22 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Nuvens de melancolia, nuvens de glória

Lois Stucky (1928-2014)

Hoje, todos sentem prenúncios da tempestade que está se armando. Nuvens escuras de pecado e maldade se avolumam sobre nós ameaçando as nações com ruína e juízo divino. Alguns de nós têm vontade de reagir como crianças durante trovoadas fortes no meio da noite: esconder a cabeça debaixo das cobertas ou do travesseiro e tentar fugir o máximo possível da tempestade lá fora.

Entretanto, como cristãos maduros, podemos enxergar com os olhos da fé além dessas nuvens escuras que, um dia, certamente trarão o juízo de Deus se as nações não abandonarem seus maus caminhos. Podemos ver que “nos céus, estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo” (Sl 103.19). Para ele, as nuvens são tão somente “o pó dos seus pés”. Deus “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade”. Ele é “tardio em irar-se, mas grande em poder” (Na 1.3). Nosso Deus misericordioso ainda é capaz de intervir (e ansioso para isso) nas atitudes de homens e nações – se nós orarmos. Que tenhamos graça para carregar incessantemente esse encargo de oração e para orar como nunca antes.

Desde a sua sublime e exaltada habitação no céu, nosso Deus todo-poderoso é perfeitamente capaz de “abaixar-se” e realizar maravilhosos feitos de salvação, libertação e justiça. Aquilo que Deus faz numa dimensão bem limitada quando atravessa nuvens escuras com um raio de luz, ele pode fazer numa escala bem maior. “As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus” (Lc 18.27). É isso que Deus está esperando para fazer, porque não deseja que ninguém se perca.

Quando tomamos conhecimento das condições divinas para que haja tais movimentos extraordinários do Espírito Santo, nossa reação pode ser de recuar com tristeza, achando que o preço é muito alto. Que Deus nos conceda graça para apropriar suas promessas generosas, tais como: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3).

Nuvens na vida pessoal

Já que não somente a sociedade, mas também vidas individuais podem ser afetadas por nuvens espessas, alguns leitores provavelmente estão sentindo agora as sombras escuras de provações como nunca antes, dificuldades inimagináveis e problemas espinhosos e gigantescos. Por um tempo, toda a extensão do céu acima da nossa cabeça pode ficar obscurecida por nuvens sombrias: fracassos ou desapontamentos graves, saúde abalada, envelhecimento, cônjuge abusivo, filhos desviados, tristeza e solidão de viuvez ou por qualquer outro motivo, aperto financeiro, etc. Há um trecho de uma canção que diz: “Atrás das nuvens, o sol sempre brilha; após a tempestade, o céu sempre será azul; Deus preparou um fundo rosado; atrás das nuvens, está aguardando o momento de aparecer” (Carolyn R. Freeman).

Onde Deus habita, bem acima dos nossos céus anuviados, o seu amor continua tão aquecido para conosco quanto nos parecia estar nos dias mais ensolarados (mesmo que sua presença esteja obscurecida por algum tempo no caso de existir pecado não confessado e não abandonado). A sua sabedoria, que nos guiou no passado aos lugares tranquilos, mantém a mesma perfeição, ainda que na obscuridade de céus tormentosos seja bem mais árduo e confuso segui-la. Deus diz: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).

Nuvens de glória

Totalmente diferente das nuvens sombrias são as nuvens da glória de Deus. Deus desceu e encheu o tabernáculo e o templo com uma nuvem de glória (Êx 40.34,35; 1 Rs 8.10,11). Ah, se pudéssemos ver a sua glória! A Bíblia também descreve a benevolência do Senhor como uma nuvem cheia da chuva serôdia (Pv 16.15). Não é isso que desejamos ardentemente? “Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias, ao Senhor, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro e a cada um, erva no campo” (Zc 10.1). Este é o caminho para uma abundante colheita de almas!

Além disso, lembramo-nos do dia glorioso quando Cristo virá nas nuvens do céu com poder, quando os seus serão arrebatados para um encontro com ele nos ares (1 Ts 4.16-17). Que Deus nos capacite a manter o foco nele e não deixar que o inimigo da nossa alma nos desencoraje por causa dos céus obscurecidos e nos torne ineficazes e inúteis no reino do nosso Cristo e do seu Deus. Não importa o quanto as nuvens hoje nos pareçam sombrias e ameaçadoras, vigiemos e nos preparemos com grande expectativa para a vinda de Cristo em nuvens de glória, e permaneçamos zelosamente empenhados na sua obra, até que ele venha!

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Uma resposta

  1. Mensagem alentadora!

    Que o Senhor abra nossos olhos para percebermos que tudo está debaixo de seu arranjo soberano e que tenhamos nossos olhos fitos Nele, aguardando sua vinda!

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