Por Ezequiel Netto
O fim do mundo sempre despertou interesse na mídia em geral. Os fatos que eram apenas previsões para um futuro distante agora fazem parte de nossos problemas diários. Os ecologistas vêm trabalhando com estimativas das possíveis catástrofes decorrentes do aquecimento global causado pelo efeito estufa na Terra. Esse fenômeno é provocado pela imensa quantidade de gases poluentes acumulados na atmosfera, produzidos principalmente pela queima de combustíveis em indústrias e veículos. Até mesmo o gás produzido pelo intestino dos bovinos tem sido incriminado como causa desta poluição ambiental.
Esse fenômeno também vem sendo explorado por muitos filmes de cinema, e notícias como o aquecimento global, inundações, inversão térmica (onde era quente, agora faz frio; onde era frio, agora temos calor intenso) são conhecidas e experimentadas por uma grande parte da humanidade. Em 2006, o quase esquecido Al Gore (vice-presidente de Bill Clinton e candidato derrotado por George W. Bush nas eleições de 2000) ressurge com um filme “Uma Verdade Inconveniente”, cheio de evidências científicas e previsões catastróficas, abordando o derretimento de geleiras, desaparecimento de grandes cidades e transformações irreversíveis no planeta Terra nos próximos dez anos.
O efeito estufa atual nos afeta também por estar relacionado com outros fatores, como a poluição (que é prejudicial a todos os seres vivos), as alterações climáticas (aquecimento global, com derretimento das geleiras, alterando o movimento dos ventos e marés, afetando o ritmo das chuvas e períodos de seca) e também a destruição da camada protetora de ozônio sobre a atmosfera, permitindo a passagem de raios prejudiciais à saúde.
O Efeito Estufa Original
O leitor poderá ficar surpreso ao saber que no início da criação, de acordo com o relato bíblico, já havia um efeito estufa produzido pelo próprio Deus, que projetou uma camada de vapor d’água em torno de toda a terra. A diferença é que era uma estufa benéfica ao planeta.
Não é difícil compreender esse fenômeno quando observamos as estufas agrícolas, usadas principalmente em regiões de clima muito frio, para proteger a plantação de hortaliças, flores, cogumelos e plantinhas jovens. Essas estufas utilizam um material plástico para proteção e cobertura e são usadas no controle da temperatura e umidade, iluminação e insolação e controle do teor de O2 e CO2, para incrementar a produtividade e encurtar o ciclo produtivo, aumentando o número de colheitas por ano.
Veja o que a Bíblia nos diz sobre este fenômeno:
“E disse Deus: Haja firmamento [atmosfera] no meio das águas, e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento [oceanos, rios e lagos] e as águas sobre o firmamento. E assim se fez” (Gn 1.6).
“… o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra… Um vapor subia da terra e regava toda a superfície do solo” (Gn 2.5,6).
[Deus] “prende as águas em densas nuvens, contudo as nuvens não se rasgam sob o seu peso” (Jó 26.8).
O segundo dia da criação foi caracterizado pela separação das águas, quando Deus manteve uma quantidade de água cobrindo toda a superfície da Terra e formou um envoltório de vapor circundando todo o planeta. Essas águas eram separadas por um espaço chamado de firmamento. A camada de vapor que circundava toda a Terra teria produzido um meio ambiente muito favorável à vida. Como uma imensa estufa agrícola, o planeta era regado pelo orvalho e subordinado à umidade, saturação e condensação da água (não chovia e há indícios de que não sopravam ventos na mesma proporção de hoje).
