Por: Ezequiel Netto
Introdução
Nunca foi tão forte no meio cristão a expectativa para a manifestação de um grande mover profético em toda a terra. Várias figuras bíblicas apontam para este fato:
• Festa das Trombetas (Lv 23.24; Nm 29.1). Havia três festas principais em Israel: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. Durante a sua história, a igreja já experimentou o cumprimento das festas da Páscoa e do Pentecostes (morte e ressurreição de Jesus, nosso cordeiro pascal, e a vinda do Espírito Santo, cinqüenta dias depois), faltando, agora, apenas a última, que é a dos Tabernáculos. Esta terceira festa, na verdade, era dividida em três partes: Trombetas, Expiação e Tabernáculos. A Festa das Trombetas aponta para o Dia da Expiação, quando o povo era santificado para encontrar com o Senhor no Santo dos Santos, representado pelo sumo sacerdote; este evento é figura dos profetas que serão levantados e tocarão suas trombetas, convocando todo o povo para se preparar para o juízo de Deus, que primeiro vem sobre a casa de Deus, pois Jesus virá se encontrar com um povo santificado.
• Ministério de Elias (Ml 4.5,6). Assim como João Batista veio proclamar a necessidade de arrependimento e santificação – pois o Rei estava chegando – nestes dias Deus enviará pessoas para profetizarem na “unção e poder do Único Deus” (significado da palavra Elias), conclamando a igreja para o Dia do Senhor.
• As duas testemunhas de Apocalipse 11.3-13 (representando o ministério profético e o ministério da Palavra), o Filho Varão de Apocalipse 12.1-6, que está sendo gerado pela igreja (a mulher com dores de parto) e os 144.000 que foram selados (Ap 7.1-8; 14.1-6). Todas estas figuras falam do mesmo mover, e o fato das 144.000 testemunhas procederem de todas as tribos mostra que o único dono deste mover será o próprio Deus, e que o mesmo não ficará restrito a nenhum segmento individual de sua igreja.
A verdade é que Deus está para liberar, como nunca houve anteriormente, uma grande onda profética que percorrerá todo o nosso planeta, primeiramente para despertar a igreja, e depois enviando-a ao mundo com uma unção também nunca antes experimentada.
Assim como o preconceito legalista dos judeus em relação ao sábado não podia restringir o ministério de Jesus, a teologia atual não tem impedido o Espírito Santo de operar em muitas igrejas conservadoras, que acreditam que os dons espirituais operaram até a morte dos apóstolos, até o encerramento do cânon do Novo Testamento. Isto vem cumprindo o que disse Pedro em Atos 2, quando relaciona a profecia de Joel com os últimos dias:
E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão (At 2.17-18).
Não somente profetas, mas pessoas de todas as idades, classes e denominações, vêm recebendo revelações e falando palavras inspiradas por Deus, que não são fruto da sabedoria humana. Isto é apenas o início de tudo o que ainda está para acontecer.
Os profetas são os olhos do povo (Is 29.10), sendo este ministério de suma importância no caminhar da igreja. Atualmente, pelo fato de não convivermos com a atuação deste ministério na maior parte do corpo de Cristo, muitos já se acostumaram a andar tateando, usando os pés ou as mãos para “ver”, ou até mesmo uma bengala. É como se você estivesse em uma sala escura, não podendo enxergar com os olhos; o único jeito é ir tateando de forma que “veja” com as mãos ou os pés. Por isso os olhos não podem dizer para as mãos (os que realmente vão pegar no pesado), que não precisam delas (1 Co 12.21). Mas chegou a hora em que Deus não quer mais ouvir orações pedindo bengalas novas ou mais capacidade para ler livros em Braile. Como em Marcos 10.51, Ele quer restaurar-nos a visão!
Equilíbrio Entre as Duas Asas
Em Mateus 22.29, Jesus afirma que as pessoas erram por não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus. Hoje temos grupos que só conhecem as Escrituras e outros que só conhecem o poder de Deus, gerando vários tipos de erros. Apesar de muitos acharem que, por já termos a palavra escrita, não precisamos mais do ministério profético ou dos dons espirituais, a própria Bíblia traz outra orientação acerca deste fato. Uma passagem interessante que mostra este princípio está em Deuteronômio 28.1:
Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.
