Por: Nancy Leigh DeMoss
Duas vezes, no livro de Hebreus, somos exortados a considerar, contemplar, examinar atentamente o exemplo de Jesus (Hb 3.1 e 12.3).
Observe abaixo alguns fatos importantes na vida de Jesus, estude e medite nas referências:
1. Antes da criação, Jesus estava com o Pai como o Verbo, em perfeita união. (Jo 1.1,2).
2. Na criação, Jesus concordou com o Pai e cooperou com ele em perfeita harmonia.
“Façamos o homem…” (Gn 1.26). Veja também João 1.3,10; Hebreus 1.2; Colossenses 1.16; Provérbios 8.29,30. Observe especialmente a descrição em Provérbios 8 da alegria que Jesus, representado pela Sabedoria, tinha durante o projeto da criação junto com o Pai.
3. Na encarnação, Jesus veio ao mundo, não para desenvolver um projeto próprio, mas para fazer a vontade do Pai.
“Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade….” (Jo 6.38).
“Eis aqui estou… para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.7).
Ele estava dizendo: “Não tenho agenda própria. Não tenho planos. Não estou dirigindo minha própria vida. Vim para fazer a vontade daquele que me enviou. É por isto que estou aqui.”
4. Como filho, era submisso aos pais (Lc 2.51).
5. Na tentação, não cedeu a Satanás para conseguir controle ou domínio para si mesmo, mas afirmou a dependência e a adoração a Deus (Mt 4.4,10).
6. Todo seu ministério na terra foi desenvolvido em dependência e submissão total ao Pai.
“O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai” (Jo 5.19).
“O meu ensino não é meu, e, sim, daquele que me enviou” (Jo 7.16).
“Nada faço por mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou” (Jo 8.28,29).
Veja também: João 8.42; 14.10, 31.
7. Antes de sua maior crise de angústia e sofrimento, dispôs-se a servir aos seus discípulos, lavando-lhes os pés (Jo 13.1-16).
8. Sabendo que o caminho que o Pai lhe havia determinado significava ir para Getsêmani e a cruz, ele aceitou o maior desafio à sua própria vontade que homem algum havia ou haveria de enfrentar.
“Contudo, assim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui” (Jo 14.31).
“Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e, sim, a tua” (Lc 22.42).
“Tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.7,8).
“Por isso o Pai me ama,porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (Jo 10.17,18).
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós” (2 Co 5.21).
9. Na cruz, seu último ato antes de entregar o fôlego, foi inclinar a cabeça, simbolizando o final de uma vida inteira de entrega (Jo 19.30).
10. A atitude que caracterizou toda sua vida e sua disposição de entregar-se à vontade do Pai pode ser definida como “abrir mão de seus direitos”.
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Fp 2. 5,6, NVI). Outra tradução diz que ele “não se apegou aos seus direitos como Deus”.
11. Como resultado de sua perfeita obediência e entrega, o Pai o exaltou acima de todo nome (Fp 2. 9,10).
12. Quando Jesus voltar como o Filho exaltado e reconhecido, ele ainda haverá de se cingir como servo e servir àqueles que lhe foram fiéis (Lc 12.37). Que chocante!
13. Depois que todos os reinos do mundo passarem a ser do nosso Senhor e Cristo (Ap11.15), ele ainda haverá de demonstrar sua total e perfeita rendição ao Pai, entregando tudo que recebeu a ele (1 Co 15.24,28).
O que faremos diante de todas essas coisas? Temos duas respostas corretas: adorar a este Jesus inigualável e tornar-nos servos semelhantes a ele (veja Filipenses 2.5,10,11)!