3 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Medo de Fazer e Manter Compromissos

Por: Elmer G. Klassen

Mensagem do Redator Internacional:

A falta de fazer e manter compromissos é a primeira causa da solidão. Ninguém pode viver sozinho por um período mais longo sem se tornar consciente da necessidade de amigos confiáveis e comprometidos. Jesus costumava se afastar para lugares isolados para orar, mas quando Ele voltava, queria estar com a Sua família. Algo que se deve temer mais do que qualquer coisa é não ter uma família para onde voltar depois de um período de solidão por não querer fazer compromissos. Por que, então, hesitamos em fazer compromissos que perdurem?

“Deus faz que o solitário viva em família, tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril” (Salmo 68:6). Famílias são o antídoto para solidão. Por amor das famílias Deus espera que o Seu povo faça e guarde votos. União duradoura é o resultado de promessas bíblicas, inspiradas pelo Espírito Santo e feitas publicamente diante de Deus e dos homens. Estes votos prometem fé, esperança e amor para aqueles com quem a pessoa se compromete, e são a base para uma vida feliz no futuro.

Se compromissos são pré-requisitos para segurança e alegria no futuro, então fazê-los e mantê-los com amigos confiáveis deveria ser um esforço importante para pessoas honestas. Encontrar amigos e manter a sua amizade vale qualquer esforço que façamos para tornar isto uma realidade.

Foi mais importante para o Senhor Jesus ganhar a confiança de alguns poucos cidadãos comuns, do que ser aceito por todos. Sua vida e Seu ensino foram dirigidos para alguns amigos locais que Ele tinha escolhido por uma promessa mútua de amizade duradoura. Pouco antes da Sua morte, Jesus lhes prometeu o Seu amor, e pediu a mesma promessa deles. Depois de um tempo de ensino e oração com eles e por eles (e pelos futuros crentes), Ele prometeu aos Seus seguidores Suas contínuas orações. Depois pediu-lhes o seu compromisso. Perguntou a Pedro algumas vezes: “Tu me amas mais do que aos outros?” Jesus quer ouvir o nosso compromisso! Para aqueles que prometem amá-Lo e obedecê-Lo acima de tudo o mais, Ele promete a participação deles na Sua herança.

Amigos confiáveis são mais importantes do que o sucesso na Wall Street (Bolsa de Valores de Nova York). Um bom amigo é melhor do que um auditório cheio de aplausos. “Mais vale um bom nome do que as muitas riquezas”(Pv 22:1). Jesus gastou o Seu tempo na terra conquistando amizades com alguns poucos escolhidos, depois comprometeu-se com eles à medida que eles O conheciam e O entendiam.

Um compromisso com o Senhor Jesus Cristo inclui também um compromisso com a Sua família. Seus amigos se tornam nossos amigos e os seus inimigos nossos inimigos quando fazemos votos para Ele. Aceitar Jesus inclui a aceitação de toda a Sua família como sendo a nossa família e a rejeição dos seus inimigos incrédulos como nossos próprios inimigos (2 Co 6:14-18).

Um compromisso com Deus exige arrependimento. Um sim para Jesus é também um não para as obras de Satanás. “Porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? ou que união do crente com o incrédulo?”

Deus nos criou para amizade com Ele e com a Sua família escolhida. Nossos compromissos públicos com o Senhor Jesus Cristo nos levam até a Sua família real. Por que então ter medo de fazer e manter compromissos para com Ele?

A nossa geração está amaldiçoada com a solidão, embora uma grande quantidade de descobertas tanto técnicas como filosóficas são oferecidas para jovens e idosos. Solidão não é o resultado da falta de possibilidades de comunicação mas da falta de compromissos duradouros.

Nossas escolas não ensinam que compromissos são uma fonte de satisfação. Elas ensinam a amar e honrar o ego como meios de satisfazer nossos desejos ao invés de amar a Deus primeiro, e depois dar o nosso amor a amigos escolhidos para obter realização na vida.

O amor egoísta afasta a amizade com outros e estimula a desconfiança. O amor ao ego é a razão da solidão. Os maus-tratos dos amigos e mesmo os maus-tratos de parentes não são razões para o nosso medo de compromisso. Dois heróis do Velho Testamento, José e Davi, foram abusados como crianças, mas isso reverteu em bênçãos para eles, desenvolvendo neles uma dependência de Deus.

