Por Charles P. Schmitt
De acordo com Paulo, “devem ser considerados merecedores de dobrada honra os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Tm 5.17,18).
A primeira honra que os presbíteros (líderes de uma congregação local, como pastores e mestres) merecem é a honra do respeito. Paulo ensina aos tessalonicenses: “Agora vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós, e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração por causa do trabalho que realizam” (1 Ts 5.12,13).
No momento em que o Corpo não apreciar e estimar profundamente os seus presbíteros, haverá rompimento, desarmonia e outras investidas do inimigo. Isto não quer dizer que os presbíteros sejam perfeitos, nem que não cometam erros. Simplesmente devemos apreciá-los e estimá-los grandemente em amor por causa do seu trabalho. (Um presbítero pode até ser enlaçado num pecado, mas Paulo ensina como cuidar de tal problema em 1 Tm 5.19,20).
Israel talvez seja o exemplo mais nítido de como confusão e rompimento entram na família de Deus no momento em que o povo murmura contra seus líderes. Moisés e Arão não eram homens perfeitos nem isentos de erros. E suas imperfeições deram ocasião para que os rebeldes de coração viessem contra estes que eram as autoridades constituídas por Deus.
São sempre as imperfeições dos servos de Deus, e não as suas virtudes, que põem à prova o que realmente existe nos nossos corações. Se não tivermos quebrantamento de espírito, aproveitaremos as imperfeições dos servos de Deus para nos opormos à sua autoridade em Deus. E Israel fez isso repetidas vezes (Nm 16.3,13,41).
A lição que Deus deu como resposta, da vara de Arão que floresceu, é simplesmente que o próprio Senhor justificará o homem a quem ele delegou a sua autoridade. Se a autoridade de Deus estiver sobre um homem, este não precisa se defender. Deus lhe dará testemunho ao fazê-lo frutífero (Nm 17.5,8).
Salmo 106.32,33 contém uma advertência solene tanto aos presbíteros de Deus como ao povo de Deus. Israel “enfureceu ao Senhor também nas águas de Meribá, de forma que sucedeu mal a Moisés por causa deles; pois provocaram o espírito de Moisés, levando-o a falar imprudentemente com seus lábios” (tradução da versão Amplificada em inglês). Moisés por si mesmo teria ido bem. Ele teria herdado a terra prometida. Mas perdeu a herança porque permitiu que seu espírito fosse atingido e provocado pela rebeldia e murmuração do povo de Deus.
Quantos líderes com futuros promissores estão hoje naufragados nas águas de desânimo e desespero porque foram provocados pelas críticas desgastantes e pelas resistências do povo de Deus! Não há dúvida nenhuma de que o povo de Deus pode tanto formar como destruir um líder. E o Senhor responsabiliza o povo pelo tratamento que dá aos seus líderes. É por isto que somos admoestados a honrar aqueles que Deus tem posto sobre nós no seu reino.
Extraído de “Governo na Igreja Local”, Charles Schmitt, Worship Produções. Para solicitar este livreto, ligue para (19) 3462 9893, ou acesse www.revistaimpacto.com.br.
Uma resposta
Muito bem esse conteúdo, maravilhoso!