Por: Charles Spurgeon
Tudo é Vaidade
Nada pode satisfazer a totalidade do ser do homem a não ser o amor do Senhor e o próprio Ser do Senhor. Alguns salvos já tentaram ancorar em outros abrigos, mas foram expulsos de tais refúgios fatais. A Salomão, o mais sábio dos homens, foi permitido fazer experiências por todos nós, e fazer em nosso lugar o que nós mesmos não devemos ousar fazer.
Este é o seu testemunho em suas próprias palavras: “Assim me engrandeci, e me tornei mais rico do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E tudo quanto desejaram os meus olhos não lho neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; pois o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e isso foi o meu proveito de todo o meu trabalho. Então olhei eu para todas as obras que as minhas mãos haviam feito, como também para o trabalho que eu aplicara em fazê-las; e eis que tudo era vaidade e desejo vão, e proveito nenhum havia debaixo do sol” (Ec 2.9-11).
“Vaidade de vaidades, tudo é vaidade.” O quê? Tudo é vaidade? Ó monarca privilegiado, não existe nada em toda a sua riqueza? Nada em todo aquele vasto domínio que se estende do rio até o mar? Nada nos seus gloriosos palácios? Nada na casa da floresta do Líbano? Em toda a sua música e danças, vinho e luxo, não existe nada? “Nada”, ele diz, “a não ser canseira de espírito”. Este foi o seu veredicto depois de haver experimentado todos os prazeres possíveis.
Poder abraçar nosso Senhor Jesus, habitar no seu amor, e estar plenamente seguro da união com ele – isto é tudo que existe. Querido leitor, você não precisa experimentar outros estilos de vida para ver se são melhores que o do cristão: se vagar pelo mundo inteiro, não verá nenhuma vista comparável à visão da face do Salvador; se pudesse gozar de todos os confortos da vida, se perder seu Salvador, você se sentiria miserável; mas se você ganhar a Cristo, então mesmo que apodreça num calabouço, você acharia que é o paraíso; mesmo que você viva na obscuridade, ou morra de fome, você ainda ficaria satisfeito com o favor e a bondade do Senhor.
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Alguma coisa ou tudo?
Alguém perguntou a Robert Chapman de Barnstaple, um grande amigo do falecido George Muller de Bristol:
“Você não aconselharia os jovens cristãos a fazerem alguma coisa para o Senhor?”
“Não”, foi a resposta, “eu os aconselharia a dar tudo para o Senhor”.