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Hanucá: um resumo

REVIVE ISRAEL
UM MOVIMENTO GLOBAL DE AVIVAMENTO E RESTAURAÇÃO A PARTIR DE JERUSALÉM PARA JUDEIA E SAMARIA, CHEGANDO AOS CONFINS DA TERRA E VOLTANDO NOVAMENTE PARA ISRAEL…

 

Hanucá em menos de 700 palavras!
por Ron Cantor

 

Quando eu era criança, celebravam o Natal, enquanto nós celebrávamos o Hanucá. Certamente eu sentia inveja da árvore de Natal, da ideia do Papai Noel (mesmo sabendo que o velhinho de barba branca que trazia os presentes não era real, certa véspera de Natal eu saí e fiquei olhando para o céu estrelado esperando para ver se ele apareceria…), das meias penduradas na lareira cheias de guloseimas e da grande refeição festiva. Passamos a maioria dos Natais à procura de um restaurante aberto ou de um cinema. Não havia nada na TV, a não ser desfiles. Eram dias difíceis para os não praticantes, muito antes da turma de Seinfeld inventar o “Festivus” para o restante de nós.

Mas nem tudo era ruim… Tínhamos o nosso dia, na verdade oito dias! E enquanto a canção fala de doze dias de Natal, eu sabia que havia apenas um. O Hanucá é celebrado durante oito dias com bolinhos de batata, piões de quatro faces (dreidels), festas e o melhor de tudo, um novo presente a cada noite. Pode ser que o Natal seja a festa mais bonita, mas o Chanucá tem o poder da permanência.

Essas eram as grandes percepções de um judeu americano de oito anos de idade.

Na mente de  quem não é judeu a festa de Hanucá desperta uma série de perguntas: Mas do que se trata? Por que dura oito dias? E para que servem as velas? Minha ideia é compartilhar a história do Hanucá com vocês usando menos de 700 palavras.

Outro rei que pensou ser como Deus

Assim como os Césares que viriam depois, Antíoco Epifânio, o governante selêucida, por algum motivo, pensou que era uma divindade, um deus. Em 168 a.C., seus soldados tomaram o Santo Templo em Jerusalém, dedicando-o à adoração de Zeus, e não de Yahweh. Isso não pareceu certo para os judeus tementes a Deus, mas eles também sabiam que não podiam enfrentar  o exército selêucida. Um ano depois dessa tomada, o judaísmo foi banido e os israelitas foram forçados a adorar os deuses gregos. Qualquer um que continuasse a praticar o judaísmo, era ameaçado de morte. A circuncisão foi banida e porcos foram sacrificados no altar do Templo.

Os Macabeus

A menos de meia hora de onde estou escrevendo este blog, localiza-se uma cidade chamada Modim, onde viveu um sacerdote chamado Matias. Soldados selêucidas vieram ao seu vilarejo e exigiram que os aldeões, reunidos à força, se curvassem diante de um ídolo e comessem carne de porco. Quando Matias se recusou a fazer isso, outro homem judeu se dispôs a fazê-lo. Enfurecido, Matias pegou uma espada e matou esse judeu que estava prestes a adorar ídolos. Em seguida, ele se voltou contra o soldado sírio e o matou também.

Uma guerra pela independência começou sob a liderança do filho de Matias, Judas, conhecido como o Macabeu – o martelo. Milagrosamente, os Macabeus derrotaram Antíoco e Israel voltou a ser uma nação independente. No entanto, havia a questão do Templo. Ele tinha sido profanado pelos sírios.

Rededicação 

A palavra Hanucá significa dedicação e o Templo teve que ser novamente dedicado e purificado. No Templo havia uma lâmpada, o ner tamid (fogo eterno), que deveria queimar dia e noite.

“Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, batido, para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente” (Êx 27.20).

No entanto, segundo a tradição, só havia óleo suficiente para uma noite. Levaria oito dias para preparar mais azeite de oliva. Mesmo assim, acenderam a lâmpada. Oito dias depois, quando o azeite chegou, a lâmpada ainda estava queimando, o que ficou conhecido como o milagre do Hanucá. Por isso a festa é celebrada durante oito dias e recebemos ou damos oito presentes. Essa é a razão de acendermos uma menorá especial chamada Hanukía, com oito velas, sendo que uma nona, chamada Shamash (servo), acende todas as outras as velas.

Como o milagre se concentra na multiplicação sobrenatural do óleo, nós fritamos bolinhos de batata e sufganiyot (donuts com geleia!). Há algo interesse aqui que talvez você não tenha percebido. Yeshua celebrou o Hanucá! João registra que Yeshua estava em Jerusalém para o Hanucá. Na maior parte das vezes, Yeshua esteve em Jerusalém para celebrar as festas judaicas.

“Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação [Hanucá]. Era inverno. Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão” (Jo 10.22,23).

Esta é a história do Hanucá em menos de 700 palavras! Feliz Hanucá!

BÔNUS: Para nós, crentes, aquela nona vela é Yeshua. Ela está acima das outras, mas desce daquela posição para dar luz às outras velas. Paulo fala de Yeshua descendo do céu e se humilhando, tornando-se um homem. Nós lemos as palavras de Yeshua: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12), e ainda João testemunhou sobre Yeshua: “A saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1.9).

NOTA: Quando publiquei este artigo pela primeira vez em 2012, eu tinha estado recentemente em Berlim, Alemanha, para pregar. Após a mensagem, acendemos as velas do Hanucá. Não pude deixar de notar que: 1) Hitler está morto! e 2) os judeus ainda estão celebrando o Hanucá em Berlim!

Feliz Hanucá!

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