Por Wayne Jacobsen
Ele era um líder religioso e, com receio de ser visto por alguém, foi conversar com Jesus na escuridão da noite. Sabia que os milagres de Jesus eram prova de que Deus estava com ele e, por isso, queria fazer parte de seu reino. Não imaginava, porém, o que isso exigiria dele.
Talvez, Nicodemos quisesse instruções para seguir, novas regras que lhe dessem acesso a essa vida sobrenatural. Mas Jesus não lhe ofereceu regra alguma. Simplesmente disse que precisava recomeçar do zero, nascer de novo.
A ideia deixou Nicodemos com a cabeça baratinada, tentando compreender como ele, um homem velho, poderia nascer outra vez. Jesus deve ter se divertido ao ver sua perplexidade. Não era de um nascimento físico que Nicodemos precisava; era de um nascimento espiritual. Ele já sabia muito bem viver como homem neste mundo. Porém, para poder enxergar a realidade do reino vindouro, precisaria de um renascimento pelo Espírito. Por quê? Porque nada desse reino pode ser visto, perseguido ou abraçado pela carne, por mais bem-intencionada que ela seja. O reino funciona de maneira totalmente contrária a tudo o que a carne enxerga e reconhece.
O mais surpreendente nesse caso é que não havia conflito algum entre a carne de Nicodemos e o fato de ele ser um líder religioso. Ao mesmo tempo em que a religião, em um nível, procurava restringir seus apetites carnais, ela também satisfazia outros, como a cobiça por poder ou status religioso. Já o reino que Jesus trazia era diferente. Oferecia a Nicodemos não um novo padrão de desempenho e realização, mas uma forma completamente nova de viver. Para abraçar isso, seria necessário um novo nascimento do Espírito que abrisse seus olhos espirituais.
Foi neste ponto que Jesus deixou cair a bomba: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jo 3.8).
Eu podia compreender como o Espírito se assemelha ao vento que não pode ser definido ou controlado, mas imaginar que quem nasce dele também se torna assim cativou meu coração ao ouvir essas palavras pela primeira vez quando ainda era jovem. Não me recordo de quem as leu ou de onde eu estava, mas me lembro muito bem de como encheram meu coração com um chamado irresistível de mistério e aventura. Todas as vezes que li o evangelho de João, desde então, essas palavras reacenderam a mesma paixão por viver algo que o melhor da religião jamais poderia produzir.
Nascido de novo
Sem dúvida alguma, temos banalizado essa passagem nos últimos 50 anos ao aplicar o termo nascido de novo a todo aquele que meramente profere a oração do pecador, é batizado e passa a frequentar uma comunidade menos liberal e mais “bíblica”. O termo nascido de novo é usado hoje como sinônimo de evangélico para definir um tipo mais conservador de cristianismo e questionar a fé daqueles que não usam o mesmo rótulo. Transformamos um termo que Jesus usou para convidar as pessoas ao seu reino num dos termos mais sectários do cristianismo, provando que perdemos completamente o ponto principal.
Se Jesus tivesse intenção de definir seu reino por meio de um credo, este teria sido o momento ideal para fazê-lo. Se Nicodemos pudesse ter visto o reino por meio de determinados rituais ou sacramentos, ou por endossar a ética de uma vida moral e limpa, Jesus lhe teria explicado exatamente nesse ponto. Mas Jesus não estava redefinindo a religião da Velha Aliança; estava oferecendo uma nova maneira de viver que era impossível de ser definida ou compreendida pela mente natural.
Nicodemos não precisava de novos princípios; precisava recomeçar sua jornada espiritual desde o princípio. A religião que conhecia tão bem nunca evoluiria para uma fé capaz de transformar a vida. Nascer de novo significava que teria de deixar de lado tudo o que achava que conhecia sobre coisas espirituais e aprender uma vida baseada no Espírito. Jesus sabia que isso seria difícil para alguém tão imerso na religião, e a dificuldade de Nicodemos para compreender suas palavras provou o quanto ele tinha razão.
