Por: Elmer G. Klassen
Um evangélico proeminente deu, recentemente, um discurso bem preparado sobre a condição atual da igreja evangélica em que fez a pergunta: 0 que aconteceu à Teologia Evangélica?” Depois de uma apresentação correta da tendencia entre os evangélicos, o conferencista não conseguiu dar nenhuma esperança bíblica para uma mudança para o melhor na Igreja de Deus destes últimos dias antes da volta de Cristo. As razões do conferencista do por quê a igreja não será bem-sucedida neste mundo antes da volta de Cristo foram baseadas em três textos bíblicos. Os textos foram os seguintes:
1) Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.
Este texto foi extraído de uma parábola contada por Jesus para o sumo sacerdote e os fariseus em Mateus 22 sobre o Reino dos Céus. O nosso Senhor não estava se referindo à condição da igreja antes da volta de Cristo mas, sim, estava falando aos judeus que tinham todos um chamado de Deus que nem todos seriam escolhidos para serem filhos de Deus. Usar uma parábola dirigida aos judeus para provar que a igreja não terá sucesso nos últimos dias e, desse modo, tentar apagar a fé dos cristãos que oram pela colheita do fim dos tempos, não foi algo bem fundamentado.
2) Muitas sementes são plantadas mas somente uma pequena parte produz uma boa colheita.
Estas palavras são tiradas de um discurso que Jesus fez para uma multidão que tinha se reunido para ouvi-Lo junto ao lago conforme está registrado em Mateus 13. Estas pessoas estavam bem familiarizadas com a agricultura, e por isso eram capazes de entender a lição que Jesus lhes ensinava sobre um fazendeiro fazendo a sua semeadura. Eles também sabiam que nenhum fazendeiro deixará cair a maior parte de sua semente na estrada onde os pássaros a comeriam, nos lugares rochosos e improdutíveis e entre espinhos. A semente semeada em boa terra certamente compensaria a semente desperdiçada em outros lugares. Usar esta parábola para nos convencer de que grande parte da semeadura de Deus nao produzirá muito fruto no fim dos tempos, revela uma tentativa grave de justificar uma vida pobre de oração entre alguns cristãos. Eu não sei com que tipo de terra o conferencista estava identificando sua denominação e a si mesmo, mas quanto a mim, eu me identificarei com a boa terra que ouve a Palavra e a entende e produz a colheita antes da volta de Cristo, produzindo cem, sessenta ou trinta vezes o que foi semeado. O nosso Senhor contou esta parábola para uma multidão de pessoas não convertidas e prometeu uma colheita abundante para aqueles que cressem em Sua Palavra e a entendesse. Ele disse o seguinte: “Ao que tem se lhe dará, e terá em abundância.” Na verdade, um futuro brilhante para aqueles que semeiam em fé!
3) Quando Cristo voltar, encontrara porventura fé na terra?
Aqui novamente, o conferencista não estava ciente de que Jesus estava ensinando para os Seus discípulos nesta parábola em Lucas 18:1 -8 uma lição sobre a oração, e então fez esta pergunta. Nesta parábola, Jesus estava ensinando que eles deviam orar e não desistir. Ele lhes prometeu que se orassem dia e noite, Deus ouviria suas orações prontamente. No final desta lição sobre oração Ele olhou para Seus discípulos e, como um bom mestre fez-lhes uma pergunta. Será que passariam no teste no fim da lição e orar com fé? Ele terminou esta parabola com uma pergunta para que nós, assim como eles pudéssemos tomar uma atitude diante da Sua lição sobre oração importunadora.
O conferencista citado acima falhou no teste. Sua resposta negativa a esta pergunta indicou que ele não ia orar com fé antes da volta de Cristo. Foi embaraçoso ouvir um líder evangélico fazendo esta confissão de vida pobre de oração.
A parábola mencionada acima é precedida por outra parábola dada pelo nosso Senhor aos Seus discípulos em resposta à pergunta dos fariseus sobre quando o reino de Deus viria. Esta parábola contém uma outra desculpa usada freqüentemente para não orar e esperar um avivamento antes da vinda de Cristo.
A Escritura nos diz que a volta do Senhor seria como nos dias de Noé antes do dilúvio. Depois de 120 anos da pregação de Noé somente oito pessoas entraram na arca. Portanto, nos foi dito que somente poucos seriam salvos antes da volta de Cristo.
Se serão muitos ou poucos não é a questão desta parábola. A mensagem que Jesus dá aqui, é que ninguém sabe a hora de Sua volta. Esta parábola é dirigida claramente aqueles que não oram pele avivamento e estão, ao invés disto escrevendo livros num esforço de nos contar quando será Sua volta. Não é hora de Sua volta mas a condição da Noiva é o que importa para os cristãos cheios do Espírito. “Sabemos que, quando ele Se manifestar, seremos semelhantes a ele porque havemos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” Jo 3:2-3). “Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela para que santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, nem cousa semelhante porém santa e sem defeito” (Ef 5:25-27)
Aqueles que estão ocupados estudando a hora de Sua vinda ao invés de prepararem-se para ela, erraram o alvo completamente quanto ao porquê Jesus contou estas parábolas para os Seus discípulos. Na verdade, são dirigidas especificamente para os cristãos apóstatas que não esperam o avivamento antes da volta de Jesus e estão ocupados estudando suas Bíblias num esforço inútil de encontrar a data de Sua volta.
Apoiar-se em apenas uma sentença ou duas de uma parábola para provar seu ponto-de-vista sem ler todo o contexto é, na verdade, um caminho para o engano. Ler estas parábolas nos seus contextos levará o leitor honesto a orar e a esperar por um avivamento de acordo com a promessa de Deus em Atos 2:17.
Usar interpretações pessoais das parábolas para refutar mensagens proféticas diretas dadas por um apóstolo cheio do Espírito Santo demonstra uma busca desesperada por subsídios que contradigam o que os apóstolos e evangélicos cheios do Espírito têm ensinado através de toda a história. O que oapóstolo Pedro falou, depois de ser cheio com o Espírito Santo: “Nos últimos dias, diz o Senhor, derramarei o Meu Espírito sobre todos os povos,” deve ser aceito como uma verdade que não será e não pode ser mudada. Deus derramará o Seu Espírito sobre todos os povos nos últimos dias! Nós, irmãos, estamos nos últimos dias!
Como podemos orar pelo avivamento se não o vemos como uma promessa de Deus para nós e para esta época? Os nossos ancestrais evangélicos criam em um avivamento no fim dos tempos.
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