25 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Catherine Booth

CATHERINE BOOTH
(1829-1890)

Como Sara, mãe de Isaque, Catherine Mumford Booth uma vez ouviu uma voz dizendo: “Eu te farei mãe de nações”. Como a mãe de oito filhos que ela enviou para servir aos aflitos, oprimidos e esquecidos, e como “mãe” do Exército da Salvação, ela possui um lugar de honra entre as grandes mulheres da fé cristã.

Afligida desde a infância por uma curvatura da coluna e, mais tarde, por sintomas de tuberculose e angina peitoral, ela nunca foi forte; mesmo assim, prevaleceu contra essas e outras grandes desvantagens. Embora admitisse que “raramente consigo me lembrar de um dia de minha vida em que estivesse livre de dor”, muitas vezes se levantava do leito para estar com multidões impacientes e esperançosas. Ela se tornou uma das mais famosas pregadoras de seu país.

Nascida em Ashbourne, Derbyshire, na Inglaterra, Catherine era filha de John Mumford, um pregador leigo, e de Sarah M. Mumford. Sua mãe ansiava por encorajar a filha no estudo do livro que ela considerava a suprema fonte de sabedoria. Foi da Bíblia que Catherine recebeu suas primeiras lições. Com apenas 5 anos de idade, ela ficava de pé, num banquinho ao lado da mãe, ouvindo-a ler de suas páginas. Antes de completar 12 anos, ela já havia lido o Livro Sagrado de capa a capa oito vezes e aprendera a orar incessantemente. Sua carreira demonstra que os fundamentos de sua fé foram alicerçados em sua juventude.

Em junho de 1855, ela se casou com William Booth. Na primeira quinzena de seu casamento, eles saíram juntos, como fizeram os apóstolos, para ensinar, pregar e orar pelos pobres e humildes.

Em 1861, William Booth começou sua carreira de evangelista avivalista independente, o que significava uma vida itinerante sem lar fixo, um curso difícil de se escolher ante as necessidades de uma família crescente.

Quando William chegou em casa e anunciou: “Kate, eu descobri meu destino”, ela percebeu que a questão do sustento diário apresentaria um problema sério, pois o trabalho deles seria entre os indigentes da região leste de Londres. Como viveriam? Sua resposta para a decisão do marido foi decisiva: “Uma vez nós confiamos no Senhor para o nosso sustento”, disse ela confiante, “e podemos confiar nele novamente”. Ela ajudou seu esposo a ter em mente que todas as coisas são possíveis para Deus, mesmo nas aparentes impossibilidades.

Assim começou a primeira missão cristã da família Booth, a semente que cresceu e transformou-se no Exército da Salvação, espalhando a fé transformadora ao redor do mundo. Não era uma tarefa fácil para Catherine Booth criar sua família quando eles iam de um lugar a outro, num serviço sacrificial. Ela, que era tão caseira, teve de viajar grande parte de sua vida. Mas ela nunca negligenciou a vida cristã dos filhos. Ela os aconselhava, zelava com sabedoria pelo seu desenvolvimento espiritual, educação e modos. Ensinou-lhes que não importa tanto o que alguém faz, mas quanto alguém ama, pois amar, ela dizia, é o cumprimento da lei. Ela era como Susanna Wesley, que ensinou os filhos a viver por um método definido, dizendo que o serviço cristão não apenas demanda treinamento para o serviço, mas também treinamento para sacrifício e consagração.

Como Ana, mãe de Samuel, ela dedicou cada um dos oito filhos, desde a infância, para o serviço de Deus. Nem todos permaneceram no Exército da Salvação, mas todos lá receberam seu treinamento e comprometeram-se pela causa do Evangelho. Seus filhos, juntamente com as suas famílias, formaram uma esplêndida lista de líderes no trabalho cristão.

Nenhuma família na história cristã recente serviu tão diligentemente ao pobre e rejeitado, ao prisioneiro e ao arruaceiro, trazendo a eles o ministério “curador” de Cristo.

Vendo os filhos crescer, assumindo grandes responsabilidades, ela declarou, como o fez Maria, mãe de Jesus: “A minha alma engrandece ao Senhor, por sua graça e verdade demonstradas aos meus filhos. Ele me concedeu o desejo do meu coração”. Sua casa era verdadeiramente uma Betel, e lá ela treinou sua família como guerreiros de Cristo.

