“Verdade Viva e Poderosa”
Para mim, o reavivamento é a verdade se tornando viva e poderosa. Geralmente nós dizemos “Deus é bom” e falamos de coração. Mas para que a bondade e santidade de Deus tenham, realmente, sentido em nossas vidas, nós precisamos do ministério do Espírito. Então a verdade nos alcança com tanto impacto que a própria bondade de Deus nos domina completamente. Acontece a mesma coisa quando vem a convicção do pecado. Quando estas verdades se tornam uma realidade, o contraste entre o nosso próprio pecado e a justiça de Deus nos enche de profundo temor.
A nossa experiência na One Pusu foi somente um início. Quando a convicção do pecado chegou lá, foi uma experiência humilhante para todos ter que se confessar uns aos outros. Nós sentimos profundamente.
Mas em Kobiloko, foi algo inteiramente diferente. Como Isaías, o povo viu a santidade de Deus e a sua reação foi ‘Ai de mim! Pois estou perdido; pois sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios…’ Tendo visto o Senhor, eles viram a si próprios e choraram dizendo: ‘Meu pecado, meu pecado!’ Esta experiência foi muito mais profunda do que a nossa experiência em One Pusu. Ela foi diferente e nos levou a uma libertação de uma maneira diferente: uma compreensão de Deus e uma libertação de nós mesmos.”
George Strachan, Missionário
“Transparente”
As pessoas me perguntam com freqüência: ‘Como você se sentiu no reavivamento?’ e a minha resposta é sempre apenas uma palavra: “Transparente”.
Eu sentia que alguém estava olhando através de mim e que não havia mais nada em mim que pudesse ficar escondido.
Por que foi assim? Foi uma época em que nós estávamos tão cientes da presença de Deus que tinha que haver abertura completa. Não poderia haver nada escondido; todos eram transparentes diante de todos e perante Deus.
Este é o coração do reavivamento: estar na presença de Deus.
No reavivamento, nós freqüentemente usamos a frase: ‘O Espírito Santo convence o povo do pecado.’ O que isto significa? O que é convicção? Geralmente nós fazemos uma imagem errada em nossas mentes a respeito disso, do Espírito Santo revelando os nossos pecados e dizendo: ‘Faça alguma coisa sobre isso, senão…’ Ou nós podemos imaginar que é como uma criança sendo pega em flagrante fazendo alguma coisa errada, e a criança chora.
Como o Espírito Santo nos convence do pecado? Não é de nenhuma destas duas maneira que acabamos de cogitar. Na verdade Ele nos traz à presença de Deus para que nós nos tornemos conscientes do nosso pecado, assim como Isaías que clamou: ‘Ai de mim! Pois estou perdido; pois sou um homem de lábios impuros…’ (Is 6:5) quando ele viu o Senhor, o santo Deus, sentado em Seu trono. Foi pelo fato dele estar na presença de Deus que Isaías compreendeu o que ele era.
“Podemos pensar nisto da seguinte forma. Toda casa tem uma porta e sempre que entramos em uma casa teremos que passar por uma porta. Nós passamos por tantas portas que isto já se tornou um hábito. Nós entramos sem pensar muito sobre isto, se vamos entrar em uma casa rica ou pobre.
Então imagine que você vai entrar em uma certa casa, a casa de um homem rico, o Primeiro Ministro, por exemplo. Você entra na casa sem pensar e então, de repente, você toma consciência da beleza do carpete. A casa tem muita “elegância.” Você olha para a pureza do carpete e pensa: ‘Será que tem lama nos meus sapatos?’ Então você olha para baixo e para trás e, sim, você deixou marcas de lama e pensa: ‘Que bagunça!’ É um sentimento bastante real quando você vê o belo carpete manchado pela lama.
Então você percebe que o dono da casa está olhando para você e para a lama, e você sente que quer limpar a lama até com suas lágrimas e que, mesmo assim, isto não seria suficiente.
Com o templo de Deus, que é o seu corpo, acontece da mesma maneira. Você vê as marcas de sujeira deixadas dentro do Seu templo e você quer limpá- las com suas lágrimas, mas você não tem lágrimas suficientes e sabe que nenhum sabão ou xampu podem limpar aquelas marcas.
Mas então é como se você ouvisse as palavras: ‘Nenhuma lágrima pode limpar esta sujeira; somente o Sangue de Jesus pode purificar você.’
E você fica contente e se alegra e passa a ter um sentimento de gratidão para com Deus.
Esta é a maneira pela qual o Espírito Santo convence do pecado: trazendo- nos à presença de Deus para que possamos nos comparar com a santa Presença e nos conscientizarmos da nossa pecaminosidade. Então ficamos como Isaías depois que clamou ‘Eu sou um homem de lábios impuros’ quando o anjo tirou uma brasa viva com uma tenaz do altar e disse: ‘…a tua iniquidade foi tirada e perdoado o teu pecado’ (Is 6:7).
“Isto é reavivamento: quando o Espírito de Deus nos leva à Sua presença.”
