Asher Intrater
O nome de Yeshua – Jesus ישוע – contém o sentido da palavra Y’shuah – salvação ישועה.
O conceito de salvação nas Escrituras tem um sentido duplo: um militar e o outro espiritual. Ambos são verdadeiros. Os profetas hebreus tinham a tendência de enfatizar o lado militar, nacional, a intervenção de Deus para salvar a nação da destruição. Os primeiros apóstolos messiânicos de Yeshua tendiam a enfatizar o eterno, espiritual, o perdão de Deus para nos salvar do pecado e da morte.
Essa dicotomia pode causar confusão quando tentamos conversar sobre salvação. A pergunta: “Você é salvo?” praticamente não tem significado algum no hebraico moderno.
Quando os filhos de Israel saíram do Egito, Deus realizou uma salvação militar miraculosa em seu favor destruindo seus inimigos no Mar Vermelho. Mas, logo em seguida, eles voltaram a pecar e tiveram que vagar no deserto por 40 anos até que toda a geração morresse (1 Coríntios 10.1-13).
Os aspectos militares nacionais da salvação têm se tornado mais relevantes nas últimas gerações, já que Israel está de volta à sua terra e é ameaçado de destruição por grupos Jihadistas de todos os lados.
Páscoa e Salvação
Além disso, tem havido uma mudança gradual na compreensão da Pesach – Páscoa desde que Israel se tornou uma nação. Durante os muitos anos de exílio, era principalmente uma cerimônia religiosa com uma lembrança simbólica do passado. Agora, a Páscoa é um feriado nacional, celebrado, ao mesmo tempo, por religiosos e não religiosos. Alguns o veem como um feriado nacional, alguns como religioso e outros como ambos.
A sociedade israelense está em transição. Jovens israelenses estão dispostos a fazer perguntas bem radicais sobre o significado dos símbolos judaicos. Houve muitas reviravoltas na realidade política, tanto pelo lado esquerdo quanto pelo direito. A comunidade religiosa em Israel tem visto várias mudanças históricas, incluindo o nacionalismo religioso, a revolução Shas, o messianismo Chabad e um novo pluralismo moderno.
Embora ainda sejam muito poucos numericamente, há cada vez mais interesse na sociedade israelense como um todo em tentar entender os judeus messiânicos.
Deus estabeleceu a festa da Páscoa como um “tempo determinado”. É para lembrar a libertação do Egito, e a morte e ressurreição de Yeshua, que também ocorreu durante a Páscoa. À medida que os anos passam, as pessoas vão fazer cada vez mais perguntas a respeito do simbolismo, nacionalismo e messianismo ligados à Pascoa. O ponto de vista histórico dos discípulos de Yeshua provavelmente fará parte dessa discussão.
Conforme a Jihad islâmica e os sentimentos anti-Israel crescerem, o significado da Páscoa como intervenção militar de Deus para salvar o povo de Israel também assumirá uma importância maior.
Salvação – Os Dois Lados da Moeda
Os dois aspectos diferentes da “salvação” podem muito bem convergir nos últimos meses antes da vinda de Yeshua. O conhecimento de Yeshua crescerá, assim como a urgência por uma intervenção militar divina a favor de Israel. Todas as profecias sobre a segunda vinda de Yeshua apontam tanto para um avivamento espiritual quanto para uma intervenção militar. “Todo o Israel será salvo” (Romanos 11.26) em ambos os sentidos da palavra.
Um avivamento espiritual em Israel caminhará lado a lado com o clamor ao Senhor para livrá-los da destruição militar. Yeshua e os anjos no céu descerão para salvar Israel do ataque militar ao mesmo tempo em que ele trará salvação espiritual eterna. O ataque das nações, o avivamento em Israel e a intervenção “militar” divina atingirão o clímax ao mesmo tempo.
Duas Cúpulas
Ocorreram duas cúpulas a respeito do Oriente Médio no final de semana passado. O contraste entre as duas destaca algumas das complexidades bizarras do conflito na região. A primeira foi realizada em Lausanne, Suiça, na qual uma coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, parece estar próxima a um acordo com o Irã sobre seus planos de usinas nucleares.
A segunda foi realizada em Sharm-El-Sheikh, Sinai, na qual a Liga Árabe, liderada pelos egípcios e os sauditas, se reuniu para formar uma coalizão contra a agressão das forças iranianas por todo o Oriente Médio, particularmente no Iêmen. Ironicamente, a maior parte da Liga Árabe está, basicamente, de acordo com a posição israelense em relação ao Irã.
O presidente egípcio Al Sisi se referiu ao Irã como “extremistas estrangeiros tentando intervir em nossa região”. O Egito e a Arábia Saudita propuseram a criação de uma força militar pan-arábica para se opor aos houthis apoiados pelo Irã, que estão tomando conta do Iêmen e indo em direção aos estreitos estratégicos de Bab-Al-Mandab do Mar Vermelho, que controla todo o comércio marítimo da Ásia.
Quem Está ao Lado do Irã?
Entre os palestinos, a OLP (Organização para a Liberação da Palestina) se juntou à coalizão Egito-Arábia Saudita, enquanto o Hamas ficou com o Irã. Entre os libaneses, o governo libanês se uniu à coalizão, enquanto o Hezbollah ficou com o Irã. Entre os iemenitas, o governo se juntou à coalizão, enquanto os houthis ficaram com o Irã. A Síria, que é apoiada pelo Irã, também ficou ao lado dele nesse conflito.
Os iranianos não são árabes, mas persas; o regime do aiatolá no Irã é xiita radical e lidera os radicais xiitas ao redor do mundo. O Egito e a Arábia Saudita são árabes e sunitas, e relativamente moderados. Al Qaeda e ISIS Estado Islâmico) são sunitas, mas Jihadistas extremistas. Eles favoreceriam o programa de Jihad dos iranianos, mas lutam contra eles para tentar controlar a Síria.
Israel e as Nações
Nesta mensagem, Asher mostra que assim como um homem e uma mulher foram criados um para o outro, da mesma forma ocorre com Israel e as nações. Ambos são chamados para se relacionar, servir e abençoar um ao outro. Para assistir em inglês: https://youtu.be/6b_br-dPBtw?list=PLrQIjPM4N0r2zbOLh3apLzSz-nMFg41R4