Evidências Científicas
Algumas evidências científicas apontam para esse fato, sugerindo que a temperatura do planeta provavelmente seria a mesma de um pólo ao outro, como em uma estufa agrícola:
• Presença de fósseis de vegetação tropical englobados pelas geleiras, como também no deserto do Saara, no deserto australiano, no Atacama chileno e nas regiões do oeste americano; um bosque completo foi encontrado petrificado próximo ao pólo sul;
• O Canadá, um país que hoje tem 90% de sua superfície congelada, possui uma camada de carvão de 13 mil pés em seu subsolo (significando que anteriormente havia uma imensa floresta nesta região);
• Muitas folhas de palmeiras foram encontradas no pólo norte e na Sibéria (mostrando a existência de floresta tropical nesta região);
• Os dinossauros só poderiam sobreviver com uma vegetação abundante em todo o planeta;
• Fósseis de animais de clima tropical como leões, tigres, elefantes, camelos, rinocerontes são encontrados em abundância não somente nas regiões onde vivem atualmente, mas ao redor de todo o mundo;
• Recifes de corais de águas quentes são encontrados no subsolo do Pólo Norte e da Antártida.
Esse fenômeno também acontece atualmente no planeta Vênus que, por causa desse Dossel (a camada protetora também pode ser chamada dessa forma), fica protegido da radiação solar e tem suas temperaturas nos pólos norte e sul muito próximas às da linha do Equador. É por causa do efeito estufa que sua temperatura é maior que a de Mercúrio, que está a mais que o dobro de distância do Sol.
Estufa no Início e no Fim
Com o dilúvio, essa dinâmica climática na Terra foi alterada completamente, pois a proteção de vapor foi desfeita. Em 2 Pedro 3.6,7, temos uma idéia desse fato, quando fala do mundo na época do dilúvio e, também, dos céus e da terra que existem agora, dando a entender que a natureza daquela época era diferente da atual. Apesar de não ser aceito no meio científico, como também não o era na época de Noé (até mesmo pelo fato de nunca haver chovido na Terra e Noé falar de uma chuva de proporções catastróficas), um dilúvio global explica perfeitamente a relação entre o que observamos atualmente na Terra e o que é encontrado nos fósseis. A temperatura nos pólos caiu bastante, dando origem às geleiras e matando as florestas. Os dinossauros (que precisavam de grandes quantidades de alimentos) foram morrendo. O homem passou a viver menos. Mas tudo isso trataremos num próximo artigo desta série.
Se o efeito estufa antes do dilúvio foi criado por Deus e era tão benéfico à Terra, por que em nossos dias nos causa tanto temor e prejuízos, sendo citado como possível responsável pela destruição do planeta? Não podemos esquecer que atualmente ele é causado pela poluição ambiental, por gases tóxicos das indústrias, pelo desmatamento, e não pelo vapor d’água de uma Terra jovem. Uma coisa é ficar em uma sauna úmida e outra bem diferente é ficar em uma sala cheia de fumaça de caminhão. O homem, por causa do pecado, faz coisas contrárias à natureza, e isso faz com que sofra conseqüências maléficas (Rm 1.26), prejudicando também toda a criação, que está sujeita à vaidade do homem e suporta angústias até agora (Rm 8.19-22).
No princípio, Deus criou tudo de forma perfeita, mas, por causa do pecado, aconteceu o dilúvio, uma intervenção divina na história da humanidade, trazendo todas as conseqüências da escolha do homem em não andar de acordo com as leis espirituais e naturais de seu Criador. Atualmente estamos chegando ao limite máximo dos problemas causados por nossos erros. As profecias bíblicas comparam o fim dos tempos com os dias de Noé e o dilúvio e falam do dia do Senhor – uma nova intervenção de Deus na história da humanidade, trazendo redenção e salvação para uns e juízo para outros. Virão novos céus e nova Terra (2 Pe 3.13), e até mesmo a natureza anseia por este dia (Rm 8.19-22). Há 2 mil anos, Jesus Cristo abriu a porta da arca. Em pouco tempo ela será fechada. De que lado você quer estar?
Fontes:
www.wikipedia.org
www.biosystem.agr.br
www.scb.org.br
“Dilúvio: lenda ou fato?”, por Michelson Borges
“El dilúvio de Noé”, por Dawlin A. Ureña
Uma resposta
Sou Viviane ,me edifica muito, muito saber, saber que Deus está presente cuidando de sua criação.