Michael Maeliau
“Quebrantamento”
“A palavra chave neste movimento é Quebrantamento… O Senhor quer pessoas quebrantadas e nada mais. Sem quebrantamento Ele não pode fazer nada, não há benção e não há a liberação do Espírito. Com freqüência alguém ora assim: ‘Senhor, eu tenho um coração de pedra. Estou preocupado comigo mesmo e não com a salvação dos perdidos. Eu quero ser alguém; eu quero um nome; eu quero honra. Estou preocupado comigo mesmo mas não contigo. Por favor, quebra-me, esmiuça- me e transfoma-me em pó para que não haja mais nada além de Ti”
Peter Jost
A Benção Entesourada
O Espírito Santo é incapaz de encher a vida de alguém que tenha pecado guardado nela. O Espírito Santo é tão sensível, e muitas vezes sobre
coisas nós podemos considerar sem importância…
“O Espírito Santo, nós descobrimos, é muito, mas muito sensível. Nas Ilhas Salomão nós dizemos que a Sua bênção em nossas vidas é como um ovo que devemos segurar cuidadosamente. Se nós o deixarmos cair, já não existe mais. Ou dizemos que é como trazer de volta água de um riacho para os nossos amigos que trabalham em uma horta. Nós carregamos a água em uma folha de taro, por isso nós devemos tomar cuidado para não deixar que nada fure a folha ou a água se escoará. Mesmo um pequenino furo impedirá a sede dos nossos amigos de ser saciada.
Jothan Ausuta
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AUXÍLIOS PARA UMA VIDA SANTA
Não Discuta
Por: Samuel L. Brengle
“O servo do Senhor não deve contender” (II Tm 2:24).
Ao procurar levar uma vida santa e sem culpa, fui ajudado pelo conselho de dois homens e pelo exemplo de outros dois.
Comissário Dowdle
Há alguns anos atrás em Boston, eu participei de uma vigília de oração que durou a noite toda. Foi um tempo abençoado e muitas pessoas buscavam a bênção de um coração limpo aquela noite. A Palavra foi lida, muitas orações foram oferecidas, muitos hinos foram cantados, muitos testemunhos e exortações foram dados. Entretanto, de todas as tremendas coisas ditas naquela noite, há somente uma de que me lembro agora, pois ficou marcada indelevelmente na minha memória.
Pouco antes da reunião terminar, o Comissário Dowdle, dirigindo-se àqueles que tinham ido ao altar do arrependimento, disse: “Lembre-se, se você quiser conservar um coração limpo, não discuta!”
Havia vinte anos de prática da santidade atrás daquele conselho e, por isso, aquilo caiu como a voz de Deus nos meus ouvidos.
Paulo de Tarso
Ao escrever para o jovem Timóteo, o apóstolo idoso derramou seu coração para este que ele amava como um filho na fé. Ele procurou instruí-lo inteiramente na verdade a fim de que, poi um lado, Timóteo pudesse escapar de todas as ciladas do diabo, caminhar em santa vitória e amizade com Deus e, desta forma, salvar-se; e por outro lado, ser “perfeitamente habilitado” (II Tm 3:17) para instruir e treinar outros homens e salvá-los também.
Dentre outras tantas palavras sérias, estas me impressionaram profundamente: “Recomenda estas cousas… que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes” (II Tm 2:14).
Eu creio que, com estas palavras, Paulo está querendo dizer que ao invés de discutir com as pessoas e ficar perdendo tempo, e talvez a calma, nós devemos ir direto ao seus corações e dar o melhor de nós a fim de ganhá-las para Cristo, para que se convertam e sejam santificadas.
Mais uma vez ele diz: “Repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. Ora, é necesário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem…” (II Tm 2:23-25).
Evidentemente o Apóstolo achou este conselho importante pois ele o repete ao escrever para Tito: “Evita discussões insensatas, genealogias, e contendas, e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis” (Tito 3:9).
Eu tenho certeza que Paulo está certo neste ponto. É preciso ter fogo para acender o fogo, e é preciso amor para acender o amor. A lógica, em si, não fará um homem amar a Jesus e somente aquele que ama “é nascido de Deus” (I João 4:7).
Marquis De Renty
Aqueles de nós que receberam o Evangelho com tal simplicidade e pureza mal podem compreender a terrível escuridão que alguns homens têm passado, mesmo nos países chamados cristãos, para encontrar a verdadeira luz.
Há algumas centenas de anos atrás, em meio ã luxúria e licenciosidade da aristocracia francesa, e da idolatria e cerimoniais da Igreja Católica Romana, o Marquês de Renty alcançou uma pureza de fé e simplicidade de vida e caráter, e uma comunhão sem barreiras com Deus, que deram um belo testemunho do Evangelho, e abençoaram não somente às pessoas da sua própria época e comunidade, mas também a muitas pessoas de gerações posteriores. A sua posição social, sua riqueza e sua grande habilidade com negócios o levaram a associar-se com várias empresas de caráter secular e religioso; em tudo isto a sua fé e piedosa sinceridade brilharam com notável esplendor.
