Por: Conselho Editorial
Há alguns anos, na cidade de Porto Alegre, um irmão tomou um táxi e observou que havia nele um adesivo com um versículo bíblico.
“Você é cristão?”, perguntou-lhe o passageiro. “Faz parte de alguma igreja aqui?”
“Faço parte da maior igreja do mundo”, o taxista respondeu. “Sou um desviado!”
Para ele, sem dúvida, era uma espécie de consolo amargo saber que não estava sozinho no seu naufrágio espiritual; inúmeros outros se acham por todos os caminhos das nossas cidades, do nosso país – amargurados, desiludidos, fracassados, feridos ou endurecidos.
Para a igreja, entretanto, tal resposta serve de dura chacoalhada diante do exuberante otimismo prevalecente nos meios evangélicos, por causa da explosão numérica nas igrejas. Seria possível que chegamos a tal fixação em números e resultados que nosso coração nem se sente tocado pelos caídos e feridos, tendo em vista que rapidamente conseguimos colocar outros nos seus lugares?
E qual seria a causa de tão grande evasão? O que estamos fazendo de errado? Estamos oferecendo algo que atrai as pessoas, mas que depois causa decepção quando descobrem que não tínhamos o verdadeiro produto que vieram encontrar?
E o que pensar daqueles que não fazem parte de igrejas, mas não abandonaram ao Senhor?
Esperamos que as matérias desta edição nos ajudem a encontrar respostas, não teóricas, mas práticas, para estas perguntas. Não leia os artigos para satisfazer sua curiosidade ou desejo de adquirir conhecimento; antes, procure sinceramente se oferecer a Deus como parte da solução deste grande desafio que está diante de todos nós. Afinal, é o meu irmão e o seu que está caído à beira do caminho!