22 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Nossos Direitos de Trono

Por: Sarah Foulkes Moore

O Senhor é chefe supremo sobre todo principado, potestade, poder e domínio, e sobre todo nome que se possa nomear neste século ou no século vindouro. Sua posição e poder são supremos. O Cristo ressurreto entronizado à destra de Deus governa “muito acima” de toda e qualquer força que procura controlar este mundo de trevas.

Através das supremas riquezas da sua graça e bondade para conosco através de Cristo Jesus, Deus Pai nos ressuscitou juntamente com ele e “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2.6). Desta forma, ressuscitado junto com Jesus, e sentado com ele nos lugares celestiais, pela graça de Deus, todo crente é elevado à destra de Deus, e ocupa potencialmente o trono do Senhor, junto com ele.

Cristo é o cabeça da igreja (Ef 1.22; 5.23,24). Os crentes que nasceram de novo formam seu corpo (Ef 1.22,23). Compartilhamos a autoridade de Cristo (1 Co 12.27; Ef 5.29,30; Jo 17.18; 1 Jo 4.17). Tanto cabeça como corpo foram (potencialmente) ressuscitados JUNTOS (Ef 1.19-23; 2.1-6).

No propósito de Deus, esta elevação ocorreu na ressurreição do Senhor Jesus Cristo através da identificação do crente com ele.

Para a igreja de Jesus permanecer vitoriosa nesta hora em que as forças satânicas estão unidas em formação total e mortífera contra ela, cada crente precisa compreender a necessidade de aceitar AGORA em Cristo seu lugar de autoridade espiritual, e destemidamente amarrar estas forças das trevas, aplicando o triunfo do Calvário sobre elas.

A fim de ver a obra do Reino avançar nesta hora é absolutamente essencial que os crentes em humildade, dando honra a Deus, tomem seu lugar nos lugares celestiais em Cristo, à sua destra, muito acima de todas as potestades do ar, e a partir daquela posição que as mantenham em sujeição, pela fé no Nome e autoridade do Senhor Jesus.

O Lugar de Autoridade e  Privilégio de Cada Cristão

Cristo “despojou os principados e potestades” e triunfou sobre eles (Cl 2.15). Todo crente participa plenamente nesta tremenda conquista do Calvário. Jesus, que tem autoridade absoluta sobre as forças do mal, confere esta mesma autoridade aos seus discípulos, quando diz: “Eis aí vos dei autoridade… sobre todo o poder do inimigo” (Lc 10.19).

O crente cujos olhos foram abertos para compreender seus direitos de trono em Cristo, logo aprende no exercício desta autoridade que o poder que possui nos lugares celestiais em Cristo é infinitamente maior que aquele que está por trás dos seus inimigos. Os poderes do mal são obrigados a obedecer ao crente quando este exerce com ousadia e fé sua autoridade no nome de Jesus.

Todo demônio está sujeito ao crente em Cristo através do seu Nome (Lc 10.17). As potestades e autoridades angelicais e os principados espirituais do mal nas regiões celestes podem não oferecer obediência imediata, mas o crente precisa falar a palavra de autoridade, e ordenar e prevalecer contra as forças de Satanás por onde quer que as veja agindo.

As forças das trevas se oporão tenazmente e tentarão resistir sua própria derrocada. Atacarão com ódio maligno o crente que procura aplicar a vitória do Calvário sobre elas. O refúgio do crente é EMBAIXO DO SANGUE de Jesus, onde nenhuma força ou poder do inimigo poderá penetrar.

A cruz roubou todo o poder de Satanás. Para vencê-lo, apresente o sangue de Jesus diante de todo ataque do abismo, seja este sobre sua igreja, sua família, sua mente, sua alma, seu corpo, ou suas circunstâncias. Satanás será vencido pelo sangue do Cordeiro de Deus, e pela palavra do nosso testemunho (Ap 12.11). Aplique o sangue sobre ele. Isto remove toda sua farsa de autoridade e poder.

O diabo é um inimigo derrotado. Cristo o venceu na cruz. No Calvário, ele triunfou sobre os poderes das trevas.

Agora só temos de ENTRAR na sua vitória pela fé. Não precisamos lutar contra Satanás, mas aplicar sobre ele o triunfo já consumado da cruz.

O sangue de Jesus é a provisão de Deus para vencer o inimigo. O sangue de Jesus é o símbolo da vitória completa de Cristo sobre Satanás e suas forças do mal, e da sua sujeição total àquele que está sentado sobre o trono.