Mesmo com a lei escrita, onde estavam estabelecidos detalhes específicos quanto ao relacionamento que deviam ter com Deus, com o próximo e com as nações ao redor, o povo foi exortado a ouvir a voz do Senhor. Em João 10.4, Jesus disse que suas ovelhas conhecem a sua voz (não apenas o seu livro). Não podemos enfatizar demais nem uma, nem a outra corrente. A igreja precisa de equilíbrio nesta área.
Um fato que também está acontecendo em ritmo acelerado é que Deus vem unindo estas duas correntes, pois pessoas que conhecem bem as Escrituras precisam da ajuda daqueles que são familiarizados com o poder de Deus e o mover profético, e vice-versa. Esta união trará maturidade no caminhar da igreja.
Neste contexto, surge o ministério do mestre, como figura importante no treinamento desta nova geração que será levantada, já em nossos dias, para proclamar com unção a palavra de Deus. Estes profetas não surgirão já com uma palavra de nível elevado para um grupo de pessoas, uma cidade ou até mesmo para uma nação. Começarão com os dons proféticos, ministrando uns aos outros para edificação, encorajamento e consolo (1 Co 14.3). Depois, com suas asas bem treinadas, voarão como águias. Bem mais alto do que o ninho de onde foram criados. E é sobre este treinamento que gostaria de trazer algumas informações básicas neste artigo.
Necessidade de Treinamento
Faz parte de um consenso geral que as pessoas precisam de treinamento para exercer seus ministérios na casa de Deus. Para o ministério profético, contudo, temos dificuldades em aceitar alguém que não atue com total perfeição desde o início, e não aceitamos que cometa erros em suas palavras. Por causa de erros cometidos por aqueles que participam do ministério profético, muitas igrejas acabam rejeitando-o totalmente (será que estamos dispostos a acabar também com o ministério pastoral, já que alguns pastores vêm cometendo erros?).
O Novo Testamento deixa claro que haveria erros e orienta aos líderes que “tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem” (1 Co 14.29). Uma orientação semelhante é dada aos tessalonicenses: “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1 Ts 5.19-21). Sendo assim, devemos compreender que o profeta atual, por mais impactantes que sejam suas palavras, conhece em parte e também profetiza em parte (1 Co 13.9).
No Antigo Testamento, os profetas falavam as próprias palavras de Deus com autoridade divina absoluta. Só erravam intencionalmente, quando falavam coisas que Deus não havia dito. No Novo Testamento, somente os primeiros apóstolos exerciam este nível de autoridade. As demais pessoas fazem um relato humano (às vezes parcialmente equivocado) do que o Espírito Santo traz à sua mente (The Gift of Prophecy, Wayne Grudem).
Devido a esta subjetividade relacionada ao ministério profético (quando se diz que o Senhor falou isto ou aquilo, na grande maioria das vezes, não se ouviu uma “voz” propriamente dita, mas algo no interior), cabe às pessoas proféticas a humildade de andar junto de outros ministérios – como o de mestre, que contribuirá trazendo equilíbrio, amadurecimento e aperfeiçoamento (Ef 4.12).
Se observarmos com atenção a história de alguns profetas bíblicos, veremos que passaram por algum tipo de aprendizado. O jovem Samuel tinha dificuldade em discernir a voz de Deus e foi ensinado por Eli (1 Sm 3.1-10); Eliseu orientou a um dos filhos dos profetas sobre como profetizaria para Jeú (2 Rs 9.1-12); o homem de Deus foi enganado pelo profeta velho e morreu por não conhecer princípios básicos das Escrituras (1 Rs 13.1-34); Eliseu teve uma visão aberta (que se passa exteriormente, não ocorrendo em seu interior) e pediu ao Senhor para abrir os olhos de seu discípulo para que também participasse da mesma visão (2 Rs 6.14-17); a igreja em Corinto, onde não faltava nenhum dom espiritual, precisou ser orientada por Paulo, pois não estava usando estes dons de forma correta (1 Co 12-14). Em todos estes casos, vemos alguém ensinando a outro como utilizar melhor as ferramentas espirituais.
