepender. A palavra profética vem para nos cortar.

Quando Jonathan Edwards pregava, as pessoas seguravam-se nas pilastras porque literalmente “perdiam o chão”. Isso acontece porque a palavra profética nos eleva ao trono de Deus e nos mostra quem ele realmente é; mostra sua justiça e bondade. Essa revelação atordoa aquele que se desvia de Deus, andando por caminhos abomináveis.

A palavra profética é muito forte e ela voltará agora, nos últimos dias. Deus enviará Elias para fazer o coração dos pais voltar aos filhos e o coração dos filhos voltar aos pais. Essa palavra produz o arrependimento! Ela vem para tirar de nós a autossatisfação e a justiça própria; ela nos traz pavor e ao mesmo tempo grande esperança, porque podemos voltar para Deus e sermos cobertos pela sua justiça e santidade. A palavra profética é a misericórdia de Deus chegando a nós!

b) A crise

Outra coisa que traz arrependimento é a crise. Se uma crise pequena não resolve, Deus envia uma maior, e assim por diante. Há pessoas que são duras, quase não choram. Mas, em algum momento de crise, elas podem entrar em desespero e, então, podemos vê-las falando em línguas, profetizando, clamando, suplicando e chorando. Isso é crise! Isso traz arrependimento!

Quando vem a crise, a pessoa tem duas opções: revoltar-se contra Deus ou voltar-se para ele. Deus não tem prazer que as pessoas passem por crises. Ele é Pai e, quando vê um filho sofrendo, sofre junto com ele. Porém, caso necessário, ele envia crises até ao ponto de a pessoa dizer: “Onde está Deus? Eu preciso de Deus! Ele não está comigo e por isso essas coisas estão acontecendo.” Então, por causa da crise, ela se volta para Deus e ele se volta para ela – e as coisas acontecem!

A palavra profética e a crise são coisas que podem produzir arrependimento e nos fazer voltar para Deus. Mas pode acontecer que essas duas coisas venham juntas. Por exemplo, você está no meio de uma crise, não sabe o que está acontecendo e alguém vem com uma palavra que o conduz ao arrependimento. Você volta, torna a Deus e ele o livra. Há também pessoas que não passam por crises, mas recebem somente a palavra e, por causa dela, se voltam para Deus.

O arrependimento não é automático

É importante entender que quando vem a crise ou a palavra profética mostrando quem nós somos, o arrependimento não é automático. Houve um profeta que disse a um rei: “Assim diz o Senhor!”, mas o rei mandou prendê-lo. Outro profeta disse ao rei Davi: “Tu és o homem!”, e ele não o prendeu; antes, refletiu e se arrependeu de seu próprio pecado. As reações são diferentes, apesar de ser o mesmo remédio. Então eu lhe pergunto: Como está o seu coração? Você se apega à sua própria justiça e às regras ou tem saudade de Deus, da sua presença e anseia por mais do Senhor? Qual é o seu termômetro? Você prenderá o profeta ou o ouvirá? Isso é sério, pois a palavra que traz vida, pode também trazer morte.

Vejamos duas respostas ou atitudes do coração das pessoas no livro de Atos.

Primeira atitude:

“Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2.36)

O texto revela que o profeta estava apontando para quem o estava ouvindo. É como se ele dissesse: “Vocês mataram o Filho de Deus, que reinará e julgará o mundo”. Ou seja, eles estavam perdidos! Mas leia os próximos versículos:

“E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração (compungir = aflitos, agoniados), e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos…” (Atos 2.37,38).

Veja que a palavra profética produziu dor, que produziu ação e mudança. Quase três mil pessoas foram batizadas porque a palavra os transformou de assassinos de Jesus em herdeiros da promessa do Espírito Santo. Eles mataram a Jesus, mas logo em seguida se arrependeram, receberam o perdão de Deus e o Espírito Santo veio morar em seus corações. Deus veio morar no coração de assassinos? Não! Os assassinos morreram no batismo e isso em poucos minutos.

Segunda atitude:

 “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.” (Atos 7.51-53)

Esse foi o forte final do discurso de Estêvão, apontando o dedo para aquelas pessoas com palavras pesadas. Qual foi o resultado?

“Ouvindo eles isto, enfureciam-se (no original = cortados) em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão.” (Atos 7.54)

A palavra de Estêvão, assim como a de Pedro, atingiu o alvo, mas essas pessoas não se arrependeram; antes, taparam seus ouvidos e o apedrejaram. Veja que a palavra profética não deixa a pessoa passiva – ou ela se arrepende ou reage contra, pois a palavra não deixa a pessoa continuar a mesma, ficar bem.