O mesmo ocorre com todos nós. Quanto maior nossa formação e prática em atividade religiosa, mais difícil é enxergar o reino como realmente é. Há milhões de pessoas no planeta hoje que afirmam ter nascido de novo – e que não têm a mais vaga ideia de quem é Jesus ou de como viver sua realidade. Podem concordar com premissas cristãs, seguir uma ética cristã e praticar rituais cristãos, mas não sabem como andar no vento do seu Espírito e ser transformado por ele.
Nascer de novo é um processo real que abre os olhos e o coração para poder participar num reino que suplanta totalmente este mundo material em que todos nós fomos ensinados a viver.
Andando no vento
Para ilustrar o novo nascimento, Jesus busca no vento uma metáfora para descrever três aspectos da nova vida:
Ele sopra onde quer. Ninguém consegue controlar o vento. Mesmo com nossa imensa tecnologia, as forças que controlam o vento são muito maiores do que aquelas que podem ser influenciadas pela humanidade. Ainda que quiséssemos, em determinados momentos, impedi-lo ou mudar sua direção, não há absolutamente nada que possamos fazer.
Você ouve a sua voz. Embora o vento seja invisível, podemos ouvi-lo, senti-lo na pele e ver seus efeitos no mundo à nossa volta. Em minha cidade (na Califórnia, EUA), recentemente tivemos ventos constantes de quase 50 km/h durante uma semana e que atingiram, às vezes, 80 km/h. Deixaram nossa rua cheia de lixo quando derrubaram as latas de coleta.
Você não sabe de onde vem nem para onde vai. Você nunca quis saber de onde vem todo esse vento e para onde acaba indo? Eu sei que forma turbilhões em volta de áreas de alta e baixa pressão, mas não sei de onde vem o vento que faz redemoinhos à minha volta de manhã nem para onde desaparece mais tarde.
Que metáfora excelente para descrever as ações do Espírito! Ele é como o vento, soprando onde quer, invisível e indecifrável; não temos como saber o que ele está para fazer hoje nem amanhã. Entretanto, embora tudo isso seja verdadeiro, não era o que Jesus estava dizendo. Ele estava comparando o vento a todo aquele que é nascido do Espírito.
Em outras palavras, ele estava falando de mim e de você. Aqueles que nasceram do Espírito movem-se neste mundo exatamente como Jesus descreveu o vento. Vivem a partir de motivações diferentes. Você consegue ver o impacto que causam, mas não consegue entender por que agem assim.
Houve um tempo em que pessoas que agiam assim me deixavam pirado! Quando era pastor, eu ficava perturbado quando alguns dos homens e mulheres mais espirituais que conhecia não se encaixavam em meus programas da forma que eu queria. Não tinham interesse nos cargos importantes que usava para atraí-los e recusavam convites para fazer parte do conselho da igreja. Talvez, não fossem tão espirituais quanto eu imaginava.
Com o tempo, porém, descobri que estavam sintonizados a uma frequência superior. Quando expressei minha frustração a um deles, ele respondeu: “Acho que não posso explicar, mas um dia você entenderá”.
Não gostei nada de sua resposta; cinco anos depois, porém, vi-me dando a mesma resposta a um grupo de oficiais que tentou convencer-me a assumir o pastorado de sua igreja.
O sopro de um vento diferente
Infelizmente, a maioria dos cristãos nunca foi exposta à vida em Cristo dessa forma. Viram o cristianismo apenas como uma religião com verdades para serem aprendidas, regras para seguir e rituais para observar; perderam a beleza que a vida em Jesus pode ter.
Eu amo a forma como Paulo o expressou a Timóteo quando o advertiu a manter a questão principal em primeiro lugar: “Ora, o intuito da presente admoestação visa o amor que procede de coração puro e de consciência boa e de fé sem hipocrisia” (1 Tm 1.5). Veja como esse versículo fica na tradução de Eugene Peterson, The Message: “A questão toda que estamos insistindo é simplesmente amor – amor sem contaminação de interesses pessoais ou fé falsificada, uma vida aberta a Deus”.
Esta é uma vida de amor, não de obrigação – não é tanto o que sabemos sobre Deus, mas o quanto conhecemos do afeto dele por nós e o quanto amamos os outros da mesma forma. Timóteo precisava ficar bem focado nisso, especialmente nas situações em que os cristãos estavam mais encantados com controvérsias doutrinárias do que com o viver em amor.