Cabe aqui um esclarecimento: o ofício do profeta e dons espirituais são coisas diferentes. O que chamamos de dons espirituais (na realidade, a palavra original se refere melhor a capacitações e não a dons) são ferramentas essenciais a qualquer membro atuante no corpo de Cristo, a fim de melhor desempenhar seu papel. Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mesmo que não seja profeta e até mesmo sem ter o dom de profecia. Quantas horas (ou até meses) de aconselhamento pastoral serão poupadas, se o pastor estiver fluindo em discernimento de espíritos, palavra de conhecimento e sabedoria! Você acha importante o serviço de porteiro ou recepcionista na igreja? Se esta pessoa estiver atuando com discernimento de espíritos, muitos lobos ou falsos irmãos (Jo 10.10), que vêm somente para roubar o pão dos filhos (Mt 15.26), tomando o tempo dos pastores sem produzir fruto algum, serão detectados antes de causar danos ao rebanho. O evangelista também se beneficiará muito com a palavra de conhecimento, pois esta, na maioria das vezes, não é a mensagem central que Deus tem para alguém, mas pode preparar o coração das pessoas para receber a mensagem do evangelho, seja individualmente (1 Co 14.24,25) ou para uma cidade inteira (Jo 4).
Como o nosso tema é o ministério profético, estamos nos limitando a ele, mas os conceitos podem ser aplicados a todos que querem se capacitar melhor para servir ao Senhor. Sendo assim, o ministério de ensino trará orientações aos novos obreiros da seguinte forma:
• Que conheça e ame a Palavra Escrita de Deus, pois esta é a profecia mais segura que temos (2 Pe 1.19-21);
• Uma vida de sabedoria: proveniente do andar com Deus em comunhão, mantendo um relacionamento íntimo e pessoal com ele;
• Que tenha visão profética, conhecendo o desenvolvimento do propósito de Deus através da história, identificando em que fase nos encontramos atualmente e o que Deus tem ainda para cumprir a curto, médio e longo prazo (1 Cr 12.32);
• Que cresça na utilização dos dons proféticos (profecia, palavra de conhecimento, palavra de sabedoria, discernimento de espíritos), tendo sensibilidade para ouvir a voz de Deus, para fazer a sua interpretação e a aplicação da mensagem;
• Na sua formação de caráter: a pessoa profética não deve apenas expressar a voz de Deus, mas também o seu coração; o sofrimento e as restrições têm um papel fundamental nesta área. Mateus 7.15-20 diz que pelos frutos se conhece a árvore e não pela eloqüência de suas palavras. O profeta deve ter uma clara revelação do amor de Deus e expressar isto em seu ministério.
Jonas e o Mover Profético dos Últimos Dias
Geralmente quando alguém traz mensagem sobre o profeta Jonas, esta tem uma conotação negativa: sobre sua falta de amor pelos perdidos e sua desobediência à direção de Deus. Contudo, não podemos nos esquecer que, no Antigo Testamento, Jonas foi um dos que profetizaram com mais unção, produzindo arrependimento de toda a população de Nínive (mais de 120 mil pessoas). Esta unção é fundamental para o ministério profético que Deus quer levantar em nossos dias, mas algo precisa acontecer para que esta unção seja gerada na igreja.