As bênçãos de Deus não são para aqueles que confiam na sua dependência da natureza humana. Desconfiança e ausência de amor pelos outros é um problema que tem origem na nossa desconfiança e falta de amor e compromisso para com Deus. Só amamos os nossos pais e família depois que aprendemos a amar a Deus.

O amor não começa com o auto-amor ou com compaixão pelo mundo. Algumas vezes ouvimos dizer que não podemos amar aos outros se antes não amarmos a nós mesmos. Não é assim. A verdade é que não podemos amar completamente antes de amar a Deus. O amor sempre se inicia com Deus. Todos têm Alguém que os ama e que é digno da sua confiança. Amor pelos outros e confiança no futuro vêm depois que aprendemos o amor de Deus. Esta tem sido a experiência de todos os verdadeiros cristãos.

Não é possível viver sem estabelecer compromissos de uma forma ou de outra com alguém. O homem não pode viver sem amizade. Estas são as perguntas: Em quem colocamos a nossa confiança? Com quem estamos comprometidos?

Por muitas gerações os cristãos aprenderam a cantar, ” Toma, Senhor, a minha vida, e consagra-a para Ti… Toma meus momentos e meus dias… Toma minhas mãos… Toma meus pés… Toma minha voz… Toma meus lábios… Toma minha prata e meu ouro… Toma meu intelecto… Toma minha vontade… Toma meu coração… Toma meu amor… Toma meu tudo”. Esta é uma demonstração de nosso amor e compromisso com o Senhor Jesus Cristo. O amor quer dar tudo.

Este foi o compromisso de uma vida inteira da autora de hinos Frances Ridley Havergal, que ela expressou com tanta beleza em palavras. Ela abençoou os cristãos por muitas gerações com os seus poemas. Através das letras das suas canções, os cristãos ao cantarem, são encorajados a confessar os seus compromissos para com Deus.

O compromisso que a sra. Havergal escreveu no séc.XIX foi:

Toma a minha vida, Senhor Consagra-a para Ti.
Toma meus momentos, meus dias Que fluam em orações incessantes.
Toma minhas mãos e as move Aos impulsos do Teu amor.
Toma meus pés, e faze-os Rápidos e “formosos” para Ti.
Toma minha voz para que eu cante Sempre, somente para o meu Rei.
Toma meus lábios e enche-os Com mensagens que vêm de Ti.
Toma meu ouro e minha prata. Nada quero resguardar.
Toma meu intelecto e usa-o Com o poder que vem de Ti.
Toma minha vontade e faze-a Tua. Nunca mais ela será minha.
Toma meu coração. É Teu mesmo.
Será o Teu trono real.
Toma meu Amor. Senhor, eu derramo
Aos Teus pés todo o seu tesouro.
Toma a mim mesmo e eu serei
Sempre, somente, todo para Ti.

No seu livro “Kept for the Master’s Use” (Guardado para o uso do Mestre), Havergal escreve que depois de fazer este compromisso devemos orar:
“Toma a minha vida, porque eu não posso conservá-la para Ti.” Nós não podemos cumprir o nosso compromisso com Deus a menos que confiemos que Ele nos ajude a mantê-lo firme.

“Toma a minha vida, Senhor, e consagra-a para Ti” é o tema do último livro que ela escreveu pouco antes da sua morte em 03 de Junho de 1879.

O ARAUTO DA SUA VINDA assumiu e deseja manter o compromisso de se identificar com a corrente principal onde o Espírito Santo está fluindo. Nossas escolhas são conhecidas durante todos esses últimos 50 anos. Ligarmo-nos a uma seita ou somente a um segmento do trabalho do Espírito de Deus é desobedecer à visão que Deus nos deu. Deus abençoará pelo Seu Espírito somente quando nós O obedecemos e mantemos as nossas promessas de fazer aquilo com que nos comprometemos a fazer. Comprometemo-nos a orar com outros por um reavivamento mundial que levará ao evangelismo unido e mundial também.
Nossos votos foram feitos publicamente e serão mantidos até a volta do Senhor.

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Uma resposta

  1. Que nosso Pai nos abençoe com a graça de seu Espírito, em nos comprometermos com os que amam a Jesus e o Seu reino na terra, assim como no céu.

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