Imagine-se embarcando em uma espaçonave e viajando a uma velocidade incomum em direção a outro sistema solar a bilhões de anos luz. Um planeta, em particular, chama sua atenção, o que o leva a aterrissar e investigá-lo. Em pouco tempo você descobre que a quantidade de oxigênio disponível no planeta é compatível com a necessidade humana, então decide explorar o planeta em busca de alguma forma devida inteligente.
A princípio você apenas observa uma paisagem parecida com a de um deserto árido.Não parece haver nenhuma forma de vida. Continuando sua expedição em busca de algo que prove a existência de vida inteligente você nota uma pequena estrutura. À medida que se aproxima dela, você a reconhece como sendo algum tipo de habitação. Embora esteja desocupada, ela tem janelas, uma porta e um telhado inclinado. Depois de observar cada detalhe cuidadosamente, você continua sua caminhada.
Logo você se depara com uma estrutura semelhante à anterior, um pouco maior, mas constituída dos mesmos componentes básicos e com design semelhante. Um pouco mais adiante, observa-se um número crescente de edif ícios,com estruturas mais complexas. Alguns deles apresentam várias portas, vários pisos e lances de escadas entre eles.
Finalmente você chega ao que parece ser uma cidade. As habitações estão sistematicamente posicionadas ao longo de uma rodovia. Alguns edifícios apresentam grandes detalhes em complexidade, diferente de tudo o que você observara até agora. Cada um com um estilo distinto. Muitas das estruturas parecem ter o propósito singular de causar um impacto visual.
No momento em que você chega ao centrada cidade, edifícios gloriosamente enfeitados o cercam. Você continua tomando notas esperando não perder nenhum detalhe desta incrível expedição espacial. Enfim, você decide voltar para a espaçonave.
No seu caminho de volta a frustração começa a tomar conta de sua mente. Que triste pensar que depois de tantas descobertas fascinantes, você ainda teria que ir para casa e relatar que nenhum sinal de vida foi observado naquele planeta.
Seria incrível que alguém chegasse a tal absurda conclusão. Apesar de não ter sido observado fisicamente nenhum tipo de vida naquele planeta, é evidente que algum tipo de ser inteligente teria vivido naquele lugar. Qualquer um que duvida desse fato teria que ignorar o que a maioria consideraria ser evidência óbvia e insuperável. Construções implicam em construtores. No exemplo acima é obvio, mas será que é sempre simples chegar a essa conclusão?
A resposta a essa pergunta propõe um grande debate. E é nesse contexto que a controvérsia da Seleção Natural x Criador se desenrola. Mesmo antes do tempo de Darwin e de suas teorias de seleção natural, um clérigo anglicano do século XIX, William Paley, escreveu inúmeros artigos na defesa da evidência natural de um Criador Superior. Embora seus artigos tenham sido tremendamente respeitados em seus dias, suas idéias foram posteriormente ridicularizadas pela comunidade científica.
Em um de seus mais conceituados trabalhos, “Teologia Natural” (Natural Theology), Paley escreve: “Cruzando uma estrada, suponha que eu tenha batido meu pé contra uma pedra, e que me foi perguntado como aquela pedra veio a estar lá. Eu poderia responder, possivelmente, que ela sempre esteve lá… Mas suponha que eu tenha achado um relógio na mesma estrada, e que tentasse descobrir como o relógio foi parar naquele lugar. Obviamente eu não poderia pensar na mesma resposta que foi dada em relação à pedra. Mas por que esta resposta não poderia servir para o relógio da mesma forma que serviu para a pedra?… Ao inspecionarmos o relógio, percebemos suas várias partes emolduradas, reunidas e ajustadas com um só propósito: apontar a hora do dia. Se essas partes fossem reunidas de modo diferente, não obteríamos o mesmo resultado… A conclusão que nós chegamos é inevitável. O relógio deve ter tido um fabricante que compreendeu sua construção e projetou seu uso.”
Cientistas mais recentes sentiram grande prazer em tentar refutar a idéia de Paley. “O argumento usado por ele foi feito com sinceridade apaixonada e estava fundamentado nas melhores pesquisas biológicas de seus dias, mas está errado. Gloriosamente e totalmente errado…” declara o evolucionista Richard Dawkins. Alguns dos mais conceituados cientistas da atualidade, porém, ainda não descartam os artigos de Paley. “Quem realmente respondeu satisfatoriamente sua indagação?”, pergunta o bioquímico Michael Behe. “Como um relógio pode ser produzido sem um fabricante?” É surpreendente o fato de que o argumento principal de um desacreditado clérigo do século passado nunca pôde ser refutado.
Nem Darwin, nem Dawkins, nem a ciência, nem a filosofia, ninguém conseguiu explicar como um sistema complexo, tal como um relógio, pôde vir a existência sem que alguém o tenha projetado.
Fred Hoyle, um dos maiores astrônomos e matemáticos do mundo, cujos estudos, ao contrário de Paley, não foram influenciados por sua fé em Deus, chegou a uma conclusão pura e estrita mente matemática que a existência de um sistema complexo implica na exis tência de um criador que o tenha projetado Até mesmo o ser vi-vente mais simples é extremamente complexo. E calculando a probabilida de de um ser como este vir a existir por acaso, obtêm-se o resultado de 1 em 1040.000 (isso quer dizer 1 seguido por 40.000 zeros). Os matemáticos consideram qualquer valor maior que 1050 uma impossibilidade total.
Hoyle, apesar de evolucionista e agnóstico, foi obrigado a concluir que “uma interpretação de senso comum destes fatos sugere a existência de um super intelecto e que não existe explicação plausível da física, nem da química ou biologia do universo através das forças cegas da natureza”.
Outro associado dele escreveu que as chances da vida ter surgido na Terra por acaso são tão remotas quanto as de um furacão passar por um depósito de sucata e produzir um Boeing 747.
Hoyle também fez cálculos matemáticos com um colega sobre a possibilidade de terem surgido até mesmo as substâncias químicas mais simples necessárias para a vida. Mesmo acreditando que a Terra teria bilhões de anos de existência, não seria tempo suficiente para a evolução desses processos. Da mesma forma, a origem dos genes não teria explicação. Mutação de genes não ocorrem com suficiente freqüência para justificar a origem das centenas de milhares de genes que existem. E, de acordo com eles, seria absurdo achar que as mutações aleatórias poderiam jamais produzir genes capazes de escrever as sinfonias de Beethoven e as peças de Shakespeare.
A única coisa que a seleção natural resolve é eliminar os não adaptáveis, ou os menos favoráveis, mas não explica a origem daqueles que são mais adaptáveis ou capazes de sobreviver. Até cientistas incrédulos estão chegando à conclusão de que a única explicação racional é um criador ou projetista inteligente.
Enquanto muitos ainda permanecem em suas infundadas teorias darwinianas, os cristãos já conhecem a resposta a muito tempo. As Escrituras proclamam: “Porque toda casa é edificada por alguém, mas quem edificou todas as coisas é Deus” (Hb 3.4). Toda a forma de vida existe, não por acaso, mas pela habilidosa mão de Deus que declara: “Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta, e a oliveira; e porei no ermo juntamente a faia, o olmeiro e o buxo; para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso, e o Santo de Israel o criou” (Is41.19,20). E ainda: “Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu, não a criando para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor e não há outro.”(Is 45.18).
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Para os crentes, Deus está no principio de todas as coisas. Para os cientistas, no final de cada reflexão.
Max Plank, físico alemão