Esta autoridade do Senhor, que ordena e prevalece sobre todas as forças do mal, está disponível para nós, se estivermos debaixo do sangue de Jesus e cheios do Espírito Santo. Nunca poderemos exercer este poder através do nosso próprio espírito. Se, ao lidar com o inimigo, dermos lugar para nosso próprio espírito, a derrota será certa. Quando ocuparmos o assento no trono de Jesus, o inimigo não pode atacar. A estratégia do inimigo é seduzir o crente para sair da sua posição de autoridade, a fim de deixá-lo perturbado, angustiado, confuso, deprimido, ou voltado para si mesmo.

O assento de autoridade muito acima do inimigo, em união com Cristo, é a segurança do cristão (Ef 1.15-23; 2.1-6). Pela fé, peça a Deus para cobrir cada parte do seu ser consciente e subconsciente com o sangue de Jesus. Então diga em voz alta: “O sangue de Jesus está protegendo agora cada parte da minha vida, e está destruindo agora o poder do diabo”. Uma posição definida na autoridade do Senhor precisa ser tomada, recusando-se totalmente a dar lugar ao diabo, seja em qual forma está se manifestando na igreja, no lar, no corpo, na mente ou no espírito.

“Nem Deis Lugar ao Diabo”

Qualquer coisa que nos tira de uma atitude de adoração, paz, alegria, e consciência da presença de Deus, tem origem satânica. Sempre que os poderes das trevas se aproximarem do seu lar, ou igreja, ou vida pessoal, precisam ser desafiados no Nome e na autoridade de Jesus Cristo. Diga em voz alta: “Isto é o diabo, e eu agora o resisto no Nome e no poder do Senhor que o venceu no Calvário”.

Dissensões surgem em igrejas, em famílias, entre amigos. Por trás de toda contenda, perplexidade, e confusão está Satanás. Para quebrar seu poder, use toda arma que conhece, suplicando a Deus na base do Calvário, e clamando a Deus para julgar o adversário (o diabo) (Lc 18.7,8). O diabo somente solta as pessoas, ou as questões da igreja e das famílias, quando é obrigado. Deus resiste, ele mesmo, aos soberbos. Mas a nós é confiado o poder de resistir ao diabo (Tg 4.6-12).

“Nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.27) é uma ordem de Deus. Estamos diariamente deslocando o diabo e seu controle tirânico nos assuntos deste mundo perverso em que vivemos? Estamos indo de encontro aos seus ataques sobre mente, alma e corpo, sobre igrejas e lares, com contra ataques no Espírito? Estamos dizendo no Nome do Senhor e pela sua autoridade: “O príncipe deste mundo agora está expulso”? Estamos vivendo em Efésios 6, obedecendo às ordens de Deus de “ser fortes”, “revestir-se de toda a armadura de Deus”, “lutar”, “permanecer”, “resistir”, “tomar a espada”, e “orar com toda perseverança”?

Com Ousadia Aproprie-se da Vitória do Calvário

Deus já nos deu poder para subjugar todo o poder do inimigo (Mt 18.18-20). Deus entregou a todo crente a responsabilidade de expulsar o diabo dos lugares que não lhe pertencem. O diabo é um usurpador. Não tem direito a qualquer área de pessoa ou igreja alguma. Somente nós seremos culpados se ele continua exercendo controle. Cristo pela sua morte deixou o diabo sem poder para resistir ao crente que, pela fé e obediência, tomar a autoridade concedida por Cristo, e a usar. O diabo agora não tem nenhum poder a não ser aquele que o permitirmos usurpar (1 Jo 3.8).

É nosso dever nos opor ao diabo em todo lugar em que o vemos agindo. Deixá-lo sem desafio é roubar Jesus do seu triunfo no Calvário. O Senhor disse que se resistíssemos ao diabo, ele fugiria de nós. Aqueles que obedecem ao Senhor e oferecem uma resistência ousada e perseverante, provam que isto é verdade, e que ele realmente foge como Deus prometeu (Tg 4.7). Precisamos diariamente, em humilde fé na obra consumada de Cristo, tomar nosso lugar nos lugares celestiais à sua destra, e exercer a autoridade que ele nos outorgou, amarrando com destemor os poderes das trevas por onde as encontrarmos.

Por trás da dissensão e da contenda, da perplexidade e confusão que há em igrejas e lares hoje, estão aqueles poderes malignos das trevas. Na autoridade do Senhor, precisam ser expulsos.

Num determinado centro de avivamento, a oposição de fora cresceu tanto que parecia que a obra seria destruída. Finalmente, o pastor-evangelista reuniu um grupo de oração, e pediu que tomasse uma posição junto com ele, debaixo do sangue de Jesus, para amarrar o poder do inimigo. Depois de um tempo de oração e louvor, oraram unidos em voz alta: “No Nome do Senhor Jesus, e pela sua autoridade, amarramos o homem forte que está incitando o povo para atacar a obra de Deus” (ver Mt 12.29). Não tiveram mais problemas. A oposição começou a brigar entre si, e seu poder para se opor à igreja foi quebrado.