Observe que esse amor não é contaminado por interesses próprios. Todos sabem o que é viver por interesse próprio, procurando maximizar benefícios pessoais ou minimizar a dor nas circunstâncias que enfrentam. Aprendemos a sobreviver dessa forma no mundo. Mas o vento que Jesus revelou a Nicodemos não funciona a partir de interesse próprio; funciona com base no amor de Deus, o amor de doação. É isso que vai marcar o povo dele neste mundo.
Não é difícil compreender gente que é controlada por interesses próprios, mesmo quando utilizam a religião para alcançar seus alvos pessoais e ainda dizem que estão agindo por amor. O que não dá para entender é gente que vive pelo tipo de amor que oferece a própria vida, amor este que só Jesus consegue formar em nós. Aqueles que sabem que são bem-amados amam os outros de forma semelhante.
Antigamente, eu pensava que crescimento cristão era resultado de aprender novas verdades e colocá-las em prática. Embora tenha seu valor, na maioria das vezes não funciona. Quantas vezes você já ouviu uma pregação poderosa ou leu um livro inspirado, sentiu disposição de abraçar a mensagem e comprometeu-se a colocá-la em prática – para depois, então, falhar na hora de executar a intenção? No fim, culpamos a nós mesmos por não termos nos esforçado suficientemente e ficamos com um histórico ainda maior de fracassos.
Foi por isso que Jesus disse que o Espírito guiaria os discípulos a toda verdade (Jo 16.13). Não é algo que podemos fazer por conta própria, como se estivéssemos estudando álgebra ou latim. Jesus desafiou Nicodemos a não pensar na vida no reino como a aprendizagem de um novo catálogo de informações, mas em como viver em amor. Isso mudaria de tal forma a sua vida que as outras pessoas não mais o reconheceriam nem seriam capazes de explicar suas ações.
Confiança genuína
Todas as vezes que penso ter decifrado os caminhos de Deus, ele me surpreende de novo – ziguezagueando onde eu teria andado em linha reta, dando força para suportar circunstâncias que eu teria mudado ou fazendo-se repentina e notavelmente ausente de planos e rotinas nos quais eu pensava contê-lo.
Houve uma época em que isso me frustrava. Agora, não. Estou finalmente confortável na realidade de que ele não faz nada do jeito que eu faria. Estou convencido de que ele faz bem todas as coisas, mesmo que não as faça para o meu conforto ou conveniência. E estou convencido de que segui-lo é a única maneira certa de se viver, circunstância por circunstância, tarefa por tarefa, obediência por obediência. E estou aprendendo a amar essa maneira de viver.
A busca de uma fórmula para produzir a justiça de Deus, gerar a vida de uma igreja do Novo Testamento ou aumentar minha confiança é futilidade total. Falhará vez após vez até que, um dia, eu reconheça que tais realidades só vêm por meio de cultivar uma amizade progressiva com o Senhor. Quanto mais o conheço e quanto mais vejo a mão dele em ação, mais livre me tornarei para confiar nele e viver em seu reino.
Estou convencido de que aquele vento é o Espírito dele, e que minha necessidade de nascer de novo não é uma experiência única, mas uma escolha diária de abandonar minhas expectativas de como as coisas devem ser, desconfiar de meus próprios desejos e agenda e sintonizar minha mente ao sopro do seu Espírito e às verdades de sua Palavra. À medida que eu viver o nascimento do Espírito hoje, serei carregado por esse vento com alegria e liberdade cada vez maiores. Verei as marcas de seus dedos nos lugares escabrosos da vida e serei capaz de cooperar com o propósito dele para mim.
Por outro lado, enquanto viver com base na minha própria ambição egoísta, meu desempenho religioso ou minha sabedoria natural, terei dificuldade com perguntas que não têm resposta, e meu comportamento ferirá os outros. Como estou cansado disso! E, embora ainda esteja bem distante de viver perfeitamente no vento do Espírito, não tenho desejo de viver de outra forma – vivendo um pouco mais hoje do que ontem e um pouco mais amanhã do que hoje. A única maneira de fazer isso é continuar vivendo profundamente nele, observando quando o vento do Espírito está soprando e deixando-me ser levado por ele, mesmo que algumas das pessoas mais significativas em minha vida não consigam compreender o que estou fazendo ou por quê. Jesus nos preveniu de que seria assim.
