21 de novembro de 2024

Ler é sagrado!

Justiça e a “Guerra” de Gaza

Ariel Blumenthal

Ao longo da semana passada, à medida que orávamos com fervor pela situação de Gaza, o Espírito enfatizou várias passagens de Isaías 51, um capítulo cujo tema principal é “justiça”.

Verso 1: “Ouvi-me vós, os que procurais a justiça, os que buscais o SENHOR…”

A maioria dos cristãos sinceros, sejam eles contra ou a favor de Israel, está profundamente preocupada com questões relacionadas à justiça e moralidade. No entanto, ao assistirmos à forma como a mídia vem retratando os acontecimentos em Gaza —com o número de mortos e feridos aumentando em ambos os lados –, pode até parecer um jogo de números, como uma partida de futebol da Copa do Mundo: 7×1, Alemanha derrota o Brasil. O “jogo” parece tão desigual: uma quantidade muito, muito maior de árabes palestinos, aparentemente inocentes, estão morrendo, enquanto o número de mortes do lado israelense é comparativamente menor! E esta não é uma “guerra” comum: tão importante quanto a batalha terrestre é a intensa guerra de relações públicas que está sendo travada na internet e pelas redes sociais, à medida que cada lado “torce” a narrativa a fim de reivindicar uma superioridade moral por ser a maior vítima. É um grande desafio discernir o que é realmente “certo” e “errado” nessa situação complexa. Onde podemos encontrar a justiça de Deus em tudo isso?

Verso 2: “Olhai para Abraão, vosso pai…”

Há uma verdade profunda e biblicamente coerente revelada aqui: a justiça de Deus, antes de tudo, NÃO é uma questão da contagem exata de certo e errado de acordo com padrões humanos; nem de quantos corpos estão-se acumulando de cada lado. Ao invés disso, tem a ver com sua ELEIÇÃO, o seu direito de ser Deus e de governar este mundo, e de escolher segundo a sua vontade soberana. Isaías, assim como o apóstolo Paulo no livro de Romanos, aponta-nos para o fato de Deus ter escolhido Abraão e Sara, Isaque e Jacó… e, consequentemente, Israel (nação=povo e terra), como o primeiro “degrau” para compreender a justiça de Deus. Deus é, em última análise, justo, porque ele é o Rei soberano e Criador do mundo, não por causa de um padrão moral que ele transmitiu à humanidade, nem porque Abraão era o homem mais justo e íntegro que já viveu! (É claro que, nos “degraus” seguintes da sua justiça, há padrões incrivelmente altos de moralidade e retidão aos quais devemos buscar obedecer.)

Verso 3: “Porque o Senhor consolará a Sião…”

A lição para nós nesses Tempos do Fim é a seguinte: Para podermos ter um discernimento preciso quanto à justiça e retidão, especialmente quando se trata de Israel/Jerusalém/Sião, primeiro devemos aceitar a doutrina da eleição, especificamente a sua eleição de Israel e do povo judeu por meio de Abraão, Isaque e Jacó; e consequentemente a escolha especial do Rei de Israel, e Rei dos Reis, Yeshua! Isso não significa que tudo o que Israel faz é “certo”, assim como não o seria para qualquer outro cristão, também escolhido por Deus. É ele quem predestina, chama, justifica e glorifica (Rm 8.28-30). Se não mantivermos essa prioridade bíblica em mente, do seu direito de ser fiel à sua eleição pela graça mesmo que sejamos totalmente indignos, estaremos em constante perigo de ser enganados – ao tentar descobrir quem está mais certo ou errado em meio a situações muito complexas e por sofrermos lavagem cerebral cada vez mais astuta da mídia. Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem…” (Romanos 3.4).

Compaixão pelo povo de Gaza

Quanto mais compaixão tivermos pelo povo de Gaza, mais deveríamos desejar a destruição da ditadura do Hamas. Quanto menos compaixão tivermos por eles, mais fácil será aceitar um simples cessar-fogo e deixar que o Hamas continue a exercer o seu domínio.

Vamos nos lembrar que Deus é o YHVH dos Exércitos. Ele pode dar um espírito de vitória. As guerras podem ser vencidas. A justiça pode prevalecer. Deus não está com medo. Até hoje, ele nunca perdeu uma guerra. Yeshua é o Comandante dos Exércitos do Céu (Êxodo 15.2; Josué 5.13; Apocalipse 19.11).

Yeshua ensinou-nos que, na guerra espiritual, devemos primeiro “amarrar” o homem forte e então pegar os “despojos” (Lucas 11.21). O homem forte aqui é o espírito do Islã radical; os despojos são as vidas dos palestinos que precisam de salvação. Nós cremos que se orarmos para amarrar as forças demoníacas que estão por trás dessa guerra, então os grupos terroristas serão destruídos e uma nova onda de liberdade religiosa, salvação, paz e prosperidade poderá chegar.

Pontos de Oração

A maior parte dos soldados israelenses que foram mortos até agora são da brigada da infantaria Golani. O herói anônimo da guerra tem sido o comandante de Golã, Rasan Alian, do vilarejo de Shefaram na Galileia. Ele foi atingido e ferido por estilhaços; depois de ser levado ao hospital, recusou-se a ficar lá. Voltou à linha de frente para liderar suas tropas à batalha com feridas abertas e cicatrizes por todo o rosto. Rasan não é judeu, é druso!

  • Ore pelos corajosos cristãos árabes em Gaza, na Palestina e por todo o mundo muçulmano.
  • Ore pelo povo de Israel, que tem sido espiritualmente influenciado de uma forma profunda pela guerra. Há uma abertura nos corações, uma busca por Deus, uma unidade de identidade nacional, e uma avaliação de valores morais.
  • Ore para que Netanyahu, Ganz, Yaalon, os membros do gabinete e os comandantes da IDF tenham sempre sabedoria ao tomarem decisões difíceis envolvendo questões estratégicas, táticas e diplomáticas.
  • Ore para que todos os feridos sejam curados, especialmente “I”, um jovem judeu messiânico e soldado paraquedista que frequentava nossa congregação em Tel Aviv.
  • Ore pelos soldados das famílias messiânicas que estão servindo na IDF durante esta guerra (estimamos que haja por volta de 400).
  • Dentre as quase 300 pessoas que foram mortas no voo da Malaysia Airlines na semana retrasada, um era israelense: Itamar Avnon, de 27 anos de idade, um judeu messiânico e filho de um evangelista israelense que está servindo na Holanda. Ore para que a família receba consolo divino.

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