Existe um paralelo entre Jonas e a igreja atual que nos ajudará a compreender este fato:
• Assim como Jonas deu às costas para o propósito de Deus, a igreja hoje não tem cumprido o seu papel na história, preferindo embarcar em um navio comercial no mar do sistema do mundo;
• Durante a tempestade, Jonas dormia; a igreja também dorme durante a tempestade que acontece com a humanidade;
• Os marinheiros pagãos acordaram Jonas para que invocasse ao Senhor seu Deus; já vemos em vários lugares o mundo pressionar a igreja para que acorde e assuma seu papel;
• Jonas foi lançado no mar e engolido pelo grande peixe; algumas igrejas têm passado por esta experiência, pois foi dado poder à besta do mar para pelejar contra os santos e vencê-los (Ap 13.7);
• Após seu arrependimento no ventre do peixe, Jonas pregou com poder; a igreja precisa passar pelo juízo (1 Pe 4.17), arrepender-se e desvencilhar-se de todo embaraço e pecado (Hb 12.1), para que tenha unção e poder ao proclamar a Palavra, não sendo uma mera repetição mecânica de versos bíblicos.
Uma vida de restrições (deserto, barriga do grande peixe, tribulações) será o berçário deste mover profético. Ela produzirá o caráter necessário para que o profeta possa transmitir a palavra de Deus, sem misturá-la com sua ira e impaciência pessoal, trazendo acusação e condenação, em vez de libertação.
Os Dons Proféticos Como Primeiros Passos
Muitos de nós alimentamos uma grande expectativa em participar deste exército de profetas que será levantado na Terra. Mas como vamos trazer uma palavra de nível elevado para o mundo, se temos ainda dificuldades básicas no exercício dos dons, em como discernir a voz de Deus, como interpretar os símbolos usados nas revelações, como aplicar corretamente a palavra revelada, etc?
Uma maneira saudável de começarmos a dar lugar a este mover em nossas localidades é através de praticarmos estes dons proféticos, buscando maturidade e equilíbrio, e livrando-nos de antigos mitos que estão enraizados em nosso meio. Estes mitos surgiram como reação aos erros cometidos por imaturidade de pessoas que atuam no ministério profético atual. Foram criados por pastores e líderes, com a finalidade de proteger o rebanho; porém, ao invés disso, vêm causando outros erros talvez piores que os primeiros. Citaremos resumidamente alguns:
1 – “Não precisamos dos dons; precisamos dos frutos”. Ou: “Não busque os dons; busque aquele que dá os dons”.
Mito criado a partir da observação de que algumas pessoas que enfatizam muito os dons, não valorizam a questão de caráter em suas vidas. Apesar de excelentes títulos para mensagens, são conceitos totalmente antibíblicos (Rm 9.13; 1 Co 12.31;14.1). A Bíblia nos orienta a buscar com zelo (que é o mesmo que cobiçar, desejar ardentemente) os dons espirituais. Deus amou a Jacó (que cobiçou a primogenitura, até mesmo trapaceando para consegui-la), e se aborreceu de Esaú (que não valorizou o que Deus lhe havia dado) (Ml 1.2-3). Precisamos não só dos frutos, mas dos dons, e de tudo o mais que Deus tem para a igreja hoje.
2 – Pedir dons espirituais abre a porta para manifestações de engano demoníaco.
Analisando com cuidado o texto de Lucas 11.5-13, vemos um homem que recebeu a visita de um amigo, pedindo-lhe três pães, mas que não tinha nada para lhe oferecer. Ele, então, foi à casa de um outro amigo, para pedir o que lhe faltava para poder alimentar ao viajante. Diz a história que este outro amigo lhe daria tudo o que fosse necessário. Todos nós encontramos pessoas com necessidades reais e, muitas vezes, não achamos em nós mesmos palavras para saciar sua fome. Se pedirmos ao nosso amigo Jesus, ele nos dará o pão (uma palavra profética, uma palavra de sabedoria ou de conhecimento) e tudo o que é necessário para matar a fome daquela pessoa. O texto diz ainda que se pedirmos pão, peixe, ovos (coisas boas, que alimentam), ele não nos dará pedras, serpentes e escorpiões (figuras de coisas demoníacas). Portanto, Jesus não permitirá que o diabo o engane nesta hora.
3 – Apenas algumas pessoas são chamadas a profetizar.