Seguindo a ele, não a uma coisa
Sempre que escolhermos seguir um modelo de espiritualidade, a fórmula de alguém para alcançar o sucesso ou uma agenda, por mais que sejamos bem-intencionados, acabaremos andando por nossa própria sabedoria limitada. O convite a esse reino é um convite para seguir uma pessoa. Jesus não nos oferece um caminho; ele é o Caminho. Ele não tem vida; ele é a Vida. Ele não apenas fala a verdade; ele é a Verdade em pessoa. Tudo o que faz parte de seu reino começa e termina nele, e só conseguimos experimentá-lo quando cultivamos uma amizade progressiva com ele.
Essa é geralmente a parte mais difícil para as pessoas enxergarem quando ficam desiludidas com vida na igreja da forma que muitos a conhecem hoje. Imediatamente começam a procurar outro jeito de vivenciar a igreja e caem de volta numa nova forma de desempenho religioso ao invés de aprenderem a simplesmente seguir Jesus.
Uma parte do que Jesus queria transmitir para Nicodemos era que ele parasse de tentar encaixotar a vida do Espírito, pois ela nunca poderá ser contida em coisa alguma. Você já tentou enfiar o vento numa caixa? Já tentou impedi-lo ou mudar sua direção? Totalmente inútil! Assim é tentar controlar a ação de Deus, encaixotando-a nas nossas formas preferidas ou tentando controlar os resultados que desejamos obter dele.
Ele é o vento. Ele sopra onde quer, e podemos segui-lo se quisermos. A pessoa que é nascida do Espírito perde seus esteios no mundo temporal onde os anseios por segurança, proteção e estabilidade exigem satisfação. Ao desligar-nos desse ancoradouro natural, tornamo-nos como o vento também, disponíveis a ele a cada momento para fazer o que ele quer de nós.
Obedecendo aos impulsos
A fé não flui de teologia, flui de relacionamento. Desde o princípio, ele quis mostrar-nos como abraçar sua revelação progressiva em nossa vida e ensinar-nos a segui-lo. Não conheço outra forma de descrevê-lo a não ser que devemos simplesmente atender àqueles impulsos que ele coloca em nossa mente. Pode ser que queira revelar algo sobre a pessoa dele, convidar-nos a passar tempo com ele, atrair-nos à Palavra ou nos guiar a servir ou encorajar outra pessoa. Aprender a reconhecer esses impulsos e a obedecê-los é o que nos fará distinguir entre nossos desejos e os desejos dele. Esses impulsos quase nunca começam com um chamado para ministérios espetaculares, mas com a instrução sobre como sair do interesse próprio por meio das muitas formas corriqueiras em que podemos servir a outros à nossa volta.
Para muita gente, isso pode soar como espiritualidade emotiva, baseada em sentimentos e sensações. Ouço tais objeções frequentemente de pessoas que se sentem ameaçadas por uma vida em Deus que não conseguirão controlar por disciplinas e doutrinas. No entanto, não poderiam ser mais equivocadas. Essa é uma dança em que cabeça e coração andam juntos e que nos leva para conhecer Deus e seus caminhos. O coração sem a cabeça pode conduzir-nos de forma bem-intencionada ao desastre, enquanto a cabeça sem o coração exalta a doutrina acima do amor e destrói muitos com sua arrogância.
Para crescer nessa vida, cultivo continuamente meu relacionamento com ele. Separo intencionalmente tempo para estar com ele ao mesmo tempo em que desenvolvo minha percepção de sua atuação durante todo o dia. Mantenho um diálogo constante com ele sobre tudo em minha vida e expresso meu desejo de seguir sua vontade em cada encruzilhada. Procuro imergir na narrativa das Escrituras para aprender como ele pensa e age. Procuro alimentar-me sempre com aquilo que Deus está mostrando a outras pessoas por meio de leitura, ouvindo palestras e pregações e dialogando com outros que estão na mesma jornada.