Aplicando os Direitos Redentores Hoje

Numerosos exemplos podem ser citados para demonstrar que em cada situação onde, pela fé, o filho obediente de Deus reivindica seus direitos de trono em Cristo, e exerce sua autoridade com ousadia, ninguém consegue impedi-lo.

Uma mulher ficou angustiada por causa do filho que tinha hábito incorrigível de mentir. Depois de aprender sobre a autoridade do Nome de Jesus, sem alarde, mas com firmeza, repreendeu os espíritos mentirosos no Nome dele, e o filho foi liberto.

No trabalho de evangelismo pessoal, muitas vezes se encontra dificuldades em lidar com almas perdidas. A mente do interessado parece estar cega e amarrada. Uma atitude quieta e decidida de vitória sobre espíritos de oposição muitas vezes traz uma libertação imediata ao cativo.

Em outro caso, um obreiro cristão muitas vezes sentia um poder estupeficador vir sobre sua mente, paralisando sua vontade. Muitas vezes ficou oprimido e perplexo. Ele não sabia a respeito da ação de espíritos estranhos, e não resistia aos ataques, mas ficava passivo e incapaz diante deles.

Um dia sentiu um toque de Deus para dizer em voz alta: “Isto é o diabo. Eu o resisto no Nome e poder do Senhor que o venceu na cruz”. Experimentou alívio imediato da opressão que atuava sobre seu corpo e mente. Sua mente ficou livre. Sua vontade estava forte para resistir. Sua fé na vitória do Calvário o desembaraçou do emaranhado de circunstâncias perplexas que por anos haviam impedido seu testemunho e vida de oração.

A Palavra de Deus é clara: “O vosso adversário, o Diabo… ao qual resisti firmes na fé…”(1 Pe 5.8,9; Tg 4.7).

Um cristão fervoroso que tinha experiência genuína com Deus era perseguido continuamente por aflição e infortúnio. Sempre se submetia a esta situação infeliz que durara toda sua vida, acreditando que era alguma providência divina para sua disciplina. Um dia, ao ouvir uma pregação que claramente desmascarava as obras sinistras dos poderes das trevas, ele pôde finalmente entender seu engano.

Aprendeu a tomar uma posição de autoridade sobre os poderes das trevas no Nome de Cristo e a desafiá-los. Aprendeu também a apropriar-se dos seus direitos de obter emprego e outras provisões necessárias para sua vida, e a proibir estes poderes de barrar seu progresso dentro da vontade de Deus. Levou três dias de combate aos poderes da oposição satânica, mas neste tempo a corrente de infortúnios diabólicos foi quebrada, e pela fé na vitória de Cristo, sua vida foi arrancada da mão do adversário. Pouco tempo depois, obteve um emprego e sua vida começar a andar de maneira diferente.

Expulsando Forças do Mal

Geralmente clamamos a Deus para repreender o inimigo e mudar situações. Mas Deus nos encarregou de exercer este poder, com base na vitória do Calvário.

Isto é válido também em relação a recursos para o avanço da obra do Senhor. Satanás procura impedir este avanço, fechando as portas financeiras. Os cristãos têm o poder de se unirem e concordarem para que estas barreiras à misericórdia e benevolência cristã desapareçam (Mt 18.18-20).

Um obreiro cristão que estava engajado numa obra que sofria por falta de recursos, depois de não receber uma resposta às suas orações neste sentido, passou a repreender os demônios, e a amarrar os obstáculos à oração. Cada vez que lhe faltava fundos, exerceu esta autoridade em união com Cristo, e viu a liberação de fundos necessários para a obra maravilhosa que desenvolvia para o Mestre.

Nestes dias perigosos, quando os poderes das trevas percebem sua iminente derrocada, haverá resistência como nunca em todas as frentes, de tal forma que todas as orações dirigidas a Deus precisarão também de resistência a Satanás a fim de prevalecer.

O meio de ter a autoridade de Cristo nestes combates é reconhecê-lo como Senhor das nossas vidas. Somente na medida em que o aceitamos como Senhor é que poderemos pela fé entrar num conhecimento experimental e contínuo desta vitória suprema que ele proviadenciou para nós.

“Vemos … Jesus coroado…” (Hb 2.9).

Este artigo foi escrito por Sarah Foulkes Moore, co-fundadora (com o marido) da edição internacional deste jornal há sessenta anos nos E.U.A. Já foi publicado diversas vezes naquele jornal, e de forma avulsa, e já ajudou inúmeras pessoas a compreender sua posição de autoridade em Cristo.

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