A circuncisão do coração

Quando Deus começar de fato a mover em nosso meio não será apenas algo bom, pois ele virá com uma palavra profética que fará muita coisa errada em nós vir à luz. Isso não é agradável, mas é necessário. A Bíblia chama esse processo de “circuncisão do coração”. Deus cortará tudo o que é imundo em nós e teremos, então, um coração puro, sem “agendas secretas”, e o amaremos 100%. Tudo o que nos tem deixado mornos será tirado. Isso é assustador e, ao mesmo tempo, atraente se amamos ao Senhor.

Moisés se referiu a um momento desses da seguinte forma: “Eu estou trêmulo e com medo, mas não fugirei; antes, chegarei à presença de Deus”. Quantos de nós queremos encontrar com Deus de verdade? Ele sabe toda a verdade sobre cada um de nós. Creia! Ele nos ama para valer, mas há coisas em nossas vidas que o entristecem. Precisamos nos abrir e nos preparar para quando sua palavra vier, não fugir, mas receber e abraçar essa palavra. Caso contrário, iremos nos defender, nos justificar, nos tornar perseguidores daquilo que Deus quer fazer em nossas vidas.

À medida que Jesus volta, todas as coisas começam a ser atraídas a ele. Por isso é preciso deixar que ele tire de nós tudo o que está errado. Nós mesmos não conseguimos tirar, mas ele consegue. No entanto, para isso acontecer é preciso dar-lhe permissão e dizer: “Sim, Jesus! Vai doer, mas eu aceito, porque o que eu mais quero é ser à tua imagem e não viver mais uma vida morna. Desejo uma vida incendiada por teu amor, uma vida e coração puros diante do Senhor”.

É preciso cair em si para acontecer o arrependimento

Quando Salomão inaugurou o templo (2 Crônicas 6.36,37) ele orou: “Deus, se o teu povo pecar contra ti e eles forem expulsos da sua terra e todas as pragas vierem sobre eles e eles caírem em si e voltarem o seu rosto para a tua casa, para esta terra, ouve do céu e perdoa e traga de volta”. Esse “cair em si” é a hora do arrependimento; é reconhecer que está no caminho errado e por mais que lute, que teime, que tente, não tem encontrado saída. A saída vem quando a pessoa “cai em si”.

Outro exemplo é o do filho pródigo. Ele foi caindo até precisar comer a comida dos porcos. A sua história só mudou quando ele teve uma mudança de coração, ou seja, quando caiu em si. Oremos, clamemos para que Deus não nos deixe andar pelo caminho errado por muito tempo, mas que ele nos ajude a querer mudar, a dar meia-volta, a cair em si e sermos totalmente dele.

Arrependimento vem da revelação da misericórdia e da graça de Deus

Você não consegue se arrepender se não tiver revelação da misericórdia e da graça de Deus. Não há arrependimento sem fé em Jesus. Pode ter tristeza e remorso, mas não arrependimento. Arrependimento vem quando você cai em si e diz: “Meu Pai é bom e me aceitará. Eu não mereço, mas ele me aceitará. Eu confio na sua misericórdia. Pedirei graça, porque o meu Deus é cheio de misericórdia, cheio de graça duradoura e maravilhosa.”

O Salmo 51 é o que mais claramente fala sobre arrependimento. Ele diz: “Deus, não por minhas obras, mas pela tua grande misericórdia, perdoa-me e renova em mim a alegria da tua salvação.” Ao orar assim, Davi voltou-se totalmente para Deus e, quando isso acontece, os frutos aparecem na vida da pessoa.

Arrependimento traz mudança de vida. A pessoa muda não porque prometeu mudar, mas porque o seu coração mudou. Ela muda porque sente a dor de Deus pelas coisas erradas. Quem é “escaldado” pelo amor de Deus tem pavor do pecado. Essa é a nossa proteção: se algo causar dor e tristeza em Deus eu não faço, eu rejeito, eu me arrependo, eu me afasto desse pecado! Amém!

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Respostas de 3

  1. Excelente texto. Meditação que já se faz mais que urgente, nós cristãos buscarmos com sinceridade de coração esse arrependimento que o Espírito Santo produzirá. Deus continue abençoando e inspirando os irmãos.

    1. Eu sempre sou tocado pelo Espírito do Senhor, busco de todo o meu coração um arrependimento genuíno que vem DELE pois SÓ ELE tem o poder que é único, que nos constrange, Amém. Fiquei deveras impactado com essa linda mensagem e estou confortável e edificado espiritualmente. Louvado e engrandecido seja o Nome que esta acima de todo nome. Amém.

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