PEPITAS DE OURO DE CATHERINE BOOTH
Catherine Booth define o treinamento dos filhos…

Observemos a palavra treinar. Ela não quer dizer meramente ensinar. Mães, se querem treinar seus filhos, vocês devem praticar o que ensinam. Devem mostrar a eles como praticar e devem, a qualquer preço, cuidar para que eles pratiquem seus ensinamentos.

Suponha que você tenha uma videira e que ela seja dotada de razão, vontade e senso moral. Você diz para o seu agricultor: “Agora, eu quero que esta videira seja treinada, isto é, ajeitada para crescer de uma maneira particular a fim de que possa produzir o maior número de frutos possível”.

Suponha que seu agricultor vá até a videira todas as manhãs e diga a ela: “Agora, você deve deixar seu galho crescer nesta direção e este outro galho crescer na outra direção; não deixe sair muitos brotos aqui, nem muitas gavinhas ali”. Tendo dito a ela o que fazer e como crescer, ele se cala e a deixa por conta própria.

Esse é precisamente o modo como muitas pessoas de bem agem com seus filhos. Mas, Senhor! A videira cresce como quer, a natureza é muito forte para mera teoria, palavras não poderão restringir sua exuberância nem conter sua obstinação. Seu agricultor deve fazer algo mais efetivo do que falar. Ele deve amarrar aquele galho onde ele deseja que cresça, deve cortar o que é supérfluo, deve podar, aparar e endireitar a videira – se ele realmente quer que se desenvolva para beleza e frutificação.

Da mesma forma, mãe, se você quer que seu filho seja treinado para Deus, você precisa podá-lo, impeli-lo e guiá-lo no caminho em que ele deve ir. Mas algumas mães dizem: “Quanto trabalho!” Ah, é exatamente por isso que muitos pais falham; eles temem o trabalho. Mas se você não temer o trabalho de treinar “Carlinhos” enquanto ainda é um garotinho, ele lhe dará muito menos trabalho quando for grande!

Extraído da publicação À Maturidade, número 26, primavera de 1994.

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Decisão Corajosa

Há mais de 24 anos, Pâmela e o marido Bob estavam servindo ao Senhor como missionários nas Filipinas e orando por um quinto filho quando ela contraiu disenteria amébica, uma infecção do intestino causada por um parasita encontrado em alimentos ou água contaminada.

O estado dela ficou muito grave, e ela entrou em coma, sendo necessário tratá-la com antibióticos muito fortes. Foi depois disso que descobriram que ela estava grávida!

Os médicos, então, aconselharam-na a abortar o bebê, pois os remédios teriam causado dano irreversível ao feto. Porém, Pâmela recusou-se, citando sua fé cristã como fonte de esperança de que o filho nasceria sem os severos danos e incapacitações que os médicos estavam prevendo.

Durante a gravidez, Pâmela quase perdeu o bebê quatro vezes e, mesmo assim, recusou-se a considerar a possibilidade de abortar. Ela se lembrou de que havia feito uma promessa a Deus, junto com o marido: se o Senhor nos der um filho, lhe daremos o nome de Timóteo e faremos dele um pregador.

Nos últimos dois meses da gravidez, Pâmela precisou ficar de repouso o tempo todo. Porém, no dia 14 de agosto de 1987, ela deu à luz um filho perfeitamente saudável.

O filho mais jovem do casal, de fato, tornou-se um pregador. Como os demais irmãos, ele foi educado em casa pela mãe, no sistema de home-schooling (ensino doméstico) para poder ter mais oportunidade de incutir nos filhos princípios cristãos e não ser refém do sistema educacional que ensina princípios contrários.

Pelo menos por enquanto, ele não é um pregador de púlpito, embora tenha anunciado Jesus em cadeias, feito visitas a hospitais e acompanhado o ministério do pai nas Filipinas. Porém, ele se tornou famoso por anunciar Jesus em outro lugar: nos campos do futebol americano, onde é jogador profissional.

O nome dele é Tim Tebow e, além de ser um excelente jogador (ganhou o Prêmio de Melhor Jogada num jogo decisivo da NFL), ele tem usado sua influência e fama para falar de sua fé. Quando jogava nos times colegiais, costumava pintar versículos bíblicos abaixo dos olhos. Quando seu time conquistou um campeonato em 2009, ele usou a referência bíblica João 3.16 nos olhos. Dentro de 24 horas, a busca no Google pelo versículo registrou mais de 90 milhões de solicitações. Outra prática dele é ajoelhar-se e orar no campo antes e depois dos jogos. Ele tem sido duramente criticado pela imprensa por essas práticas.

Relato publicado originalmente no jornal Gainesville Sun, em 6 de dezembro de 2007.

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