Ao ler sua biografia há alguns anos atrás, fiquei impressionado com a sua grande humildade, sua compaixão pelos pobres e analfabetos, e seu zelo e esforços abnegados para instruí-los e salvá-los, sua diligência e fervor na oração e louvor, e sua constante sede e fome para toda a plenitude de Deus. Mas o que me impressionou mais que todo o resto foi a maneira com que ele evitou toda e qualquer discussão por temer magoar o Espírito Santo e apagar a luz na sua alma.
Onde quer que assuntos de natureza religiosa ou de negócios estivessem sendo discutidos ele, cuidadosamente, refletia sobre o assunto e depois expressava seus pontos-de-vista e as razões nas quais tinha se baseado clara, direta e tranqüilamente, após o que, por mais calorosa que a discussão pudesse se tornar, ele se recusava a tomar parte em qualquer debate. Seu jeito calmo e pacífico aliado aos seus comentários claros deram grande força ao seus conselhos.
Mas quer seus pontos de vista fossem aceitos ou rejeitados, ele sempre ia até seus oponentes e dizia-lhes que. ao expressar sentimentos contrários aos deles, ele agia sem nenhuma intenção de opor-se a eles pessoalmente, mas sim, que queria, simplesmente, declarar o que lhe parecia ser a verdade.
Nisto me parece que ele seguiu rigidamente o padrão “mansidão e benignidade de Cristo” (II Co 10:1); e o seu exemplo tem me encorajado a seguir um caminho semelhante, e assim “preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4:3), quando de outro modo eu teria sido levado a discussões e desavenças que teriam escurecido a minha alma e destruído a minha paz, mesmo se o Espírito Santo não fosse espantado totalmente do meu coração.
Jesus
Os inimigos de Jesus ficavam, constantemente, tentando fazê-LO cair em contradição com as Suas próprias palavras e envolve-LO em discussões, mas Ele sempre tratava os assuntos de uma maneira tão peculiar que os Seus inimigos, de tão aturdidos, acabavam por ficar sem nenhuma argumentação.
Certo dia, vieram a Jesus e Lhe perguntaram (Mt 22) se era legal pagar tributo a Cesar ou não. Sem nenhuma discussão, Ele pediu uma moeda. Então perguntou de quem era a imagem que estava na moeda.
“De Cesar,” eles disseram.
“Dai a Cesar as coisas que são de Cesar e a Deus as coisas que são de Deus,” disse Jesus.
Em uma outra ocasião eles Lhe trouxeram uma mulher flagrada em adultério. Seu coração amoroso ficou tocado com compaixão pela pobre pecadora, mas ao invés de discutir com seus captores se ela devia ser apedrejada ou não, Ele simplesmente disse: “Aquele dentre vocês que não tem pecado atire a primeira pedra” (João 8:7). E toda aquela multidão de hipócritas sentiu-se tão culpada e confusa por Sua simplicidade que, um a um foi indo embora até que a pecadora ficou sozinha com seu Salvador.
E desta maneira, através de todo o Evangelho, eu nunca encontro Jesus engajado em argumentações, e o Seu exemplo é de infinita importância para nós.
É natural, para a “mente carnal” não gostar da oposição. Mas nós devemos ser “espiritualmente dispostos.” Por natureza nós nos orgulhamos de nós mesmos e somos presunçosos quanto às nossas opiniões, e estamos prontos a resistir corajosamente a qualquer um que se opuser contra nós ou nossos princípios. O nosso objetivo imediato é subjugar a pessoa, quer por força do argumento ou pela força bruta, mas, de uma forma ou de outra, subjugá-la. Somos impacientes diante da contradição e precipitados ao julgar os motivos dos homens e condenar a todos que não concordam conosco. E então, estamos aptos a chamar a nossa impaciência e precipitação de “zelo pela verdade,” quando, na verdade, é, freqüentemente, um zelo imprudente, sem amor e insensato da nossa própria maneira de pensar. Estou fortemente inclinado a crer que este é um dos últimos frutos da mente carnal que a graça consegue subjugar.
Mas para aqueles que se tornaram “co-participantes da natureza divina” (II Pe 1:4) esta raiz da natureza carnal está completamente destruída. Quando os homens se opõem a nós, não vamos discutir, nem insultar e nem condenar, mas instruí-los com amor, não com ares de sabedoria e santidade superiores, mas com mansidão, lembrando seriamente que “…o servo do Senhor não vive a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente…” (II Tm 2:23-25).
Eu acho que, freqüentemente, após ter exposto os meus pontos de vista clara, total e calmamente para alguém que está se opondo à verdade tal qual a vejo, eu fico fortemente tentado a lutar pela última palavra. Mas eu também acho que Deus me abençoa mais quando eu entrego a questão a Ele e, agindo assim, freqüentemente ganho o meu adversário. Eu creio que este é o caminho da fé e da mansidão.
Embora isto, aparentemente, nos deixe frustrados, nós geralmente vencemos o nosso inimigo no fim. E se, verdadeiramente, temos mansidão, nós nos alegraremos muito mais por tê-lo ganho para um “conhecimento da verdade”(ll Tm 2:25) do que ter vencido uma discussão.
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15:1).
Uma resposta
Muito edificante,Deus continue lhe usando com muita sabedoria!