Por Conselho Editorial
Se fomos bem-sucedidos com a capa desta edição, o leitor já começou a pensar sobre o significado do nosso tema desde a hora em que olhou para as duas coroas e tentou relacioná-las com as frases. A nossa missão, como meio de comunicação direcionado para a igreja de Jesus, onde quer que ela esteja, é provocar os cristãos a pensarem – a partir da capa!
O que quer dizer isto – devolver a igreja para o seu dono? Será que a igreja já não pertence ao Senhor? O que temos feito para trocar a coroa de espinhos por uma coroa de honra e exaltação humanas? Será que os títulos que usamos dentro da igreja têm contribuído para que o homem tome o lugar que pertence a Jesus? Que outras atitudes estão impedindo o Senhor de ser, de fato, o nosso Rei?
E se o homem abdicar o trono na igreja, será que não vai acontecer algo pior? Geralmente, no início pelo menos, o homem acha que precisa sentar-se no trono para proteger o povo de Deus de heresias, anarquia e falta de direção. Quais são os perigos quando não se reconhece a liderança de Deus através de instrumentos humanos?
Enquanto estávamos preparando esta edição, mais um escândalo veio à tona, não do meio político, mas dentro da igreja. Qual deve ser nossa reação, nossa atitude, nossa defesa para que tais coisas não venham destruir-nos também?
Não estamos sugerindo respostas simplistas ou legalistas. Aliás, nem estamos oferecendo respostas prontas. Estamos pedindo que o leitor leia, que reflita, que estude e que pondere sobre as questões levantadas e sobre as implicações para a nossa prática de igreja hoje.
E lembre-se: pensar não significa criticar, separar-se, destruir. Encontrar falhas, descobrir em que pontos estamos atrasando a volta do Senhor – eis uma tarefa relativamente fácil. Difícil é juntar humildade ao discernimento, paciência a um espírito incomodado, paixão pela unidade à busca pelo elevado padrão divino.
Diante de tamanho desafio, somente a presença e atuação verdadeira do Espírito Santo em nosso meio! Que possamos nos render a ele e devolver-lhe, de fato, a direção das nossas vidas e o seu devido lugar na igreja!