MADRE TERESA
“Não podemos fazer grandes coisas, só pequenas coisas com grande amor.”
“O fruto do silêncio é a oração, o fruto da oração é a fé; o fruto da fé é o amor; o fruto do amor é o serviço; o fruto do serviço é a paz.”
Nós realmente conhecemos os nossos pobres? Sabemos quem são os pobres da nossa própria casa, da nossa própria família? Talvez nossa fome não seja por um pedaço de pão. Talvez nossos filhos, nosso marido, nossa esposa, não sejam famintos, nus, sem teto; mas você tem certeza que não há alguém que se sente indesejado, desamado? Onde estão seus pais idosos? Onde estão? … Comecemos olhando direto para nossas próprias famílias, pois o amor começa em casa. Será que realmente compreendemos a pobreza de Cristo, a pobreza daqueles que estão nos nossos próprios lares, nas nossas comunidades? Nunca vire as costas para os pobres. Pois em virar as costas aos pobres, está virando as costas para Jesus Cristo.
Quanto mais a pessoa tem, mais ocupada fica, e menos dá aos outros.
Com 12 anos de idade, Agnes (seu nome verdadeiro) sentiu que Deus a estava chamando a servi-lo, mas ela queria saber como podia ter certeza. Orou e conversou com a mãe e a irmã, mas não alcançou paz. Depois buscou ajuda com um conselheiro espiritual. “Como posso ter certeza?”, ela perguntou. “Através da sua alegria”, ele respondeu. “Se você sentir verdadeira alegria com a idéia de que Deus a está chamando para servi-lo, então esta é uma evidência de que tem um chamado. A profunda alegria interior é a bússola que indica sua direção na vida.”
Vejo Deus em cada ser humano. Quando lavo as feridas do leproso, sinto que estou cuidando do próprio Senhor. Não é uma experiência maravilhosa?
Os pobres não precisam da nossa pena. Precisam da nossa compaixão e do nosso amor. Eles nos dão muito mais do que nós a eles.
Não pense que o amor, para ser verdadeiro, precisa ser extraordinário. O que é necessário é continuar amando. Como uma lâmpada queima, se não for alimentada por pequenas gotas de óleo? Quando não há óleo, não há luz, e o noivo dirá: “Não vos conheço”.
Queridos amigos, o que são estas gotas de óleo nas nossas lâmpadas? São as pequenas coisas do nosso cotidiano: a alegria, a generosidade, pequenos atos de bondade, a humildade, e a paciência. Um simples pensamento em favor de outra pessoa. Nosso jeito de ser silencioso, de ouvir, de perdoar, de falar, e de agir. Estas são as verdadeiras gotas de óleo que fazem nossas lâmpadas queimar ardentemente durante toda nossa vida. Não procure por Jesus lá longe, pois não está lá. Ele está em você, cuide da sua lâmpada, e o verá.
O que pessoas comuns podem fazer para viver vidas radicalmente cristãs?
• Total entrega à vontade de Deus. Descubra o que ele quer, não o que você gostaria de ser ou de fazer.
• Oração. É orando que conhecemos a Deus, que compreendemos o seu amor por nós.
• Adoração. Para amar a Deus e aprender a amá-lo mais, é necessário estar na sua presença todos os dias, contemplando suas palavras e sua vida, para ver sua vontade sobre nossas vidas.
• Acreditar literalmente no que Deus fala. Confiar nele como um filho confia no pai.
• Servir e amar a uma pessoa por vez. Deus não quer que amemos às massas, pois isto é uma impossibilidade. Ele quer que o amemos em cada pessoa que encontrarmos, sem exceção, na hora em que a encontrarmos. Naquele momento é como se não existisse mais ninguém no mundo, só aquela pessoa.
• O amor começa em casa; comece amando e servindo à sua família, aos seus vizinhos.
• Compartilhe com os pobres e necessitados ao seu redor: um sorriso, uma palavra, seu tempo, sua amizade, seus pertences.
• Não desperdice um segundo do seu tempo em coisas inúteis e inaproveitáveis.
Quando um ilustre inglês a visitou na Índia, ela pediu o seguinte: “Quando você voltar a Londres, saia para as ruas com minhas Irmãs para encontrar os sem-teto; você encontrará Jesus ali.” Ele descreveu sua experiência assim: “Comecei a sair de noite com as Irmãs para alimentar e vestir os sem-teto. A primeira noite foi assustadora. Como executivo, já havia visto pessoas assim, e dado-lhes dinheiro, mas nunca realmente conversara com elas, nem os tocara, então estava temeroso. Passei por três fases: Primeiro, horror misturado com pena; depois, compaixão pura e simples; e finalmente, indo além de compaixão, algo que nunca experimentara antes: a consciência de que estas pessoas, como aquelas que vira na Índia, homens e mulheres moribundas, leprosos com tocos no lugar de mãos, crianças indesejadas – de alguma forma, não eram repugnantes, mas eram queridos como amigos, como irmãos e irmãs. Finalmente, um dia apanhei um homem desorientado que quase foi atropelado por um ônibus na frente da Estação Victoria. Quando o levei para um lugar seguro, e o deixei lá, vi o rosto de Cristo na face dele. Nunca me esquecerei daquele dia.
Quando alguém lhe dizia que gostaria de servir aos pobres como ela fazia, respondia: “O que eu posso fazer, você não pode. O que você pode fazer, eu não posso. Mas juntos podemos fazer algo lindo para Deus.”
Deus criou cada um de nós, cada ser humano, para grandes coisas: para amar e ser amado. Nenhum emprego, nenhum plano, nenhuma posse, nenhuma idéia ou ideal, pode tomar o lugar do amor.
Se nos preocuparmos demais conosco mesmos, não teremos tempo para os outros.
Hoje está na moda falar sobre os pobres. Infelizmente, não está na moda falar com eles.