E como fazer para separar os impulsos de Deus dos meus próprios pensamentos? A maioria dos impulsos que recebo do Espírito são direções simples para amar e servir às pessoas à minha volta. Com esse tipo de impulso, não estou muito preocupado sobre a possibilidade de errar. Não há muitos resultados negativos quando se serve a outros. Porém, quando preciso de maior confiança para seguir uma direção de Deus e tomar um passo importante, procuro alinhar estes quatro elementos:
1. convicção intuitiva da direção de Deus que cresce com o passar do tempo;
2. confirmação na verdade e no exemplo das Escrituras que é assim que Deus age;
3. confirmação de outros irmãos quando converso sobre o assunto com eles;
4. a realidade das circunstâncias à medida que vão acontecendo.
Quando esses elementos estão em harmonia, tenho mais confiança de que estou realmente seguindo à voz de Deus. No entanto, você sabe o que pode acontecer? Às vezes, mesmo quando tudo está alinhado, posso ainda confundir a direção dele. É por isso que pessoas que nasceram do Espírito raramente usam expressões como: “Deus falou comigo para…”; geralmente preferem dizer que entenderam ou tiveram a impressão de que Deus as estava dirigindo dessa ou daquela forma. Já erraram suficientemente para não serem tão presunçosas, mesmo quando estão bem convictas de que ouviram corretamente sua voz.
Já falsifiquei várias vezes a assinatura de Deus, colocando-a na minha agenda, só para descobrir depois que era tudo minha própria autoria. Mesmo assim, ainda estou pronto para levantar-me no dia seguinte e continuar empenhando-me para segui-lo. E, embora esteja disposto a sofrer as consequências dos meus erros, também tenho aprendido que ele é capaz de arquitetar as coisas de tal forma que até meus erros contribuam para seus propósitos.
Alçando voo
Isso é o que significa ser nascido do Espírito. Não tem nada a ver com a oração de arrependimento do pecador ou com falar em línguas. Significa que alçamos voo num sopro de vento que vem do próprio Pai e procuramos aprender a confiar mais em suas palavras do que nas racionalizações e justificações humanas.
Significa que deixamos de lado as mentiras da vergonha e as exigências por desempenho que nos afastam de Deus e encontramos nossa segurança em seu afeto por nós, permitindo que isso nos transforme. Significa que finalmente reconhecemos como as ambições egoístas impedem seu propósito em nós e em outros à nossa volta e que estamos abandonando-as à medida que aumenta nossa confiança de que ele sabe melhor do que nós como agir e que ele faz bem todas as coisas.
Significa que não precisamos ter tudo sob controle para podermos dar o próximo passo que ele colocou em nosso coração e que não precisamos mais agir em função dos aplausos da multidão. Significa que finalmente estamos livres para abandonar nossa necessidade de achar que estamos no controle e que sabemos que seus planos são muito superiores.
Que tremenda liberdade poder reconhecer que nunca tive a capacidade ou a sabedoria para cumprir os propósitos de Deus na minha vida e que perder confiança na carne só me libera para viver em maior dependência dele e maior gratidão por suas ações! Que alegria poder acordar de manhã e enfrentar a aventura incerta da vida e não ficar angustiado sobre o que pode acontecer hoje porque ele está comigo!
Como o esforço humano poderia produzir isso? É somente a ação do seu Espírito respondendo ao nosso desejo de conhecê-lo. Minha oração por você é a mesma de Paulo em favor dos tessalonicenses:
“Ora, o Senhor conduza os vossos corações ao amor de Deus e à constância de Cristo” (2 Ts 3.5). Ou, na versão de The Message: “Que o Mestre tome-o pela mão e conduza-o pelo caminho do amor de Deus e da perseverança de Cristo”.
Sobre o autor:
Wayne Jacobsen é escritor e palestrante. Seu tema preferido é a jornada para viveer de modo profundo e diário na presença e no amor de Deus. Dos livros dele, já foram publicados em português Por que você não quer mais ir à Igreja? e Deus me ama. Wayne vive em Newbury Park, na Califórnia, EUA, com sua esposa Sara. Eles têm dois filhos e duas netas.