Profetizar é basicamente ouvir de Deus e transmitir esta mensagem. Jesus falou que todas as suas ovelhas ouvem a sua voz (Jo 10.27), portanto todos podem profetizar (1 Co 14.31), mesmo que não tenha dom de profecia. Devemos lembrar também que não fomos escolhidos por sermos especiais ou cheios de capacidade (1 Co 1.26-30).
4 – Devemos ser extremamente cautelosos para não cometermos erros.
Enquanto muitos de nós achamos que a obra de Deus deve ser feita de forma bem organizada e com total segurança, Deus aprecia a vida, e na vida as coisas geralmente não se encontram em muita ordem (basta meditar na forma como os bebês chegam a este mundo). Se quisermos a força e o poder de Deus em nosso meio, com uma abundante colheita, é provável que não conseguiremos manter nosso celeiro sempre limpo e organizado. Um lugar onde tudo está em perfeita ordem, mas sem nenhum sinal de vida, é o cemitério!
José: Não Temas!
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.18-20).
Deus vem falando com uma igreja em Feira de Santana (Bahia) através desta passagem. Diante da expectativa de uma grande manifestação radical de Deus, como nunca houve na história da humanidade, devido à brevidade do tempo, somos chamados também a tomar atitudes radicais. José estava diante de um problema, onde precisava tomar uma séria decisão, que (apesar de não se dar conta disto) influenciaria todo o curso da humanidade: o Filho de Deus estava sendo formado no ventre de Maria. O Reino de Deus estava chegando! Enquanto ponderava sobre o aceitar ou não a sua noiva, o anjo Gabriel lhe aparece dizendo: “Não temas! O que nela foi gerado é do Espírito Santo”.
Quantas pessoas hoje estão diante desta situação, “pisando em ovos”, com dificuldade em tomar uma atitude radical de fé! Temos uma expectativa da manifestação plena do Filho Varão, do corpo de Cristo, e ponderamos: será que é, ou será que devemos esperar outro? Assim como uma simples decisão de José foi significativa e poderosa, liberando todo o poder contido naquele singelo bebê, hoje também podemos tomar atitude semelhante diante do bebezinho, que é o ministério profético que está sendo gerado. “Não temas, José: é do Espírito Santo!”.
Portanto, abrace o ministério profético, cuide dele, zele pela sua saúde. Deus está nos dando esta grande responsabilidade histórica. Você crê nisto?
Ezequiel Netto é médico veterinário, reside em Valinhos – SP e é um dos responsáveis pelo site www.revistaimpacto.com.
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O Profeta e o Mestre
O profeta, às vezes, pode ser um homem de companhia muito desagradável. As pessoas geralmente podem receber o ministério pastoral e o de ensino sem nunca se ofenderem. Muitos pastores sabem que não faz diferença se falam duramente com seus ouvintes – a maioria sai da reunião ilesa.
O mestre pega uma pedra viva, e através do seu conhecimento dos planos de Deus, é capaz de traçar nela as linhas necessárias, demarcando claramente com giz onde os cortes transformadores precisam ser feitos. Os santos respondem dizendo: “Amém, Glória e Aleluia!”
Depois o profeta aparece com seus instrumentos afiados, com sua palavra que opera como espada de dois gumes. Ele começa a talhar e esculpir aquela pedra viva até que ela chegue à forma e ao tamanho certos. A maioria das pessoas preferiria ter recebido outra vez o ministério do mestre!
Mas o profeta é necessário a fim de burilar as pedras até que tenham a forma adequada para serem cimentadas por outros ministérios, num relacionamento vivo umas com as outras. Estou certo de que muitos de nós havemos de louvar a Deus por esses períodos de desorientação quando pudemos crescer, a ponto de sair do velho e entrar no novo.
Extraído do livro O Ministério do Profeta, Worship Produções, atualmente esgotado.
Respostas de 2
Gostei ! me ajudou muito , Deus abençoe a todos !
(do Bola de Neve Itacaré-Bahia)
Perfeita a palavra. Perfeita. Me ajudou muito, muito mesmo! Cansada de viver com uma “camisa de forca” aprisionando o Espirito Santo, por causa de protocolos de homens